quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Venezuela/Chávez: "Nada nem ninguém deterá a revolução bolivariana"

6 outubro 2010/Pátria Latina http://www.patrialatina.com.br

Não haverá pacto com a burguesia nem falta de equilíbrio revolucionário, disse Chávez que é também presidente do PSUV. Segundo ele, a prioridade será avançar na construção do socialismo no ritmo que as circunstâncias imponham. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, garantiu que nada nem ninguém poderá deter o avanço da Revolução Bolivariana, processo de mudanças iniciado há mais de uma década. Ele fez um chamamento para aprofundar as transformações empreendidas em 1999 de forma audaz em sua execução, mas com base nos princípios da mais detalhada planificação e com caráter científico.

Temos que criar as condições para acelerar a expansão do socialismo, para ir substituindo o capitalismo pelo novo modelo, insistiu Chávez.

Durante um encontro celebrado na véspera com os deputados eleitos pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), exortou os integrantes da organização a trabalhar sem descanso com vistas às eleições presidenciais de 2012.
É preciso criar as condições para alcançar uma vitória esmagadora nas próximas eleições, destacou.

Chávez recordou que as forças de direita não descartam a opção do golpismo para derrocar os movimentos progressistas surgidos na região e aconselhou a oposição a não se equivocar, sublinhou.

Ao referir-se à nova composição do parlamento venezuelano, que assumirá seu mandato em janeiro de 2011, afirmou que promulgará leis muito mais revolucionarias que a atual Asambleia Nacional.

O mandatário reiterou que até então o órgão legislativo continuará legislando segundo as necessidades da sociedade.

Durante sua fala, transmitida ao vivo pela televisão, conclamou a uma reflexão sobre os resultados das eleições de 26 de setembro, onde os socialistas conquistaram 60 por cento das cadeiras do parlamento.

Trata-se de uma vitória contundente, disse, não obstante temos que fazer profunda autocrítica para melhorar e nos recuperarmos onde perdemos e nos debilita.

Chávez recomendou também que os militantes e dirigentes do PSUV escutem o povo com o coração e fortaleçam o amor pela revolução bolivariana, processo que não pode ficar no discurso das barricadas, mas tem que aprender a resolver os problemas das pessoas, tem que aferrar-se aos pobres, a seus dramas, assuas dores e às suas esperanças.

Não podemos deixar-nos sequestrar pelos gabinetes e pelas comodidades, a autocrítica tem que ser implacável.

O presidente Chávez também informou que o líder da revolução cubana, Fidel Castro, poderá visitar a Venezuela. Seria a primeira viagem ao exterior de Fidel, de 84 anos, desde que teve de deixar o exercício do poder, em meados de 2006, para tratar de uma doença. Em dezembro ele voltou a aparecer em público como orador, em Havana, e com frequência escreve suas reflexões nos sites Cubadebate.cu, Prensa Latina e no órgão central do Partido Comunista Cubano, Granma.

"Vou lhes dizer algo. Neste momento me atrevo a dizer que uma nova visita de Fidel Castro à Venezuela é provável", disse Chávez no ato partidário.

O veterano líder cubano, amigo e aliado de Chávez, se mantém afastado da política doméstica, que agora é comandada por seu irmão e sucessor, Raúl Castro, atualmente empenhado na reestruturação do sistema socialista para aumentar a eficiência da economia.

"Eu o convidei a nos visitar. (...) Fidel está melhor do que nunca, uma clareza, uma força, um caráter. É preciso dizer de novo: Viva Fidel! Te esperamos, camarada, para que faças um discurso aqui, de cinco, seis horas", afirmou Chávez. (Prensa Latina e agências)

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