terça-feira, 12 de agosto de 2008

Venezuela/Chávez pede reconhecimento europeu a "nova independência"

Caracas, 12 agosto 2008 – O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, recomendou segunda-feira aos líderes e presidentes europeus e norte-americanos para "começar a reconhecer" a situação actual da América do Sul, continente que inicia "uma nova independência".

"Recomendo aos europeus (líderes e presidentes) e aos norte-americanos, que comecem a reconhecer o que se está a passar na nossa América.

Ninguém vai parar esta nova independência, agora sim vamos ser independentes, livres, nações soberanas", disse Chávez.

Chávez falou durante a cerimónia de encerramento do "I Congresso Bolivariano Indo-América Jovem", "Guerreiros Indígenas contra a Miséria e o Imperialismo", que reuniu jovens e membros de diversas etnias indígenas latino-americanas.

Segundo Hugo Chávez, os povos latino-americanos estão "a iniciar uma nova independência".

"Os libertadores o que fizeram foi lançar a primeira pedra. Mas nós temos que fazer agora o edifício completo, a pátria unida, livre e grande, a nossa América, uma nova independência", considerou.

O presidente da Venezuela fez suas as palavras do escritor Eduardo Galeano e defendeu que "os povos indígenas da América são povos de essência socialista".

"O capitalismo veio de fora, os nossos povos são socialistas. Aqui existiu o socialismo, o modo comunitário de vida, não havia propriedade privada, tudo era de todos", destacou Chávez.

Minutos antes o presidente venezuelano contactou por satélite o seu homólogo boliviano, Evo Morales, a quem festejou pelo desfecho que obteve no referendo do último domingo, "uma grande vitória contra o imperialismo e contra as oligarquias apátridas".

O presidente da Bolívia, Evo Morales afirmou que "a partir deste momento e na América Latina jamais o império se imporá, jamais haverá intromissão".

Durante a sua intervenção, o presidente da Venezuela elogiou o seu homólogo boliviano, definindo-o como "um líder político que garante ideias muito importantes" para o novo pensamento latino-americano. (AngolaPress)

Nenhum comentário: