quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Brasil/NOTA DA CNBB PELA MORTE DA DRª ZILDA ARNS



Agência de Informação Frei Tito para a América Latina

14 janeiro 2010/ ADITAL http://www.adital.org.br

"Quem acolher em meu nome uma criança, estará acolhendo a mim mesmo" (Mt. 18, 4-5)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB - recebeu, com dor profunda, a notícia da morte da Drª Zilda Arns, médica pediatra, fundadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, ocorrida na terça-feira, 12 de janeiro, vítima do trágico terremoto que se abateu sobre o Haiti.

Drª Zilda devotou-se, com amor apaixonado, à defesa da vida, da família e, de modo muito especial, ao cuidado das crianças empobrecidas.

Cidadã atuante, Drª Zilda conquistou respeito e credibilidade junto à sociedade brasileira e internacional, por suas posições claras e firmes em favor de políticas sociais, especialmente as da saúde. Foi ainda uma das sanitaristas mais respeitadas e comprometidas com o movimento da reforma sanitária brasileira, que culminou com a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS).

A obra fundada por ela, inspirada na fé cristã, haverá de continuar no trabalho abnegado dos mais de 260 mil líderes que, cotidianamente, se dedicam à causa da criança e da pessoa idosa.

Em missão no Haiti, a convite da Conferência dos Religiosos e de autoridades civis daquele país, Drª Zilda se despediu, no pleno exercício da causa em que sempre acreditou. Ela buscou realizar na prática a missão de Jesus: "Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância" (Jo 10,10).

A CNBB agradece a Deus por ter tido, em seus quadros, esta personalidade tão virtuosa que muito dignificou a Igreja no Brasil. A CNBB se une ao querido Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, irmão da Drª Zilda, aos outros irmãos, filhos, netos, demais familiares e amigos, na prece solidária e na certeza de que a ela será dado gozar as alegrias eternas, reservadas para todos que, nesta vida, souberam amar a Deus servindo os irmãos.

Brasília-DF, 13 de Janeiro de 2010

Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB
Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus
Vice-presidente da CNBB
Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário-geral da CNBB

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Brasil/MUERE EN EL TERREMOTO DE HAITÍ LA PRESTIGIOSA PEDIATRA ZILDA ARNS

13 enero 2010/CUBADEBATE. Contra el Terrorismo Mediático
Círculo de Periodistas Cubanos contra el Terrorismo http://www.cubadebate.cu

El trágico sismo que sacudió este lunes a Haití le quitó a Brasil a una de sus más destacadas luchadoras contra la desnutrición y la mortalidad infantil, la médica pediatra Zilda Arns Neumann, cuyo trabajo en el comando de la Pastoral del Niño la convirtió en una referencia para Latinoamérica y el mundo en desarrollo.

Hermana menor de otro destacado combatiente en favor de los derechos humanos, el cardenal emérito de Sao Paulo Paulo Evaristo Arns, Zilda Arns nació el 25 de agosto de 1934 en la pequeña ciudad meridional de Forquilhinha, en el estado de Santa Catarina.

Tras completar sus estudios de medicina, decidió especializarse en Salud Pública, con el declarado objetivo de salvar a los niños pobres de la desnutrición, una de las principales causas de la mortalidad infantil en su país.

Para ello, creó un método destinado a informar a las familias más pobres sobre las medidas de higiene necesarias en el cuidado de sus hijos y enseñarles a preparar el suero casero, capaz de evitar la deshidratación de niños con diarrea.

Su trabajo alcanzó visibilidad nacional e internacional a partir de la década del 80, cuando creó la Pastoral del Niño y del Adolescente, vinculada a la Conferencia Nacional de Obispos de Brasil (CNBB), que actualmente apoya a 1,8 millones de niños y gestantes en comunidades pobres de todo el país sudamericano.

Su lucha contra la mortalidad infantil convirtió a la Pastoral del Niño en una de las organizaciones no gubernamentales más respetadas en Brasil y en el exterior.

Por su labor, Zilda Arns ha sido galardonada con varios premios, entre ellos los de derechos humanos concedidos por las Naciones Unidas (en 2001) y por el rey Juan Carlos de España (2005).

