quarta-feira, 25 de março de 2009

Portugal/Países lusófonos criarão Fórum das Autoridades Locais

Lisboa, 25 março 2009 (Lusa) - O Fórum das Autoridades Locais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) nasce sexta-feira, em Lisboa, numa iniciativa da Associação Nacional dos Municípios Portugueses e da Prefeitura Municipal de Lisboa, disse nesta quarta à Lusa fonte da organização.

O evento juntará em Lisboa dois primeiros-ministros, cinco ministros e 240 prefeitos, e visa cumprir seis objetivos, que vão desde a defesa da língua portuguesa à promoção da cooperação e garantia de apoios à formação.

As demais metas são contribuir para o cumprimentos dos Objetivos do Milênio, instituídos pelas Nações Unidas e que passam por oito medidas de combate à pobreza, iliteracia e promoção da saúde materno-infantil, apoio à institucionalização do poder local e criação de redes de comunicação.

O Fórum assume como um dos seus objetivos "a disponibilidade para ajudar a encontrar as melhores soluções e modelos para a institucionalização da representação das populações".

Estão neste caso países como Angola, Guiné-Bissau e Timor Leste, os únicos dos oito de língua portuguesa que não dispõem ainda de autoridades locais eleitas, disse a fonte contatada pela Lusa.

Os dois primeiros-ministros presentes no evento, José Sócrates, de Portugal, e José Maria Neves, de Cabo Verde, participam na sessão de encerramento dos trabalhos, marcada para sexta-feira.

Os trabalhos abrem quinta-feira, com a presença do ministro português das Relações Exteriores, Luís Amado, e os restantes ministros presentes no evento são os titulares das pastas da Administração do Território de Angola, das Infra-estruturas e Obras Públicas da Guiné-Bissau, da Administração Interna de São Tomé e Príncipe e da Administração Estatal do Timor Leste.

Cento e cinquenta prefeitos portugueses e 90 dos restantes sete países de língua portuguesa participam igualmente nos trabalhos, que elegerão, para mandatos de dois anos, um Conselho Diretivo e um Conselho Geral.

"Nenhum país consegue funcionar e chegar às suas populações só a nível governamental ou a nível parlamentar. Há neste momento a nível da Comunidades dos Países de Língua Portuguesa, a nível da cooperação, um vazio que será preenchido com a constituição do Fórum", defendeu a fonte.

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