1- A ARTE DA GUERRA NO RIO DE JANEIRO
2- QUE GILMAR MENDES NÃO SOLTE OS BANDIDOS DO RIO
3- COMBATER O BRAÇO FINANCEIRO E INSTITUCIONAL DO CRIME
4- VIOLÊNCIA DO CRIME ORGANIZADO
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1- A ARTE DA GUERRA NO RIO DE JANEIRO
2 dezembro 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br
Luciano Rezende *
Sun Tzu disse: “Na guerra, o objetivo principal é a vitória. Se esta tardar, embotam-se as armas e deprime-se o moral”. Décadas da presença do crime organizado em vastas regiões da cidade do Rio de Janeiro, com a cumplicidade de setores da própria polícia, fizeram com que a reputação desta corporação e dos poderes constituídos do Estado fosse maculada perante o povo. Resgatar a confiança e a credibilidade das instituições de segurança pública é tarefa das mais importantes.
Sun Tzu disse: “Ataca onde quer que o inimigo esteja despreparado; irrompe quando ele não te esperar”. Como se diz: “Quando o trovão ribomba, não há tempo de tapar os ouvidos”. A complexidade do tráfico faz necessário que além das ações mais enérgicas e de enfrentamento ostensivo se invista no trabalho de inteligência. Sitiar as movimentações financeiras é uma forma de manter o inimigo sob pressão e esgotá-lo.
Sun Tzu disse: “A natureza do terreno é o fator fundamental para o exército consolidar sua vitória”. “(...) Em terreno íngreme, devo tomar posições nas elevações ensolaradas e aguardar o inimigo”. Com as instalações das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP’s) nos topos dos morros, deslocando os traficantes de suas antigas bases estratégicas, contribuirá sobremaneira para uma efetiva ocupação destas comunidades que, por sua topografia irregular, necessita contar com visão privilegiada para dificultar o retorno do inimigo. “Quando um gato se posta diante de um buraco de ratos, dez mil ratos não saem; quando o tigre vigia o vau, dez mil carneiros não atravessam o rio”.
Sun Tzu disse: “Um exército sem agentes secretos é exatamente como um homem sem olhos e sem ouvidos”. Nesse quesito, parece que os traficantes sempre dispuseram de informações privilegiadas partindo de dentro da própria polícia. Em contrapartida, percebe-se que agora a própria população, ao readquirir o moral de combatentes auxiliares desta guerra, passa a ser informante contra o tráfico, apoiando a polícia através de importantes denúncias telefônicas.
Sun Tzu disse: “Quando as tropas estão em situação favorável, o covarde é bravo; quando não, o bravo é covarde. Na arte da guerra não existem regras fixas. Estas dependem unicamente das circunstâncias”. Esperemos que a firmeza do discurso oficial no atual momento seja mantida com o decorrer do tempo e que as políticas sociais de fato “subam o morro” e sejam implantadas com a coragem necessária para superar de vez as práticas assistencialistas do inimigo.
Sun Tzu disse: “Não permitas que seus inimigos se aliem. Examina o conteúdo dessas alianças e provoca sua ruptura. Se o inimigo tem alianças, o problema é grave e a posição dele, muito forte; se não as tem, o problema é menor e a posição dele, muito fraca”. O crime organizado no Rio conseguiu tecer vasta rede de colaboradores. Tem representação no Parlamento e está infiltrado em várias repartições com anuência de vários agentes do poder público. Romper esse consórcio é tarefa a ser perseguida.
Sun Tzu disse muito mais em “A Arte da Guerra”. Documento milenar que a despeito de seu contexto histórico guarda enorme atualidade. Mas Sun Tzu não viveu o capitalismo. Não desconfiava de poder existir um modo de produção capaz de disseminar uma cultura de guerra e violência de fazer inveja aos antigos senhores de guerra.
A cultura da violência vem do berço no capitalismo que sobrevive do espírito de uma bestial competição, em todos os sentidos. A própria insegurança da população é um ótimo negócio a ser comercializado pela indústria da segurança, inclusive por milícias. Banalizou-se a violência como em poucos momentos da história da civilização. Hoje uma criança pede à mãe para comprar um “caveirão” do Bope de brinquedo, assistindo um ingênuo Pica-pau vermelho e azul meter uma paulada na cabeça de um índio. Todos riem.
