segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Angola/Número de estudantes conheceu grande aumento na última década

Luanda, 27 agosto 2012 (Lusa) - Um dos sucessos registados nos últimos 10 anos do executivo do MPLA, partido que governa Angola desde a independência, em 1975, foi o aumento do número de alunos não universitários em 268 por cento.

Aquele valor consta do conjunto de sucessos referenciados no Programa de Governo do partido, elaborado para as eleições gerais a realizar na próxima sexta-feira.

Em 2002 o efetivo escolar não universitário era de 2.565.542 alunos, em 2008 deu um salto para os 5.658.993 e em 2010 o valor ultrapassou a barreira dos 6 milhões, com 6.168.454, fixando-se este efetivo em 2011 nos 6,7 milhões.

O ano de 2002 foi tomado como referência por ser esta a data da assinatura do Memorando de Entendimento entre as Forças Armadas Angolanas e a guerrilha da UNITA, que pôs fim à guerra civil no país.

Ainda no setor da Educação, o corpo docente também registou naquele período uma evolução assinalável, tendo passado de 83.601 efetivos em 2002, para 179.928 efetivos em 2008 e para 215.412 efetivos em 2010. Em 2011 os docentes não universitários eram 218 mil.

No domínio do ensino superior foram criadas sete universidades públicas, sendo uma academia e 19 instituições públicas autónomas, com as universidades a constituírem-se em 51 unidades orgânicas, integradas em 7 regiões académicas.

Neste setor de ensino universitário, o número de estudantes assou de 13.861 em 2002 para 95.000 em 2008, ultrapassando a fasquia dos 100 mil em 2010, com 116.805, e fixando-se um ano depois nos 150 mil.

São mais de 2 mil os docentes no ensino universitário, que forma anualmente, em média, 1.200 licenciados.

Este aumento foi acompanhado da ampliação do 'campus' universitário da Universidade Agostinho Neto, a mais importante do país, com a inauguração da I fase, estando em conclusão as infraestruturas para os 'campus' universitários da Universidade 11 de Novembro, em Cabinda, e da Universidade Kimpa Vita, na província do Uíge.

Angola conta atualmente com 22 instituições de ensino superior privadas, sendo 10 universidades e 12 institutos superiores.

No programa de governo para a próxima legislatura, o MPLA quer instituir na área da educação o ensino obrigatório e gratuito até ao 1º ciclo do ensino secundário (9 anos de escolaridade), assegurar a entrada de mais 200 mil alunos no ensino superior e enviar mais 6.000 estudantes para o exterior, sobretudo em pós-graduações.

No domínio da saúde é de destacar a descentralização da gestão dos serviços de saúde a nível municipal, o que permitiu um maior foco das administrações e equipas de saúde municipais na melhoria da gestão da saúde e do funcionamento dos serviços.

O resultado tem sido o aumento do acesso universal das populações a cuidados integrados de saúde no nível primário da atenção.

O crescimento económico teve como reflexos positivos, destacados no Manifesto Eleitoral do MPLA, o aumento dos níveis de emprego, com a informação de 2008 para cá foram criados mais de 700 mil postos de trabalho, sobretudo nos domínios da Agricultura e Pescas, Urbanismo e Construção, Comércio, Energia e Águas e Hotelaria e Turismo, embora abaixo do milhão prometidos.

Este desafogo refletiu-se ainda na diminuição dos níveis de incidência da pobreza em Angola que passaram, nos últimos 10 anos, de 68 da população para 36,6% em 2009.


 

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