quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Brasil/África e AL são alternativa aos EUA, diz Lula a empresários

Vermelho, 24 outubro 2007

Ao pedir a grandes empresas que façam investimentos na África e em países da América Latina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou o mercado dos Estados Unidos a um baile com poucas chances de alguém conseguir uma parceira ou parceiro para dançar. A observação foi feita nesta quarta-feira (24) durante encontro de Lula, no Palácio do Planalto, com 100 dos maiores empresários do país.
De acordo com relato de participantes, o presidente disse que é preciso buscar novos mercados para os produtos brasileiros. "O mercado americano é igual a um baile com 100 homens e 30 mulheres. É difícil pra caramba vencer a concorrência", disse. "Ou vice-versa", completou, ao perceber a presença de empresárias na reunião. "Já nos mercados emergentes, a chance de dançar é grande."

Lula afirmou, em discurso, que os empresários tinham de ter uma visão "global". "As empresas não podem ter medo de ser multinacionais", afirmou. "Em vez de ficarem reclamando do câmbio, vocês precisam ir para fora, participar desse mercado global", completou. Lula afirmou que não vai faltar energia para garantir o crescimento econômico. E informou que o governo está divulgando os editais para construção das usinas hidrelétricas do rio Madeira, em Rondônia.

Após a reunião, empresários ressaltaram a importância de encontros desse tipo com o presidente. "Foi um choque de otimismo importante", disse o empresário Amarílio Proença de Macêdo. "A reunião foi uma seqüência de elogios e concordâncias entre governo e empresários", completou.

O presidente da Braskem, José Carlos Grubisch, disse que Lula provocou o setor a ocupar espaço no mercado internacional. "Acho que o presidente colocou uma agenda nova, que é essa proposta de parceria entre setor privado e governo para buscar o crescimento e o desenvolvimento e aproveitar o ciclo positivo da economia", avaliou.

''Discussão teórica''

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse que o governo dispõe de instrumentos para incentivar a internacionalização das empresas brasileiras. Citou como exemplo o financiamento concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao frigorífico Friboi para este comprar a Swift.

Questionado sobre a possibilidade do uso de parte das reservas internacionais para financiar essas empresas, Miguel Jorge disse apenas que se trata de uma "discussão teórica" que ainda precisa ser amadurecida no governo. (Fonte: Agência Estado)

http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=27255

Nenhum comentário: