terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

EUA, União Europeia e União Africana reconhecem papel de Luanda como potência regional

16 fevereiro 2010 -- Uma delegação da troika da Conferência Internacional sobre os Grandes Lagos chegou a Luanda a fim de consultar as autoridades angolanas para a busca de resoluções para a questão dos desentendimentos políticos que se registam naquela zona do continente africano.

A comitiva, chefiada pelo enviado especial dos Estados Unidos da América (EUA) para a Região dos Grandes Lagos de África, Howard Wolpe, é igualmente integrada pelo representante da União Europeia (UE) para o assunto, Roeland Van de Greer, e o da União Africana (UA), o sul africano Dumizani Kumala.

Falando à imprensa no aeroporto, o diplomata norte-americano deu a conhecer que se deslocou a Luanda com alguns colegas para fazer consultas junto das autoridades locais com vista a procura de soluções para a questão dos Grandes Lagos.

Segundo o interlocutor, nesta consulta, interessa sobretudo encontrar saídas para o caso na zona leste da RDCongo, situação no qual Angola pode jogar um grande papel, principalmente para ultrapassa a questão na região onde alguns grupos rebeldes desenvolvem acções armadas.

Por sua vez, Roeland Van de Greer destaca a cooperação institucional entre a União Europeia, os EUA e a África, que permitiu, em 2001, em Nairobi (Kenya), a realização da Conferencia Internacional sobre os Grandes Lagos, onde a RDCongo e o Burundy encontraram entendimento para o problema dos grupos armados que actuavam nos dois países.

Para o caso, o diplomata europeu apontou Angola e a própria Comunidade de Estados da África Austral (SADC) como uma grandes força politica e diplomática para a procura de resoluções pacificas do assunto através da Conferência Internacional dos Grandes Lagos, assim como para a procura da reforma no sistema de segurança da zona.

Disse ainda que acredita na estabilidade da região para promoção do potencial político e económico da zona, contando para efeito com a intervenção dos EUA, UE e a UA.

Por outro lado, o sul africano disse que a sua presença em Angola depende mais da agenda a ser cumprida pela troika da Conferência Internacional para os Grandes Lagos, daí que a sua intervenção será mais um acto de consultoria conjunta.

Entretanto, acrescentou, sendo a RDCongo e o Burundy dois países vizinhos da SADC, “estamos a trabalhar para encontra solução ao problema, que não é só de África, mas internacional, daí que é importante estarmos todos juntos e ver como melhor resolver a questão”, pontualizou.

Durante a missão em Angola, a decorrer de 16 a 18 de Fevereiro, a troika vai reunir-se com o ministro das Relações Exteriores, Assunção dos Anjos, da Defesa, Cândido Van-Dúnen, estando também previsto um encontro com o Presidente da república, José Eduardo dos Santos. (Noticias Lusófonas)

Nenhum comentário: