terça-feira, 11 de maio de 2010

Guiné-Bissau/Pires e Sanhá denunciam ameaças à estabilidade

Os presidentes cabo-verdiano e guineense consideraram, domingo, que o narcotráfico e a criminalidade conexa constituem “ameaças sérias para a estabilidade política” na Guiné-Bissau.

11 de Maio de 2010/Notícias

Numa declaração conjunta, Pedro Pires e Bacai Sanhá salientaram que quer uma quer outra têm um “efeito nefasto e comprometedor do progresso social e económico” de todos os Estados da África Ocidental. “As delegações referiram-se ao narcotráfico e à criminalidade conexa enquanto ameaças sérias para a estabilidade política, assim como ao seu efeito nefasto e comprometedor do progresso social e económico de todos os Estados da região oeste africana”, referiu o documento.

Lido na presença dos dois chefes de Estado, e com os jornalistas impedidos de fazer perguntas, o texto salientou que Cabo Verde e a Guiné-Bissau vão fazer “tudo o que seja necessário”, tanto no plano nacional como sub-regional, para que a comunidade internacional garanta o apoio para se lutar “eficaz e globalmente (…) contra esse flagelo e suas consequências”. “As delegações analisaram a situação na Guiné-Bissau à luz dos acontecimentos graves que vêm atentando à governação democrática e que ameaçam deitar por terra as esperanças de paz institucional criadas pelas eleições legislativas de 2008 e pelas presidenciais de 2009, que dotaram a nação guineense de poderes legítimos e constitucionalmente instituídos”, lê-se no documento.

Nesse sentido, Cabo Verde reiterou a necessidade de “todas as forças vivas guineenses” se “conformarem ao Estado de Direito que vigora na Guiné-Bissau”, o que, segundo os dois presidentes, “implica o respeito pelas funções constitucionais das autoridades.

Pedro Pires e Malam Bacai Sanhá apelaram ainda à comunidade internacional, através do Grupo de Contacto Internacional sobre a Guiné-Bissau (GIC-GB), “não cruzar os braços” no apoio às “legítimas autoridades” guineenses, ajudando-as de forma “coordenada, firme e com meios adequados”. Só assim, prosseguem, se conseguirá a “implementação efectiva dos planos de acção definidos em Lisboa (2008), sobre a luta contra o narcotráfico, em Genebra (2009), no apoio ao desenvolvimento, e na cidade da Praia (2009), na reforma do sector da Defesa e Segurança.

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