Relembrando Brecht: “Muitos acusam o rio de violento, mas poucos são os que condenam as margens que o reprimem”. Em meio a mais uma cobertura midiática sensacionalista, é fundamental que, ao reafirmarmos a validade das operações policiais, também sejamos capazes de fazer uma leitura histórica e científica da violência no Rio, no Brasil e no mundo. Não ser ingênuo a ponto de pensar que o tráfico vai ser vencido apenas com políticas sociais, mas também não imaginar que somente a ação policialesca será suficiente para se alcançar o apaziguamento. O rio (e o Rio) está (ão) cada vez mais estreito (s).
A verdadeira paz só será atingida com outro sistema social, o que exigirá um outro tipo de guerra, mais prolongada, de longo fôlego. Sun Tzu disse: “A invencibilidade depende de nós. A vulnerabilidade do rival depende dele”. O capitalismo é débil por natureza, perecerá mais cedo ou mais tarde, a depender de nossa estratégia.
* Engenheiro agrônomo, mestre em Entomologia e doutorando em Genética. Professor do Instituto Federal do Amazonas (IFAM).
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2- QUE GILMAR MENDES NÃO SOLTE OS BANDIDOS DO RIO
2 dezembro 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br
Messias Pontes *
O Brasil inteiro assistiu, atônito, nos últimos dias, às ações das forças militares e policiais no Rio de Janeiro contra o crime organizado. Toda a sociedade apoiou o combate sem trégua aos bandidos e aplaudiu por não atingir pessoas inocentes nos morros da Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão. Muita droga – maconha, cocaína e crack – e muita arma pesada e farta munição foram apreendidas, causando enorme prejuízo financeiro aos traficantes, calculado em mais de R$ 100 milhões.
A sociedade brasileira aplaudiu também a prisão de vários “chefões” do tráfico, mas espera que os que conseguiram furar o cerco sejam presos no curto prazo. Espera também que haja uma averiguação rigoroso para apurar denúncias de que maus policiais facilitaram a fuga de alguns bandidos tanto no morro da Vila Cruzeiro como no Complexo do alemão. Há denúncias também de excesso por parte de policiais e até mesmo de roubo, conforme declarou um morador da Vila Cruzeiro que um soldado lhe roubou R$ 31 mil, dinheiro recebido da rescisão de contrato de trabalho.
Mas o que os brasileiros de bem esperam mesmo é que o ministro Gilmar Mendes – ou Gilmar Dantas, conforme o jornalista Ricardo Noblat – não venha a decretar a liberdade dos bandidos presos durante a operação policial-militar. A preocupação é procedente, pois este ministro, que infelizmente chegou à presidência da mais alta Corte de Justiça do País, tem sido benevolente, para não dizer um pai, com bandidos de colarinho branco.
Para surpresa geral, Gilmar Mendes soltou o banqueiro-bandido italiano Alberto Salvatore Cacciola, dono do banco Marka, que deu um rombo de mais de R$ 1,5 bilhão. Em liberdade, Cacciola fugiu para o seu país, e só foi preso pela Interpol quando resolveu passear no Principado de Mônaco, e depois extraditado para cá. Ele foi condenado a 13 anos de prisão por gestão fraudulenta e desvio de dinheiro público.
Gilmar Mendes, para não perder a fama, concedeu celeremente dois habeas corpus ao também banqueiro-bandido Daniel Dantas, indiciado por vários crimes, entre eles gestão fraudulenta, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Além de proteger o banqueiro-bandido, Gilmar Mendes perseguiu implacavelmente o delegado federal Protógenes Queiroz, que comandou a Operação Satiagraha que apurou a roubalheira do dono do banco Opportunity ; também perseguiu o delegado federal Paulo Lacerda, então diretor da ABIN, e o juiz Federal Fausto di Sanctis que decretou as prisões de DD.
