quarta-feira, 14 de outubro de 2015

BRICS, БРИКС/África do sul quer retirar-se do Tribunal Penal Internacional

12 outubro2015, Rádio Moçambique http://www.rm.co.mz (Moçambique)

 

O partido no poder na África do sul, ANC, Congresso Nacional africano, propõe a retirada do país do Tribunal Penal Internacional TPI, por considerar que o órgão não está a agir de acordo com o seu mandato.

A proposta foi avançada no decurso do Conselho Geral Nacional do Partido em Johannesburg.  
‘O Tribunal  Penal Internacional perdeu a sua direcção’-- disse o Vice-ministro da governação corporativa e assuntos tradicionais, Obed Bapela.

O governante deplorou o facto de   algumas nações poderosas recusarem-se  a ser membros, mas  procurarem impor sempre  as suas decisões através do  Tribunal Penal Internacional.  ‘A África do Sul deve retirar-se deste órgão e ainda assim continuará a erguer a bandeira dos direitos humanos’-- acrescentou Bapela.

Referiu que o Conselho geral nacional do ANC gostaria de ver o Tribunal Africano de Justiça a desenvolver a sua própria capacidade de lidar com as questões dos direitos humanos.

A União Africana irá debater
a sua relação com o Tribunal Penal Internacional na sua cimeira ordinária de Janeiro próximo.

O Órgão emitiu dois mandatos de prisão do Presidente Omar Al Bashir do Sudão acusando-o de crimes de guerra, incluindo alegadas ordens de assassinato de seus compatriotas.

Em Junho último, Bashir visitou a África do sul onde participou na vigésima-quinta cimeira da União Africana no meio de apelos visando a sua detenção.

Na altura, a África do sul reagiu a esses apelos afirmando que o TPI havia  violado os direitos do País ao manipular a visita do Presidente Omar Al Bashir.

‘A África do sul é da opinião  que uma grave violação dos direitos do país como Estado, tenha  tido lugar com o Tribunal Penal Internacional, agindo contra o espirito e a letra do estatuto de Roma’ -- declaração do Ministério sul-africano das relações internacionais e cooperação.

Bashir voltará a visitar a África do sul em Dezembro próximo para participar na cimeira África-China.

O Conselho geral nacional do ANC que terminou este fim-de-semana, aprovou uma série de recomendações sobre a transformação económica, governo local e legislativo, paz e estabilidade, relações internacionais, entre outras.

No que se refere a transformação económica, o ANC pediu um estudo sobre a viabilidade de um imposto sobre os mais ricos.

No geral, o Partido apelou para uma revisão das prioridades do orçamento nacional com uma chamada de atenção virada para o investimento.

Quanto a paz e estabilidade, as preocupações giram em torno da mão pesada da polícia ao lidar com conflitos e protestos nas comunidades. Assim, a polícia deve ser treinada para lidar com protestos populares a fim de evitar a brutalidade policial. (RM Pretória)

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