4 de Maio de 2011, Rádio Moçambique
Por Boaventura Mandlate, cidade do Cabo (RAS)
Doravante, o investimento a realizar, nacional ou estrangeiro, deve acrescentar valor.
Segundo a Ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, esta perspectiva pretende conferir maior valor aos recursos nacionais, tomando em linha de conta que começa já a exploração mineria de grande escala, em muitos empreendimentos espalhados pelo país.
Numa só palavra: Moçambique deve deixar de ser potencial exportador de matérias primas para passar a exportar produtos acabados, o que representaria uma mais valia em termos de oportunidade de empregos e de captação de receitas.
Este domingo, 8 de Maio, começa a produção comercial do carvão em Moatize, província de Tete, com as projecçoes iniciais a apontarem uma produção anual de um milhão de toneladas/ano, quantidade que vai aumentar com o tempo. Actualmente, a produção de carvão mineral no país atinge cerca de trinta mil toneladas.
Significa isto, que a partir de domingo que vem, deixa de se falar de projecto de carvão e passa-se a falar de carvão de Moatize.
A expectativa de Moçambiaque é que parte do carvão direccionado para o país seja efectivamente usado internamente para o desenvolvimento de outras indústrias.
A produção comercial vai contribuir largamente não apenas pelos impostos a serem pagos pelo investidor, Vale Moçambique, mas também pela geração de emprego, criando igualmente outras indústrias não somente baseadas no carvão como também de prestação de serviços.
A extracção de fosfato em Nampula, é uma outra realidade que leva Moçambique a pensar já em maximizar os seus recursos. Com a exploração de Hapatie é possível ter calcário e ferro, o que justifica que o país comece a pensar na indústria do ferro e de cimento com base nestes subprodutos.
Desde 2007 que Moçambiue produz areias pesadas, e a expectativa do país é como industrializar este recurso internamente, conferindo-lhe mais valor.
Face a grande actividade geoloógica e mineria que ocorre no país, justifica-se a atracção de muitas empresas de prestação de serviços, cuja presença revela uma gritante insuficiência, segundo a Ministra dos Recursos Minerais.
Esperança Bias sublinha que há muito poucas empresas que fazem pesquisa, situação que o país quer ver mudada.
Ainda no ramo do carvão, o projecto de Benga deverá arrancar com a exploração comercial também este ano. Outras tantas minas igualmente já estão em funcionamento, a exemplo da exploração de tantalite iniciada há duas semanas em Muiane, no Distrito de Gilé, na província da Zambézia.
Uma empresa de produção de pedras preciosas e semi-preciosas iniciou igualmente com a exploração há cerca de duas semanas, prevendo-se que uma outra na fase de desenvolvimento inicie a actividade no próximo ano, no Distrito de Cahora Bassa, em Tete.
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