sexta-feira, 16 de maio de 2008

Angola/ONU manifesta intenção de cooperar no desarmamento

Luanda, 15 maio 2008 - As Nações Unidas querem cooperar com o Governo angolano no programa de desarmamento da população em posse ilegal de armas, contribuindo, assim, nos esforços das autoridades para a redução do impacto negativo que estes meios podem causar no processo de reconciliação nacional.

O interesse foi manifestado quarta-feira em Luanda pelo alto-representante do Secretário Geral das Nações Unidas para os Assuntos de Desarmamento, Sérgio de Queiróz Duarte, no decurso de uma audiência que lhe foi concedida pelo presidente da Assembleia Nacional, Roberto de Almeida.

"Estamos certamente dispostos a cooperar, na medida em que as autoridades angolanas desejem que nós cooperemos com elas", declarou o diplomata da ONU, acrescentando que o presidente da Assembleia Nacional "demonstrou muito interesse" em relação ao assunto.

Sérgio Duarte explicou que a ONU tem um centro regional baseado em Lomé, Togo, - o qual pode cooperar com as autoridades angolanas em programas relativos ao desarmamento e assistência técnica diversificada nesse mesmo campo.

O alto-representante do SG da ONU aproveitou a audiência para agradecer ao presidente da AN pela maneira tão agradável como tem sido recebido em Angola por todas as autoridades.

Sérgio de Queiróz Duarte, de nacionalidade brasileira, chegou na noite de sábado a Luanda, para participar na 27ª reunião de Estados da África Central, de 13 a 15 de Maio.

O evento, organizado por Angola, conta com representantes dos Camarões, Congo Brazzaville, Gabão, Burundi, Rwanda, Guiné-Equatorial, República Centro Africana (RCA), São Tomé e Príncipe, Tchad e República Democrática do Congo (RDC).

Durante a sua estada no país, o alto-representante da ONU manterá encontros com os ministros das Relações Exteriores, do Interior e da Defesa Nacional.

A questão do desarmamento ganhou destaque com a criação, em Março último, pelo presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, de uma Comissão Nacional para o Desarmamento de pessoas em posse ilegal de armas, coordenada pelo primeiro-ministro, Fernando da Piedade Dias dos Santos.

A medida teve em conta a proliferação de armas ligeiras e de pequeno porte, sobretudo as que foram adquiridas de forma ilícita durante a guerra que, para além de representarem uma ameaça à segurança individual e colectiva, provocam um impacto negativo no processo de reconciliação e reconstrução nacional. (AngolaPress)

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