La médica también recibió la Medalla de los Derechos Humanos de la entidad judía B’nai B’rith (1999) y el galardón de Honor Especial de la Organización de las Naciones Unidas para la Infancia (1988), además del premio de Derechos Humanos del gobierno de Brasil.

Zilda Arns falleció precisamente en momentos que buscaba ampliar a nuevas fronteras su método de combate a la desnutrición infantil. Según su sobrino, el diputado Flavio Arns, la médica cumplía una gira por Centroamérica para dictar conferencias sobre la experiencia de la Pastoral del Niño, y decidió visitar Haití antes de desplazarse a San Juan de Puerto Rico.

“Ella se murió en una forma muy bonita”, afirmó hoy el cardenal Arns, tras enterarse del deceso de su hermana a través de una llamada telefónica de un asesor directo del presidente Luiz Inacio Lula da Silva, Gilberto Carvalho.

El religioso, quien a los 88 años de edad vive en una residencia de ancianos en Taboao da Serra, vecina a Sao Paulo, reveló además que esta mañana, antes de enterarse del deceso de su hermana, había celebrado una misa por las víctimas del sismo en Haití. (Con información de AFP)

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Brasil/EM ÚLTIMO DISCURSO, ZILDA PEDIU PROTEÇÃO PARA CRIANÇAS

14 janeiro 2010 -- Antes de morrer no terremoto que abalou o Haiti, na terça-feira, a médica Zilda Arns Neumann, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, pediu, no que foi o último discurso, que os agentes sociais locais se engajassem na luta pela proteção à infância e na cobrança do governo por ações nas áreas de saúde e educação. Zilda viajou ao país para participar da Assembleia da Conferência dos Religiosos, realizada em Porto Príncipe, região mais atingida pelo tremor.

"A construção da paz começa no coração das pessoas e tem seu fundamento no amor, que tem suas raízes na gestação e na primeira infância, e se transforma em fraternidade e responsabilidade social. A paz é uma conquista coletiva. Tem lugar quando encorajamos as pessoas, quando promovemos os valores culturais e éticos, as atitudes e práticas da busca do bem comum", disse ela, a uma plateia de 150 pessoas.

Pediatra especializada em saúde pública, Zilda Arns recordou o início da carreira como médica e o engajamento na criação da Pastoral da Criança, a pedido do irmão, o arcebispo emérito de São Paulo, d. Paulo Evaristo Arns. Aos haitianos, contou como a Pastoral se desenvolveu no Brasil desde Florestópolis, no norte do Paraná, no início dos anos 1980, até chegar a todo o País.

"Por força da solidariedade fraterna, uma rede de 260 mil voluntários, dos quais 141 mil são líderes que vivem em comunidades pobres, 92% são mulheres e participam permanentemente da construção de um mundo melhor, mais justo e mais fraterno, em serviço da vida e da esperança", disse. "Hoje, a Pastoral está se estendendo a 20 países."

Após explicar detalhes e exemplificar as diversas campanhas realizadas pela entidade para melhorar a qualidade de vida das mulheres grávidas, famílias e crianças, Zilda Arns destacou o papel das ações da entidade na melhora dos indicadores sociais e econômicos brasileiros. Por fim, deixou a última mensagem. "Como os pássaros, que cuidam de seus filhos ao fazer um ninho no alto das árvores e nas montanhas, longe de predadores, ameaças e perigos, e mais perto de Deus, deveríamos cuidar de nossos filhos como um bem sagrado, promover o respeito a seus direitos e protegê-los. Muito obrigada."

Morte
O senador Flávio Arns (PSDB-PR), sobrinho de Zilda, viajou à capital haitiana para acompanhar a liberação da transferência do corpo ao Brasil, que depende apenas de um documento, a ser providenciado pela família. De lá, Flávio Arns relatou as circunstâncias morte da tia à Pastoral da Criança.

Segundo ele, Zilda tinha acabado o discurso numa igreja e conversava com um sacerdote, que queria mais informações sobre o trabalho da Pastoral da Criança, quando ocorreu o tremor. "A doutora Zilda recuou um passo e foi atingida diretamente na cabeça quando o teto desabou. Ela morreu na hora", contou. De acordo com ele, Zilda não ficou soterrada. "O sacerdote que conversava com ela sobreviveu. Já outros 15 que estavam próximos a ela faleceram." (Yahoo Notícias e Agência Estado)

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