A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) examinará
nesta quarta-feira (29) as relações Sul-Sul no terceiro dia do 34º período de
sessões, em El Salvador. A relevância do tema foi ressaltada na terça-feira
(28) pela diretora executiva do organismo das Nações Unidas, Alicia Bárcena,
que advertiu sobre as mudanças na geografia da economia mundial.
“Está sendo conformada
uma situação inédita que devemos olhar com muita atenção: o poder econômico
está sendo transformado e transferido do Norte para o Sul e do Atlântico ao
Pacífico”, disse, ela também agregou que a soma das atividades econômicas da
Ásia-Pacífico e América Latina representam hoje 60% do crescimento econômico
mundial.
Com esta tendência
prevê-se que para 2020 as exportações Sul-Sul vão ultrapassar as exportações
norte-norte, assegurou. Bárcena destacou que algo parecido está ocorrendo com
os fluxos do investimento estrangeiro direto, do qual 50% são dirigidos para
economias em desenvolvimento.“O Sul já não é o mesmo e a América Latina e o Caribe também mudaram”, afirmou a diretora da Cepal que indicou que esta nova conjuntura que está se formando significa assumir novos desafios para a região.
"É preciso avançar com posturas regionais unificadas, articulando com outras zonas de desenvolvimento que nos permitam abordar desafios de outra envergadura como são a segurança climática, alimentar e cidadã", acrescentou.
A reunião, cujos trabalhos começaram na última segunda-feira (28), foi inaugurada ontem pelo presidente Mauricio Funes e conta com a participação de delegados dos 44 países membros, sócios e de outras organizações.
Em San Salvador, a Cepal apresentou o livro "Mudo estrutural para a igualdade: Uma visão integrada do desenvolvimento". Neste, explicou Bárcena, a Cepal propõe um caminho concreto para o crescimento de longo prazo com igualdade e sustentabilidade ambiental na América Latina e no Caribe.
Detalhou que é o acompanhamento do documento entregue na reunião anterior, em Brasília em 2010, cuja aposta é "A hora da igualdade. Brechas para fechar e caminhos para abrir".
Afirmou que no tema é necessário passar à ação. Hoje trazemos à região, aqui em El Salvador, uma proposta e uma aposta. A proposta é a igualdade, esse é nosso objetivo central, disse, ao recordar que a região é a mais desigual do mundo. (Fonte: Prensa Latina)
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