Hércules Marçal negociou libertação do ex-comandante milícia
2 setembro 2009/timorlorosaenacao
Fonte próxima da Metro TV, televisão indonésia, referiu-nos que a libertação de Martenus Bere, ex-comandante da milícia Laksaur, e principal suspeito do massacre de Suai, em 1999, que foi ontem libertado pelas autoridades timorenses em violação das exigências do Conselho de Segurança da ONU, estava incluída no “pacote de negociações entre Hércules Marçal, Xanana Gusmão, Fernando Lasama e outras altas individualidades do governo timorense, incluindo José Ramos Horta, o Presidente da República”.
A Metro TV é uma estação de televisão sediada na capital Indonésia, Jacarta, que apresentou na noite de 24 de Maio de 2007 o programa “Timor-Leste: Confissão do Major Reinado”, onde o major, executado em 11 de Fevereiro de 2008, defendeu a sua versão dos acontecimentos sobre o golpe de Estado de 2006 em Timor-Leste e lançou acusações a Xanana Gusmão.
O programa foi para o ar tempos depois da evasão de Alfredo Reinado da prisão de Bécora com mais de 50 homens seus apoiantes e que com ele estavam detidos. No programa Reinado justificou a evasão “porque todos os meios legais que tentei resultaram em nada. E tive informações de que eu e os meus homens seríamos todos mortos», adiantando mais à frente na entrevista que «Nós tornámo-nos no pesadelo de Xanana e de Ramos-Horta”.
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«Nós tornámo-nos no pesadelo de Xanana e de outros políticos medrosos», acrescentou Alfredo Reinado, frases recordadas pela nossa fonte, recordando ainda que esperava da parte de Alfredo Reinado a tentativa de divulgar o que na realidade tinha acontecido em todo o processo que levou ao poder, à situação actual, Xanana Gusmão e os que o acompanham. “Isto se entretanto não o eliminassem, o que veio a acontecer.” Especificou a fonte próxima da Metro TV.
Ao solicitarmos mais e melhores pormenores relacionados com as alegadas e referidas negociações entre os responsáveis governamentais timorenses, já referidos, com o “Rei do Crime”, Hércules Marçal, a fonte limitou-se a salientar que sabia através de elemento próximo do referido marginal que “ele esteve em Março deste ano em Díli a ultimar pormenores, quase como servindo de porta-voz de políticos e ex-oficiais do exército indonésio envolvidos na acção” que se está a desenrolar, em que parte culmina com a libertação do ex-comandante da milícia, Martenus Bere, recusando-se a fornecer mais pormenores por ser “demasiado perigoso para a integridade física de algumas pessoas”.
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