Regime timorense quase esgota prazo de prisão para exercer pressões psicológicas e sevícias
1 setembro 2009/timorlorosaenacao
No passado dia 30, enquanto o PR Ramos Horta exortava os demónios do perdão para os assassinos que procuraram exterminar por completo os timorenses desde o dia da ocupação indonésia, em 1975, foram detidos pela PNTL três estudantes que discordam e assumiram a liberdade de se expressar e manifestar pacificamente contra, procurando chamar a atenção dos media numa conferência de imprensa improvisada num jardim de Díli. Logo de imediato a PNTL actuou fazendo deslocar para o local três viaturas com agentes da polícia com equipamento anti-motim.
O The Age, jornal australiano, dava-nos conta do sucedido no próprio dia, secundado pelo Público, jornal diário de Portugal, que dizia:
“Três camiões cheios de polícias timorenses apareceram hoje num parque de Díli para acabar com uma conferência de imprensa em que activistas pediam "fim à impunidade", relata o enviado do jornal australiano "The Age". Os activistas pediam em cartazes que as Nações Unidas interviessem para acabar com a impunidade em Timor-Leste, tendo três deles sido levados do local pela polícia, segundo contou ao repórter Jefferson Lee, um activista ido de Sydney.”
No limite das 72 horas legais para serem apresentados a tribunal o Ministério Público fê-lo, levando agora os três activistas discordantes anteriormente detidos e conservados na prisão de Caicoli sobre pressões inadequadas que visam desmobilizar e reprimir qualquer manifestação pública em Timor-Leste que pacificamente vise mostrar a discordância sobre as políticas adoptadas pelo governo AMP ou pelos que mais não representam que o suporte a essas medidas, caso do PR Ramos Horta.
Os detidos, três estudantes da UNTL, de nomes Hélio, Xisto e Gaudêncio, foram há horas apresentados em tribunal, praticamente no limite das 72 horas legais, com o propósito de pressionar psicologicamente os opositores às medidas praticadas pelo actual regime vigente em Timor, deixando-os entregues às sevícias dos carcereiros. Essa é uma técnica do Ministério Público que, de mãos dadas com o regime, leva os prazos à exaustão e até viola as leis vigentes, como é do conhecimento público. Neste caso encontra um bom colaborador na pessoa do procurador Felismino, um internacional de Cabo Verde, deslumbrado económicamente, perfeitamente consonante com o actual status repressivo timorense.
Desconhecemos por agora os resultados da audiência que decidirá da “sorte” dos três estudantes mas contamos posteriormente dar conta do acontecido e das decisões do tribunal relativamente ao assunto.
Enquanto isso, julgamos por bem que se medite sobre o caso e se tome por mais um exemplo da demonstração do défice de democracia que está sendo imposto em Timor por decisões do governo de Xanana Gusmão, com absoluto controle dos agentes repressores comandados por um seu colaborador, Longuinhos Monteiro, recentemente nomeado comandante da polícia pelo primeiro-ministro, também Ministro da Segurança Interna, sem a mínima objecção do PR Ramos Horta que ufano chama a comemorações individualidades do mundo da política para comemorar a data de mais de um milhar de assassínios como se de festa brava e alegre se tratasse, anunciando uma ampla amnistia para criminosos em massa que actuaram selvaticamente assassinando timorenses há dez anos, nos dias sequentes a 30 de Agosto de 1999, após saberem que no Referendo os resultados penderam superiormente para a independência de Timor-Leste e a retirada dos opressores indonésios. Afinal, mal sabiam, trocaram uns opressores por outros.
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