segunda-feira, 30 de junho de 2014

BRICS, БРИКС/RÚSSIA, CAZAQUISTÃO E BIELO RÚSSIA: UMA INTEGRAÇÃO ECONÔMICA E HUMANITÁRIA

26 junho 2014, Pátria Latina http://www.patrialatina.com.br (Brasil)

As embaixadas da Rússia, Bielo Rússia e Cazaquistão promoveram nesta terça (24) um encontro com profissionais da comunicação quando apresentaram os planos de seus governo sobre o Tratado de União Econômica Eurosiática entre os três países em evento realizado na seda da embaixada do Cazaquistão em Brasilia.

Tânia Nicole*

A nova união marca o início de formação de um dos maiores mercados econômicos mundiais. Com previsão para vigorar a partir de 1 de janeiro de 2015,  a nova aliança pretende impulsionar o desenvolvimento dos países-signatários, Rússia, Bielorrússia   e Cazaquistão, estendendo-se em breve a Armênia.

O acordo que contempla a livre circulação de bens, serviços, capitais e mão-de-obra irá reunir em seu mercado regional 170 milhões de pessoas, segundo o embaixador Sergey Akapov.

A formação de um mercado comum e sem barreiras, na área de negócios, possui condições favoráveis a competividade e modernização. Estar ao vento das crises econômicas e financeiras não é um bom itinerário, razão pela qual uma integração econômica é vantajosa a todos os países-membros, com “possibilidade de qualquer país interessado se tornar o país-observador junto à união”. Para Batyzkan Ordabaev, embaixador do Cazaquistão,“ Este acordo está aberto para qualquer outro país no mundo. Existem muitas outras uniões, possibilidades de economia.”


O crescimento sustentável é um grande desafio e o objetivo é trabalhar com planos que alavanquem a economia e impulsionem os setores de energia, transporte, indústria e agricultura. Nas condições de mercado é preciso centralizar os esforços e trabalhar em prol de um objetivo comum. Principalmente no que tange à área de emprego e desenvolvimento de infra-estrutura, com a construção de redes de transporte e energia euroasiáticos.

Na política global as estratégias mudam e aperfeiçoam-se, a fim de uma cooperação que venha favorecer o incremento do PIB. São políticas macroenonômicas equilibradas. Índices de investimento fomentados e a melhora do nível de vida dos cidadãos constituem base para um modelo de economia promissor. O Cazaquistão, por exemplo, tem como objetivo aumentar a participação de 70% dos produtos não-petrolíferos com potencial de exportação, além do processamento de hidrocarbonetos.

Está garantido a soberania e integridade territorial dos países-membros, com termos pautados em igualdade de direitos. Os interesses de cada país são respeitados, assim como sua estrutura política, sem deixar de observar os princípios da economia de mercado e concorrência.

A formação de um mercado com a eliminação de barreiras  proporcionam condições favoráveis aos negócios. Haverá um intercâmbio científico, além das relações culturais em toda a sua extensão. Produzir dentro do país, ou melhor, dentro do próprio mercado  poderá resultar em projetos de êxito no  conhecimento e novas tecnologias.

A união aduaneira, que tem importância histórica, irá fortalecer ainda mais um mercado regional importante para o desenvolvimento econômico. Quem dirá, uma mesma moeda.

*Tania Nicole, da Redação do Pátria Latina

DA ASSINATURA DO ACORDO SOBRE A UNIÃO ECONÔMICA EUROASIÁTICA
Comunicado à Imprensa

Os embaixadores Leonid Krupets, da Bielorrússia, Bakytzan Orbayev,do Cazaquistão e Sergey Akapov, da Rússia

Embaixada da República da Belarus
Embaixada da República do Cazaquistão
Embaixada da Federação da Rússia

Em 29 de maio de 2014 foi assinado em Astana pelos Presidentes da Belarus, Cazaquistão e Rússia o Acordo sobre a União Econômica Euroasiática (UEEA), que entrará em vigor a partir de 1 de janeiro de 2015 após sua ratificação pelos parlamentos dos três países.

O objetivo principal da UEEA é formar mercado comum, eliminar barreiras para circulação de bens, serviços, investimentos, mão de obra, implementar políticas econômicas coordenadas, orientadas para estabelecer condições favoráveis na área de negócios. A nova união de integração foi criada a fim de fortalecer as economias dos países-participantes e aproximá-las, bem como para garantir modernização e competitividade deles no mercado global.

Os países-membros da UEEA concordaram em implementar políticas macroeconômicas equilibradas, coordenar os esforços conjuntos nas áreas de emprego e desenvolvimento da infraestrutura, inclusive a construção de redes de transporte e energia euroasiáticos. Aprofundamento da integração econômica é vantajoso para todos os participantes da União, em especial levando em consideração o fato de crises econômicas e financeiras continuarem a exercer influência negativa sobre economia global.

A UEAA se baseia no respeito aos princípios universalmente reconhecidos do direito internacional, inclusive os princípios da igualdade soberana dos estados-membros da União e da integridade territorial deles, no respeito às especificidades da estrutura política dos países-membros da União, na garantia de cooperação mutuamente vantajosa, igualdade de direitos e respeito aos interesses nacionais das Partes, bem como na observação dos princípios da economia de mercado e concorrência perfeita.

A ideia da UEEA foi pela primeira vez divulgada 20 anos atrás pelo Presidente do Cazaquistão Nursultan Nazarbayev e foi apoiada pelos Presidentes da Belarus e Rússia.
A União é aberta para qualquer outro país que compartilhe os objetivos e princípios dela, nas condições coordenadas com os países-membros. Também prevê-se a possibilidade de qualquer país interessado se tornar o país-observador junto à União.

A UEEA deu início ao processo histórico da formação de uma das principais macroregiões do mundo, virou um centro potente atraente do desenvolvimento econômico que une 170 milhões de pessoas. Belarus, Cazaquistão e Rússia têm indústria avançada, potencial profissional, intelectual e cultural forte.

A assinatura do Acordo sobre a União tem importância histórica. Esse evento estabelece uma base sólida para fortalecer e desenvolver no futuro a cooperação de integração entre os países-fundadores e parceiros interessados. A integração euroasiática não é só um meio de cumprir as tarefas estratégicas do desenvolvimento estratégico de cada um dos três países, mas também contribui para garantir estabilidade e desenvolvimento sustentável no continente euroasiático inteiro. 

Por Tania Nicole da Redação do Pátria Latina com informação das embaixadas

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