quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Angola vira atenções para o Médio Oriente



19 novembro 2013, Jornal de Angola http://jornaldeangola.sapo.ao  

A delegação angolana presente na cimeira entre a União Africana e o Médio Oriente, que decorreu ontem no Kuwait, está a aproveitar a estada naquele país para identificar parceiros para investir nos sectores dos Petróleos, Mineração e Infra-estruturas, além de outras áreas integradas na estratégia de diversificação da economia nacional.

O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, que representou o Chefe de Estado na cimeira, disse que os africanos não têm sabido aproveitar o alto capital dos países do Médio Oriente.
 
“A nossa estratégia nesta cimeira é diferente dos outros. Vamos identificar
três ou quatro países potenciais, que são Arábia Saudita, Kuwait, Qatar e Emirados Árabes Unidos, que podem estar interessados em algumas áreas importantes, no caso de Angola, que são de alto investimento”, disse o ministro das Relações Exteriores.

Georges Chikoti disse que a União Africana e o Médio Oriente vão aprovar uma declaração final, para facilitar a aproximação económica. “A cimeira focaliza, essencialmente, em questões económicas. Olhamos para questões que têm a ver com a cooperação para o desenvolvimento, com base nas experiências das instituições pública e privadas entre as duas regiões”, informou.

As partes avaliaram acções para promoção de um ambiente favorável ao desenvolvimento económico e oportunidades macroeconómicas para investir nas duas regiões. Esta é a terceira cimeira entre as duas regiões e surge para fomentar a cooperação económica entre a União Africana e os países do Médio Oriente.

Crise na RDC
O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, exortou o Governo da República Democrática do Congo e os rebeldes do M23 a cumprirem as decisões saídas da cimeira dos Grandes Lagos e a SADC, realizada no princípio deste mês, na África do Sul. As partes não se entendem em relação ao texto final do acordo de paz, que negociam há dias, em Kampala, capital do Uganda.

Os rebeldes pretendem uma amnistia geral, para os seus homens, mas o Governo diz que a amnistia não deve abranger os crimes de sangue e as violações contra mulheres indefesas. “Era importante que tudo que o Governo do Congo fizesse, fosse no sentido de concluir com a guerra. Eles negociaram durante muito tempo e as negociações previam que depois da declaração dos rebeldes da cessação das hostilidades e o abandono à rebelião, o Governo faria uma segunda declaração, que permitisse a conclusão definitiva da guerra”, disse.

Georges Chikoti espera  que toda a  decisão tomada permita  o fim do conflito na RDC e não venha criar outro ambiente de conflito. “As recomendações da reunião que tivemos na África do Sul, há duas semanas, indicavam que deveria concluir como se tinha concordado, durante as negociações”, disse, para acrescentar que foi este o documento que os Chefes de Estado, das duas regiões, concordaram em aprovar.

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