terça-feira, 12 de agosto de 2008

CPLP/Sociedade civil quer assento nas reuniões de Chefes de Estado e Governo

10 agosto 2008

Luanda - Os membros da sociedade civil da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) apelaram, a dias, em Portugal, aos Chefes de Estado e de Governo da organização para que aceitem a proposta no sentido de garantir assento a estes nas suas reuniões ordinárias.

A informação foi hoje (domingo) prestada a Angop, em Luanda, pela presidente da Rede das Associações Nacionais de Angola de Luta Contra VIH-Sida "ANASO", Teresa Cohen, que participou no acto de lançamento da Rede das Organizações Sociais da Sociedade Civil da Comunidade.

A cerimónia, promovido pelo antigo líder luso, Jorge Sampaio, na qualidade de embaixador das Nações Unidas (ONU) para a tuberculose e de “boa vontade” para a saúde, teve lugar à margem da reunião da sociedade civil da CPLP, realizada em Lisboa, de 25 de Julho a dois de Agosto, período em que os estadistas encontraram-se também em Portugal.

De acordo com o apelo, disse, “a mesma passará no próximo encontro, desde que os Chefes de Estado e de Governo aceitem dar assento nas suas reuniões”,
sublinhou confiante na aprovação da medida.

“Esta situação é muito importante porque dá a sociedade civil, não apenas a visibilidade de parceria que os governos necessitam, como poderá ter uma intervenção maior, uma vez que, nesse apelo de acção, também se solicita uma verba para que as associações membros da sociedade civil possam participar regularmente e acompanhar as decisões da Cplp, sobretudo nas questões de saúde”,
afirmou a medica angolana.

Em seu entender, tal possibilidade torna as organizações nacionais mais abrangentes e com maior intervenção.

Para melhor fazer entender a posição, exemplificou que, no caso de Angola, onde existe a ANASO, ligada aos serviços de luta contra o sida, entendeu-se, a
partir do referido encontro, que a mesma tem a sua actuação restringida visto que, maior parte das vezes, a infecção com o vírus do hiv-sida está associada a outras doenças, principalmente a tuberculose.

“É por esta razão que nós entendemos que esta iniciativa do ex-presidente de Portugal, doutor Jorge Sampaio, na sua qualidade de embaixador de boa vontade, é muito importante”, sublinhou.

Para facilitar a implementação da medida, a reunião decidiu institucionalizar “pontos focais” para cada um dos Estados membros da CPLP, estando indicada para Angola a médica especialista em saúde pública, Teresa Cohen.

A partir de agora, caberá a mesma mobilizar a Rede em todas as províncias de Angola, no sentido de dar a conhecer a sociedade civil nacional, “cada vez mais, a necessidade de se tornarem parceiros credíveis, potenciais e constantes nas questões relativas a saúde no seu todo”.

A médica angolana espera igualmente que a posição venha a facilitar também o trabalho da sociedade civil junto das comunidades rurais, através da formação dos técnicos de laboratório que laboram nas referidas localidades. (AngolaPress)

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