Estão criadas as condições para o país reduzir os índices de analfabetismo até 30 porcento ou abaixo desta cifra nos próximos três anos. Actualmente a população moçambicana é estimado em 20.5 milhões de habitantes, segundo o censo de 2007.
2 setembro 2009, Notícias
Em 2003 cerca de 60 porcento dos moçambicanos não sabia ler nem escrever, cenário que vem baixando desde então, sendo que as últimas pesquisas apontam que o analfabetismo se situa em 51.9 porcento. Até ao final do presente ano o número de cidadãos analfabetos – que não sabem ler nem escrever – vai baixar para 43 porcento do universo da população nacional, segundo revelou o Ministério da Educação e Cultura.
Ernesto Muianga, director nacional de Alfabetização e Educação de Adultos, que anunciou estes dados, disse que o país encontra-se no bom caminho para a concretização da meta de reduzir a incidência do analfabetismo até 30 porcento da população, objectivo que também está preconizado pela Década de Alfabetização lançada pelas Nações Unidas em 2003.
Explicou que a principal meta da iniciativa das Nações Unidas é que todos os Estados signatários baixem os seus índices de analfabetismo no mínimo até à metade da respectiva população. Na altura do lançamento deste programa o país tinha cerca de 60 porcento de pessoas que não sabiam ler nem escrever.
Falando por ocasião da VIII Reunião Nacional de Alfabetização e Educação de Adultos que desde ontem decorre na cidade de Maputo, Ernesto Muianga disse que, no quadro dos compromissos internacionais e nacionais, o país predispôs-se a alfabetizar cerca de um milhão e quinhentos mil cidadãos durante o quinquénio 2005/09, meta que está a ser alcançada.
Neste ano o sector conta com cerca de um milhão de indivíduos inscritos nos diversos subsistemas da alfabetização. Actualmente estão em prática três principais tipos de instrução, nomeadamente o curso regular, a alfabetização via rádio – Alfa rádio – e a que ocorre nas residências, uma metodologia inserida na estratégia “Família Sem Analfabetismo”.
Segundo Ernesto Muianga, a iniciativa “Família Sem Analfabetismo” iniciou-se em Sofala em 2006 e está a ser disseminada pelos restantes pontos do país, e consiste um preparar um estudante de uma escola secundária para alfabetizar os seus parentes directos. Do universo dos inscritos 30 mil estudam através desta metodologia.
Ernesto Muianga disse igualmente ser necessário reforçar a sensibilização para as comunidades aderirem à aprendizagem, bem como intensificar a advocacia com vista a atrair financiamentos.
Analisar os progressos e fracassos registados durante o último quinquénio e perspectivar o período 2010/14 é ponto forte da reunião, que embora decorra desde ontem em Maputo, a abertura oficial está marcada para esta tarde devido a “questões de agenda do Ministro da Educação e Cultura”. O encontro termina amanhã com uma visita ao Museu Aberto de Nwadjahane, terra natal de Eduardo Mondlane.
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