quarta-feira, 25 de maio de 2011

Angola/África deve resolver os seus problemas sem interferências externas

Luanda, 24 maio 2011(AngolaPress) – A embaixadora da Namíbia em Angola, Cláudia Grace Uushona, disse hoje, terça-feira, em Luanda, que os problemas de África devem ser resolvidos pela União Africana, sem interferências externas.

“Nós os africanos temos que nos unir e resolver os nossos problemas, sem deixar que pessoas de fora intervêm com acções militares e outras”, referiu a embaixadora, quando falava à Angop, à margem do encontro de amizade e solidariedade, realizado pela Organização da Mulher Angolana, no âmbito das celebrações do 25 de Maio, Dia de África.

Cláudia Grace defendeu que os africanos devem associarem-se, a exemplo dos anos 60 nas lutas de libertação nacional, promoverem a democracia , desenvolverem economicamente os países e impulsionar um bem-estar para os povos.

“Se não nos unirmos, não vamos preservar as nossas independências que foram ganhas com tanto sacrifícios e sangue de muito dos nossos irmão, disse.

Questionada sobre a situação da mulher Africana, a diplomata citou que a mesma tem contribuído para o desenvolvido do continente, mencionando a sua trajectória na luta de libertação.

“A Mulher africana desde sempre lutou pela sobrevivência e unidade da sua família.

Quanto a sua participação (da mulher) nos cargos de decisão, frisou que a situação “está num bom caminho”, citando o caso de Angola em que de um total 220 deputados, 39,5 por cento são do género feminino, enquanto no executivo as mulheres representam 29 por cento.

Lembrou que a União Africana reconhece a contribuição das mulheres para paz, unidade e estabilidade no continente.

Em 25 de Maio de 1963, 32 chefes de Estado africanos, dos 42 países que compõem o continente, reuniram-se em Adis Abeba, capital da Etiópia, com o objectivo de traçar uma estratégia comum contra a subordinação imposta pelos colonizadores.

Na reunião, esses líderes criaram a Organização da Unidade Africana (OUA), actual União Africana (UA), com o propósito de libertar o continente das garras do colonialismo e do Apartheid, bem como a promoção da emancipação dos povos africanos, que ao longo de vários séculos viam as suas riquezas naturais e humanas a serem roubadas pelos europeus.

Dada a importância do evento, em 1972, as Nações Unidas instituíram o 25 de Maio como Dia da Libertação de África, de modo a dar ênfase à luta e combate dos povos do continente africano pela sua independência e emancipação.


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