terça-feira, 14 de outubro de 2008

Portugal surge entre países que mais reduzem mortalidade

Lisboa, 14 outubro 2008 (Lusa) - A Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou Portugal como um dos cinco países do mundo que mais "notáveis progressos" fizeram na redução da taxa de mortalidade desde 1975, em especial da mortalidade infantil, num relatório divulgado nesta terça-feira.

No relatório de 2009 da OMS "Cuidados de Saúde Primários - Agora mais do que sempre", Portugal é classificado como um dos cinco países do mundo que "mais notáveis progressos" fizeram na "redução da taxa de mortalidade", principalmente "para menos de um quinto nas últimas três décadas".

"Em cada região, exceto em África, há países onde a taxa de mortalidade desceu para menos de um quinto do que era há três décadas. Os mais notáveis exemplos são o Chile, Malásia, Portugal, Tailândia e Omã", cita o relatório anual sobre a Saúde no Mundo.

Este 'feito' deve-se, segundo a entidade, à "melhoria no acesso às redes de saúde, que foram expandidas", e foi possível graças a um "compromisso político sustentável" e a um "crescimento econômico que permitiu continuar a investir no setor da saúde".

Quanto à melhoria dos indicadores de saúde em Portugal, a OMS destaca que a "esperança de vida ao nascer" é atualmente "9,2 anos superior ao que era há trinta anos", frisando os resultados nacionais alcançados na "redução dos casos mortais em vários grupos etários", sobretudo na mortalidade infantil (refere-se a crianças com menos de cinco anos), onde se registra uma "redução para metade de oito em oito anos".

"O desempenho de Portugal para reduzir a taxa de mortalidade em várias faixas etárias é dos mais consistentes e bem sucedidos [do mundo] nas últimas três décadas", salienta o estudo.

Outros dados divulgados no relatório da OMS indicam que, entre 1960 e 2008, Portugal conseguiu reduzir a mortalidade pré-natal em 71%, a mortalidade infantil em 86%, a de crianças em 89% e a mortalidade materna em 96%.

Segundo o documento, a decisão de basear a Política Nacional de Saúde numa "rede nacional de centros de saúde que cobre todo o país" teve um papel "fundamental para reduzir a mortalidade materna e infantil", enquanto que a redução dos casos de morte pré-natal deveu-se ao "desenvolvimento da rede hospitalar".

"Esta performance levou a uma evidente convergência da saúde da população portuguesa com a de outros países da região", lê-se no documento.

Nenhum comentário: