A Declaraçãodo Governo da República do Equador sobre a solicitação de asilo de JulianAssange é uma peça de rigor jurídico, lucidez e dignidade. Finalmente foiconcedido asilo a um dos maiores expoentes do jornalismo de todos os tempos eisso é motivo de alegria para todos os que consideram que a liberdade deinformação é mais do que as notícias pasteurizadas servidas pelos mediaempresariais. As perseguições monstruosas contra Assange, orquestradas peloimperialismo com base em pretextos ridículos, receberam assim a respostamerecida e digna. Agora é preciso que o governo britânico dê o salvo-condutonecessário para a saída de Assange rumo ao Equador.
O governo Cameron poderá ser renitente, tal como o foi governo salazarista como General Humberto Delgado. Este, durante longos meses teve de permanecer na Embaixada do Brasil em Portugal, impedido de ir para o Brasil. Foi graças àfirmeza do Embaixador Álvaro Lins e à correcção do governo brasileiro da altura que a sua saída foi possível.
A primeira batalha, a concessão do asilo, está ganha. Agora falta a
segunda.
América Latina mobiliza-se
Arrogância para com o Equador e servilismo para com os Estados
Unidos é a atitude do governo britânico. A sua recusa à concessão de
salvo-conduto para Assange revela uma prepotência neo-fascista e um desrespeito
total às normas do Direito Internacional. Por essa razão o governo do Equador
acaba de convocar uma reunião extraordinária dos ministros das Relações
Exteriores daUNASUL .
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