26 abril 2012/Mauro Santayana http://www.maurosantayana.com (Brasil)
Mauro Santayana
Até agora,
ninguém deu a notícia. Com 372 bilhões de dólares em reservas internacionais, o
Brasil acaba de se converter, aplicando mais da metade delas em “treasuries”,
no terceiro maior credor individual externo dos Estados Unidos, como pode ser
visto na própria página oficial do tesouro norte-americano, cujo link publico
abaixo. O acúmulo de reservas internacionais, cujo custo de carregamento tem
caído em linha com a redução da taxa SELIC, serve para valorizar o dólar com
relação ao real, favorecendo nossas exportações,e é, sobretudo, uma arma
geopolítica, que mantêm em situação positiva a imagem do Brasil frente às
agências internacionais de classificação de risco e em uma posição de força em
organismos como o G-20, o Banco Mundial e o FMI.
Conheço
empresários brasileiros de linha mais desenvolvimentista, no entanto, que
pensam que a política de acúmulo de dólares poderia ser complementada com a
emissão de moeda, no mercado interno, destinada a investimentos diretos do
governo na área de infraestrutura, por exemplo. Tal medida, com uma pequena
expansão administrável da inflação, derrubaria o valor do real frente ao dólar,
favorecendo as exportações, injetaria dinheiro em todos os níveis da economia
produtiva, e criaria milhões de empregos.
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