O secretário-geral da Fretilin (oposição timorense), Mari Alkatiri, disse estar disponível para partilhar com Moçambique a experiência de Timor-Leste de exploração dos recursos naturais, que classificou de "exemplar".
"Estamos dispostos a partilhar essa experiência que é considerada exemplar por vários sectores internacionais, apesar do que aconteceu nos últimos cinco anos", disse Mari Alkatiri, falando à margem do X Congresso da Frelimo, que se realiza em Pemba, no norte de Moçambique.
O processo de exploração de gás no mar de Timor foi um dos principais desafios que se colocaram ao jovem país, após a sua independência, em 2002, e as diferentes concepções sobre o dossier agravariam as divergências entre a Fretilin e outros históricos da resistência timorense, sobretudo com Xanana Gusmão.
Moçambique encontra-se numa situação idêntica, com a recente descoberta de gigantescas reservas de carvão, gás e de outros hidrocarbonetos e minerais e na agenda política está a discussão de como fazer para que essas riquezas contribuam para o desenvolvimento do país.
Este é o quarto congresso da Frelimo a que Alkatiri assiste, em resultado dos 24 anos que viveu em Moçambique, em situação de exílio durante a invasão indonésia de Timor-Leste.
"Na verdade, nunca me senti no exílio, porque Moçambique era um oásis no deserto de solidariedade para com o povo maubere", ressalvou, hoje, o secretário-geral da Fretilin. (RM/Lusa)
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