quinta-feira, 21 de julho de 2011

Vice-ministro sírio visita Brasil para agradecer apoio

20 julho 2011/Vermelho http://www.vermelho.org.br

O presidente sírio, Bashar Assad, enviou ao Brasil seu vice-chanceler, Fayssal Mekdad, para agradecer o apoio dado pelo governo a seu país no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Em março, o Brasil disse “não” a uma resolução proposta por países imperialistas com finalidades de intervenção na Sìria.

O secretário-geral do Itamaraty, Ruy Nogueira, recepcionou o embaixador sírio nesta segunda (18). E na terça (19) o assessor especial da presidência, Marco Aurelio Garcia, reuniu-se com o visitante, considerado o “número 2 da diplomacia síria”.

Mekdad, que veio de Damasco exclusivamente para uma visita ao Brasil, também manteve contato durante o curto período com lideranças do PCdoB, como Inácio Arruda, no Senado, e Osmar Junior, no Congresso.

No final da terça (19), o embaixador fez palestra no Centro Cultural Árabe-Sírio em São Paulo, confraternizando-se com lideranças da Comunidade Árabe paulista e membros de movimentos sociais brasileiros. Particularmente, manteve contato com Socorro Gomes, presidente do Conselho Mundial da Paz (CMP) e do Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade e Luta pela Paz) e com o Secretário Nacional de Comunicação do PCdoB, José Reinaldo de Carvalho.

Situação síria não representa ameaça à segurança internacional
O Brasil, que é membro não permanente do Conselho até o fim deste ano, tem defendido em Nova Iorque que seja adotada apenas uma declaração de repúdio à violência na Síria – manifestação mais branda que uma resolução – e que esta última não chegue sequer a ser votada como querem França, Reino Unido e Estados Unidos.

Segundo a diplomacia brasileira, postura semelhante sustentam Índia e África do Sul, que integram o Grupo Ibas com o Brasil.

A declaração seria uma opção intermediária, entre o que querem as potências do Ocidente e o que deseja outro grupo paralelo, formado por Rússia e China, que desaprovam o rumo que a resolução 1973 contra a Líbia tomou – dando espaço a uma intervenção militar.

Para os dois países, que têm direito a veto, uma resolução contra a Síria não deve ser sequer considerada. Um porta-voz do Ministério do Exterior russo justificou a oposição de seu país, afirmando “que a situação na Síria não representa uma ameaça à paz ou à segurança internacional”.

Nem a Liga Árabe , que apoiou a primeira resolução contra a Líbia, aprova uma declaração como a defendida pelo Brasil. Isso acabou freando o ímpeto do Brasil de chegar a uma solução.

Na conferência que pronunciou no Centro Cultural Árabe-Sírio em São Paulo, o vice-chanceler afirmou que a violência no país foi causada por uma conspiração de forças hostis e imperialistas que querem desestabiliuzar a Síria e defendeu a realização de reformas sob a liderança do presidente Bashal El Assad. (Da Redação, com informações do Itamaraty e agências)


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