sexta-feira, 21 de agosto de 2009

China/Macau: PME querem mais apoio do Governo para entrar nos países de língua portuguesa

Macau, China, 19 agosto 2009 (China) - A Associação de Pequenas e Médias Empresas de Macau (PME) propôs ao Governo a criação de um fundo com cerca de 44 milhões de euros, 50 por cento patrocinados pelo executivo, para apoiar investimentos nos países lusófonos.

De acordo com o presidente da Associação de Pequenos e Médios Empresários, Stanley Au, “o fundo poderia contar numa primeira fase com 500 milhões de patacas (44 milhões de euros)", em que o Governo contribuiria com 50 por cento do montante e os empresários com o restante.

“Se os negócios forem bem sucedidos, os investidores poderão cobrir o investimento do Governo, que poderá depois utilizar o dinheiro para outros fins de acordo com os lucros auferidos”, acrescentou Stanley Au que disputou o cargo de chefe do Executivo com Edmund Ho na primeira eleição após a transferência da administração de Macau de Portugal para a China.

Este fundo serviria, segundo o empresário, para aliviar as despesas de deslocação dos empresários de Macau aos países de língua portuguesa.

“Alguns dos países de língua portuguesa distam 20 horas de Macau. As viagens são muito caras, por isso sugerimos que o Governo dê incentivos aos empresários locais para iniciarem os negócios nesses países, pelo menos numa fase inicial”, justificou Stanley Au.

Outro tipo de ajuda requisitada pela Associação das Pequenas e Médias Empresas de Macau é o acompanhamento de tradutores de português nos contactos entre os investidores locais e os dos países lusófonos, sem o qual Stanley Au sublinha que “não se pode fazer nada”.

Também as embaixadas da China nos países lusófonos deveriam facultar protecção diplomática aos investidores de Macau caso sejam confrontados com algum problema, defende Stanley Au ao salientar que “o funcionamento da Justiça não é muito eficiente em alguns daqueles países”.

As propostas já foram entregues ao executivo, a Pequim e ao futuro chefe do Executivo, Chui Sai On, mas até ao momento a associação não obteve resposta.

A serem concretizadas, estas propostas poderão motivar um número considerável de investimentos dos empresários de Macau nos países de língua portuguesa, sublinhou.

"Se houver um bom plano, uma boa promoção, haverá muita gente interessada em investir nos países de língua portuguesa”, considerou Stanley Au, adiantando que a exportação de bens de consumo e o turismo são áreas privilegiadas de investimento na lusofonia.

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