17 agosto
Resistir.info http://resistir.info (Portugal)
por Paul
Craig Roberts
O outrora orgulhoso
governo britânico, agora reduzido a uma puta servil de Washington, envergou
as suas botas de Gestapo e declarou que se a Embaixada equatoriana em Londres
não entregasse Julian Assange, da WikiLeaks, tropas de assalto britânicas
invadiriam a embaixada pela força militar e arrastariam Assange para fora. O
Equador manteve-se erecto. "Queremos ser muito claros, não somos uma
colónia britânica", declarou o seu ministro das Relações Exteriores.
Longe de se deixar intimidar, o presidente do Equador, Rafael Correa,
replicou à ameaça pela concessão de asilo político a Assange. www.nytimes.com/2012/08/17/... Um covarde morre muitas vezes, um bravo morre apenas uma. O governo britânico, outrora respeitador da lei, não teve vergonha de anunciar que violaria a Convenção de Viena e assaltaria a Embaixada Equatoriana, tal como os estudantes islâmicos, na Revolução de Khomeini no Irão em 1979, tomaram a Embaixada dos EUA e mantiveram cativa a equipe diplomática. Pressionados pelos seus senhores de Washington, os britânicos recorreram a tácticas de um estado pária. Talvez devêssemos preocupar-nos acerca das armas nucleares britânicas. Deixe-me ser claro: Assange não é um fugitivo da justiça. Ele não foi acusado de qualquer crime em qualquer país. Ele não violou nenhuma mulher. Não tem processos pendentes em qualquer tribunal e nenhumas acusações foram produzidas contra ele, não há validade no pedido sueco de extradição. Não é normal que pessoas sejam extraditadas para interrogatório, especialmente quando, como no caso de Assange, ele exprimiu sua total cooperação para ser interrogado uma segunda vez por responsáveis suecos em Londres. O que é tudo isto? Primeiro, segundo noticiários, Assange foi cativado por duas mulheres suecas caçadoras de celebridades que o levaram para as camas das suas casas. Depois, por razões desconhecidas, uma delas queixou-se de que ele não havia usado um preservativo, e a outra queixou-se de que ela havia oferecido um mas que ele havia tomado dois. Um promotor público sueco examinou o caso, descobriu que não havia nada e descartou-o. Assange foi para a Inglaterra. Então outro promotor sueco, uma mulher, alegando uma autoridade que desconheço, reabriu o caso e emitiu uma ordem de extradição para Assange. Isto é um procedimento inabitual que tramitou através de todo o sistema judicial britânico até o Tribunal Supremo e a seguir retornou ao Tribunal Supremo em recurso. No fim a "justiça" britânica fez o que o senhor de Washington ordenou e aceitou o estranho pedido de extradição. Assange, percebendo que o governo sueco se preparava para entregá-lo a Washington para ser mantido em detenção indefinida, torturado e enquadrado como espião, pediu a protecção da Embaixada do Equador em Londres. Por mais corruptos que sejam as autoridades britânicas, o governo do Reino Unido não desejava entregar Assange directamente a Washington. Ao transferi-lo para a Suécia, os britânicos poderiam achar que as suas mãos estavam limpas. A Suécia, antigamente um país honrado como o Canadá foi outrora quando resistentes americanos à guerra ali podiam procurar asilo, foi subornada e submetida ao polegar de Washington. Recentemente, diplomatas suecos foram expulsos da Bielorússia onde tudo indica terem estado envolvidos em ajudar Washington a orquestrar uma "revolução colorida" pois governo dos EUA continua a tentar estender as suas bases e estados fantoches mais profundamente junto à Rússia tradicional. O mundo inteiro, incluindo os servis estados fantoches de Washington, entendeu que quando Assange estivesse nas mãos dos suecos Washington apresentaria uma ordem de extradição, a qual a Suécia, ao contrário dos britânicos, cumpriria. O Equador entende isto. O ministro das Relações Exteriores, Ricardo Patiño, anunciou que o Equador concedeu asilo a Assange porque "há indicações para presumir que pode tratar-se de perseguição política". Nos EUA, reconheceu Patiño, Assange não obteria um julgamento justo e enfrentaria a pena de morte num processo fabricado. O Estado Fantoche estado-unidense da Grã (sic) Bretanha anunciou que não permitiria que Assange deixasse o país. Já chega quanto à defesa da lei e dos direitos humanos por parte do governo britânico. Se os britânicos não invadirem a Embaixada Equatoriana e arrastarem Assange para fora, morto ou em grilhões, a posição britânica é que Assange viverá o resto da sua vida dentro da Embaixada do Equador em Londres. Segundo o New York Times, o asilo de Assange deixa-o "com protecção à prisão só no território equatoriano (o que inclui a embaixada). Para deixar a embaixada rumo ao Equador, ele precisaria da cooperação que a Grã-Bretanha disse não proporcionar". Quando se trata do dinheiro de Washington ou de se comportar honradamente de acordo com o direito internacional, o governo britânico inclina-se para o lado do dinheiro. O mundo anglo-americano, que pretende ser a face moral da humanidade, agora revelou para todos verem que sob esta máscara está a cara da Gestapo.
16/Agosto/2012
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sexta-feira, 17 de agosto de 2012
PRESIDENTE DO EQUADOR ENFRENTA A BRUTAL GESTAPO BRITÂNICA
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