Lisboa, 1º outubro 2009 (Lusa) - O vice-ministro português das Relações Exteriores, João Gomes Cravinho, disse nesta quinta-feira que Portugal vigia de perto a situação em Honduras, e considerou fundamental que as atuais autoridades hondurenhas respeitem a embaixada brasileira, onde está abrigado o presidente deposto, Manuel Zelaya.
"As relações diplomáticas se regem pela Convenção de Viena, que estabelece a inviolabilidade das missões diplomáticas, e é fundamental que as autoridades atuais, ilegítimas, nas Honduras respeitem essa inviolabilidade", disse Cravinho à Agência Lusa, após a conferência “As relações luso-chinesas e a Região Administrativa Especial de Macau”, em Lisboa.
Zelaya foi deposto em 28 de junho e permaneceu no exílio até 21 de setembro, quando voltou a Honduras, onde se encontra abrigado na Embaixada do Brasil.
No domingo, o governo de fato de Honduras, presidido por Roberto Micheletti, deu um ultimato ao Brasil para que defina, em dez dias, a situação do líder deposto, considerado um "convidado" pelo ministério das Relações Exteriores.
O governo de Micheletti afirmou que, caso isso não aconteça, a embaixada brasileira, sob cerco militar, poderá perder o status diplomático.
Cravinho disse que Portugal, que atualmente detém a presidência da Comunidade Ibero-Americana, acompanha a situação "com muita proximidade". Nas Nações Unidas, o país assumiu posições no sentido de uma rápida retomada da normalidade constitucional em Honduras, com a restituição de Zelaya no poder.
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