A estrada nacional número um, que liga Maputo a Pemba estará completamente reabilitada até 2012, segundo projecções do sector de estradas no país. Numa recente entrevista concedida ao “Notícias”, o presidente do Conselho de Administração do Fundo de Estradas, Francisco Pereira, explicou que o plano, que já decorre através da reabilitação de diversos troços desta via, faz parte de um amplo programa do Governo de melhorar a rede viária nacional.
20 outubro de 2009/Notícias
A construção da ponte sobre o rio Zambeze entre Caia, na província de Sofala, e Chimuara, na Zambézia, que ficou baptizada com o nome do Presidente da República, Armando Emílio Guebuza, constituiu uma etapa deste ambicioso plano. Para além desta infra-estrutura inaugurada em Agosto último, o plano inclui a reabilitação dos troços Jardim/Benfica, na cidade de Maputo, Xai-Xai/Chissibuca, na província de Gaza, Massinga/Nhachengue, em Inhambane, Rio Save/Muchungué, Sofala, Chimuara-Nicoadala, Zambézia, entre outros.
A reabilitação de algumas destas secções já decorre, devendo outras intervenções arrancarem após a elaboração de projectos de engenharia visando esses programas.
A EN1, com uma extensão de mais de 2.500 quilómetros, é a principal rodovia do país. O projecto da sua reabilitação visa torná-las, numa estrada de boa qualidade. “Dentro de três anos será possível, por exemplo, a partir de Maputo pegar no carro e ir a Pemba sem ter que pensar no problema da estrada, porque estará toda asfaltada e será de boa qualidade. Isto é um sentido de liberdade que durante muito tempo não tínhamos”, afirmou.
Paralelamente a este plano, segundo a nossa fonte, o sector de estradas irá intervir em outras importantes estradas da rede viária nacional, como as que ligam Nacala e Nampula, Cuamba e Lichinga, esta a começar já no próximo ano e Lichinga -Montepuez. “Com estas intervenções ficaremos com uma rede equilibrada”, assegurou.
Moçambique tem cerca de 30 mil quilómetros de rede viária classificada, dos quais apenas entre seis mil e sete mil quilómetros estão asfaltados. O grande problema com que se debate o Governo para asfaltar estas estradas é a falta de recursos, situação que vem sendo agravada pelas constantes oscilações nos preços dos materiais necessários para esta actividade no mercado. Segundo o nosso entrevistado, “há três ou quatro anos, a construção de estrada custava-nos entre 350 mil e 400 mil dólares por quilómetro e, neste momento, cada quilómetro custa-nos cerca de 700 mil dólares, aproximando-se nalguns casos aos 800 mil. Isto significa que para fazer 100 quilómetros precisamos de qualquer coisa como 70 milhões de dólares, o que para o nosso Estado é muito dinheiro. Para fazer mil quilómetros precisamos de um programa muito grande”- observou Francisco Pereira.
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