segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Moçambique/Negociações com a CVRD

15 agosto 2008 (Notícias)


Desde 2007, o concessionário do sistema ferroviário da Beira - a CCFB - que é composta em 51 por cento pela RICON do governo da Índia e 49 por cento pelo CFM, vem discutindo com a Companhia do Vale do Rio Doce (CVRD) do Brasil, vencedora de um concurso internacional lançado pelo Governo moçambicano para a reactivação da exploração do carvão de Moatize. A CVRD afirma ter já gasto valores superiores a 200 milhões de dólares norte-americanos em actividades preliminares visando a exploração dos jazigos de carvão, cujo início está previsto para finais do próximo ano ou início de 2010.

"Vimos discutindo sobre os parâmetros técnicos e comerciais para o transporte do carvão que a CVRD se propõe a exportar através do porto da Beira. Como resultado desta interacção e adicionada às instruções recebidas do Governo em Fevereiro de 2008, a CCFB preparou e submeteu uma proposta técnica para implementar alterações ao projecto de engenharia de forma a dotar esta infra-estrutura de uma capacidade de transporte de até 12 milhões de toneladas por ano para o carvão", disse Adelino Mesquita.

O administrador executivo, acrescentou que "no entanto, de forma a não prejudicar os objectivos fundamentais do projecto de reconstrução da linha de Sena e considerando que as 12 milhões de toneladas de carvão/ano não estarão disponíveis antes de 2011, o Governo decidiu que a CCFB deve dar prosseguimento ao projecto com as especificações correntes constantes no acordo de concessão e que as obras para o incremento da capacidade de transporte seriam implementadas assim que o volume em oferta o justificassem.

"Esta alteração poderia, de outra forma, ocorrer mesmo antes de atingirmos Moatize desde que as condições estivessem criadas e o Governo desse orientações nesse sentido. Até a data e por várias razões que não importa referir, ainda não foi alcançado o acordo de transporte de carvão entre a CCFB e a Vale e o Governo está a avaliar as medidas que deve tomar por causa deste impasse", afirmou.

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