segunda-feira, 17 de maio de 2010

Moçambique -- SADC/Ministro Defesa apela à vigilância contra pirataria marítima e golpes de Estado

Maputo, 14 maio 2010 (Angola Press) -- O ministro da Defesa de Moçambique pediu hoje (sexta-feira) aos chefes de Estado-maior General dos países da África Austral para que estejam atentos às ameaças da pirataria marítima e tendências de golpes de Estado em Governos democraticamente eleitos.

Falando na abertura do 18.ª reunião do sub-comité de Defesa da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), em Maputo, Filipe Nyusi apontou como desafios dos países da África Austral os golpes de Estado e conflitos resultantes dos processos eleitorais.

Devemos estar vigilantes na nossa região e preparados para os superar", disse o governante moçambicano, defendendo que o sector de Defesa e das Forças Armadas de cada país desempenhe um "papel crucial" na materialização dos projetos de integração regional.

Os chefes de Estado-maior General da SADC reúnem-se hoje em Maputo para debater a situação da defesa e segurança nos países da comunidade e perspetivar acções para os próximos dois anos.

O dirigente moçambicano referiu que um eventual ataque pirata na África Austral pode levar à destruição de importantes investimentos económicos da região e a afectar a realização do Mundial de Futebol na África do Sul e os Jogos Africanos de Maputo, em 2011.

Estas ameaças "nos obrigam a que aumentemos os nossos níveis de alerta e nos preparemos para estar à altura de defender esses investimentos", disse Filipe Nyusi, assegurando, no entanto, que a organização regional "está a assumir cada vez mais um papel preponderante no xadrez político, económico e social, continental e mundial".

Contudo, apelou: "é necessário que nos comprometamos em avançar em acções pragmáticas, com resultados tangíveis, tendo como horizonte a superação dos desafios comuns".

Segundo o responsável pelo pelouro da Defesa em Moçambique, a concretização destes desafios exige "mais esforços coordenados, redobrados e uma cooperação cada vez mais estreita dos Estados e das forças armadas" da SADC, devido "à natureza do posicionamento geopolítico, geo-estratégico e percurso histórico da região".

O titular da pasta da Defesa de Moçambique exortou ainda os chefes de Estado-maior General a debaterem assuntos da actualidade, "com repercussões no sector de defesa", olhando, porém, "para os esforços que o órgão da SADC para a cooperação nas áreas de política, defesa e segurança está a empreender para a resolução dos problemas no reino do Lesotho, em Madagáscar e no Zimbabwe", onde a situação "evoluiu".

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