Maputo, 31 agosto 2009 (Lusa) - O presidente de Moçambique, Armando Guebuza, afirmou que a dependência do país em relação à comunidade internacional limitou a sua capacidade de financiar a economia diante da crise financeira.
Guebuza se referiu ao impacto negativo da crise na economia moçambicana, quando falava na abertura da 45ª Feira Internacional de Moçambique (Facim), o maior evento empresarial do país.
Segundo o chefe de Estado moçambicano, o fato de mais de 50% do Orçamento do Estado ser financiado pela comunidade internacional "tem impedido que o país subsidie os sectores da economia mais atingidos pela crise financeira internacional".
"Devido à contração do consumo no mercado internacional, as principais exportações de Moçambique, principalmente o alumínio e o pescado, decresceram 36% no primeiro trimestre deste ano, comparativamente a igual período do ano passado", afirmou Armando Guebuza.
"As receitas do Estado também conheceram um declínio, provocando uma deterioração no financiamento da economia e do desenvolvimento de infra-estruturas sociais", ressaltou.
Também na sequência da crise financeira internacional, o Governo viu-se forçado a impor maior rigor nas despesas, cortando o número de viagens dos responsáveis governamentais e a composição das delegações, acrescentou Armando Guebuza.
Para inverter o impacto negativo da crise na economia moçambicana, o presidente fez um apelo ao aumento da produção nos sectores em que o país pode levar vantagens comparativas, como a agricultura, mineração e energia.
A Facim conta este ano com a participação de 700 empresas nacionais e 14 países, incluindo Portugal, representado no evento por 42 empresas, que vão ocupar o maior pavilhão, com 850 metros quadrados, organizado pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (Aicep).
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