segunda-feira, 21 de março de 2011

Portugal/CONSELHO PORTUGUÊS PARA A PAZ CONVOCA MANIFESTAÇÃO CONTRA A AGRESSÃO À LÍBIA


21 março 2011/CEBRAPAZ http://cebrapaz.org.br http://cebrapaz.org.br

O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) convocou para a próxima quarta-feira (23), em Lisboa, uma manifestação em frente à Embaixada dos Estados Unidos no país, com o propósito de protestar contra a iminente agressão do imperialismo ao povo líbio.

Para o CPPC, mais uma vez o verdadeiro motivo dessa intervenção é o controle dos recursos naturais e o domínio militar e político do Oriente Médio, novamente sob a pecha do “discurso humanitário”.

Diante desse cenário, o CPPC vem a público para convocar essa manifestação e para exigir o fim imediato dessa agressão, em respeito à independência e à soberania da Líbia.

Confira abaixo documento divulgada nesta sexta-feira (18) pelo CPPC:

Não à agressão contra a Líbia!

Sob o pretexto e disfarce de “intervenção humanitária”, estamos perante mais uma guerra de agressão e conquista por parte dos EUA e seus aliados da OTAN e da região, com o aval do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Como nos exemplos recentes dos Balcãs, do Iraque e do Afeganistão, mais uma vez o verdadeiro motivo desta intervenção é o controle dos recursos naturais e o domínio militar e político da região.

Numa região marcada positivamente por importantes movimentações populares em luta por melhores condições de vida, por direitos sociais e laborais, liberdade e democracia e pela exigência de soberania e afirmação de independência face ao conluio de decadentes oligarquias com o imperialismo, as potências imperialistas buscam, em renovados moldes e por via da violência quando necessário, prosseguir a sua intromissão e exploração econômica dos países desta região. É esse o cenário de sinistra ameaça sobre a Líbia hoje. Entretanto, conspiram contra os movimentos populares no Egito e Tunísia e enviam forças militares da cruel ditadura Saudita para reprimirem a revolta popular no Bahrein.

O CPPC, reafirmando a sua solidariedade com o povo líbio que será a primeira vítima desta agressão:

- Condena a intervenção imperialista contra a Líbia e exige o fim imediato desta agressão em respeito pela independência e soberania deste país;

- Deplora a co-responsabilidade assumida pelo Governo português nesta agressão, posto que votou favoravelmente a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas;

- No respeito pelo consagrado no artigo 7º da Constituição da República Portuguesa e na Carta das Nações Unidas, recusa liminarmente a participação de Portugal neste ato de agressão;

- Solidariza-se com os povos da Líbia e do Bahrein vítimas de agressões imperialistas;

- Expressa a sua grande apreensão quanto às repercussões que a presente ação terá sobre outros povos no Próximo e Médio Oriente.

O CPPC convoca uma concentração de repúdio pelas agressões imperialistas aos povos da Líbia e do Bahrein e pela exigência da paz - frente à Embaixada dos EUA, em Lisboa (Avenida das Forças Armadas, junto a Sete Rios), para dia 23 de Março, Quarta-feira, pelas 18h00.

O Conselho Português para a Paz e Cooperação
18 de Março de 2011

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Portugal/A NOVA GUERRA COLONIAL

21 março 2011/Resistir.info

O imperialismo acaba de lançar uma nova guerra colonial.

Um impressionante conjunto de forças militares iniciou a agressão contra a Líbia.
A aprovação da Resolução 1973 pelo Conselho de Segurança da ONU foi uma ruptura com o direito internacional.

Ela foi possível graças à capitulação da Rússia, da China, do Brasil e dos demais países que ali se abstiveram (a máscara "progressista" do governo Dilma caiu rapidamente) .

A ONU nunca se preocupou com os palestinos massacrados em Gaza pela entidade nazi-sionista, nunca se incomodou com as ditaturas terroristas que mataram milhares de cidadãos na América Latina, nunca fez o mínimo gesto contra as ditaduras que escravizam emirados árabes, nada fez nem faz pelas mulheres oprimidas da Arábia Saudita, nunca disse uma palavra contra a selvageria da tropa da NATO que massacra indefesos camponeses afegãos, nunca se manifestou contra os drones que assassinam velhos, mulheres e crianças no Paquistão.

Não foi preciso a ONU para que os povos tunisino e egípcio se desembaraçassem de ditadores que haviam sido financiados e armados pelo ocidente.

Uma vez vencido Moammar Kadafi, tal como Saddam Hussein, a Líbia irá descobrir os encantos da democracia ocidental à moda do Iraque – ao custo de mais de um milhão de mortos e milhões de deslocados.

A Líbia ficará totalmente livre para a pilhagem das suas riquezas naturais.
No mundo pós Pico Petrolífero, o petróleo será libertado para as corporações ocidentais – ao custo de um novo massacre.

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