A posição e as decisões do ministro Gilmar Mendes foram tão esdrúxulas que um movimento nacional ganhou corpo para o seu impeachment, o que acabou não acontecendo porque a maioria dos senadores é muito conservadora e medrosa, para não dizer covarde. Dezenas de entidades nacionais se manifestaram pelo impeachment desse ministro que foi indicado pelo Coisa Ruim (FHC) para o Supremo Tribunal Federal apesar das advertências feitas pelo grande jurista Dalmo de Abreu Dallari.
Setores progressistas da igreja católica têm denunciado as ações antidemocráticas de Gilmar Mendes, notadamente na criminalização dos movimentos sociais, em especial do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Comprometido com os interesses do baronato da mídia, esse ministro tornou sem efeito a obrigatoriedade do diploma de curso superior em Comunicação Social para o exercício da profissão de jornalista.
Agora, para indignação geral, o ministro Gilmar Mendes põe em liberdade o médico-monstro Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão, em primeira instância, por crimes sexuais contra 60 pacientes. O relato das vítimas desse monstro, que é milionário, chocou a todos, menos ao ministro do STF que não gosta de ver bandido de colarinho branco na cadeia.
A consciência democrática brasileira não aceita, por hipótese alguma, que o ministro Gilmar Mendes tenha a petulância de ordenar a soltura dos traficantes de drogas e armas do Rio de Janeiro, presos nos últimos dias nas comunidades de Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão.
* Diretor de comunicação da Associação de Amizade Brasil-Cuba do Ceará, e membro do Conselho de Ética do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará e do Comitê Estadual do PCdoB.
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3- COMBATER O BRAÇO FINANCEIRO E INSTITUCIONAL DO CRIME
29 novembro 2010/Vermelho EDITORIAL http://www.vermelho.org.br
A provocação irracional e inaceitável iniciada pelo crime organizado com a onda de violência desencadeada no dia 21, teve um desdobramento inesperado não só para os bandidos mas também para toda população.
Pela primeira vez houve uma ação coordenada das polícias fluminenses, das Forças Armadas e de forças policiais da União para não só reprimir a ação criminosa, como também, numa verdadeira operação de guerra, desalojá-los dos espaços que controlavam e que transformaram em bases de operação para distribuir drogas ilegais, esconder seus arsenais, encontrar repouso e atendimento médico quando necessário depois de conflitos com a polícia ou adversários de outras facções criminosas. Eles construíram, em favelas e outras comunidades pobres do Rio de Janeiro verdadeiros para-estados, à margem da lei e das instituições.
A operação coordenada desta semana indica que é possível combater o tráfico e o crime organizado a ele associado. Ela teve um êxito inicial e o mérito cabe ao governo do Rio de Janeiro e do governo federal.
Há notícias de que o descontentamento dos criminosos que degenerou naqueles ataques decorreria da implementação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), primeiro passo para a ocupação dos territórios antes entregues aos bandidos. Através das UPPs, o Estado retomou sua presença nas comunidades, seja através da prestação de segurança, como de outras políticas públicas, em benefício da população.
O apoio da população à ação bélica contra os bandidos (que pode ser medido pelo alto número de ligações anônimas feitas para o disque-denúncia, e que permitiu a localização e a prisão de inúmeros traficantes) revela o sucesso alcançado pelas UPPs, cuja mera existência passa a ser um sinal de reocupação pública de espaços dominados por facções. Para a deputada federal eleita Jandira Feghali (PCdoB-RJ), “antigamente a população tinha mais medo da policia do que dos traficantes e milícias, mas desta vez a população não apenas apoiou como colaborou”. E este apoio continuará sendo decisivo nesta etapa em que, ocupado o território, começa a varredura casa a casa para uma verdadeira “limpeza” do terreno e consolidação da “conquista”.
Vai durar? Esta é outra pergunta que está em muitas mentes. Setores conservadores se assanham com a presença das Forças Armadas nas ruas, mesmo que não tenham se envolvido no combate direto mas participado do apoio logístico e material e do controle do território tomado aos bandidos. Há, aqui, um eco de velhos sonhos antidemocráticos de “botar o Exército na rua” para ações policiais que não fazem parte de sua missão constitucional, que é a de defender a soberania e a integridade nacional.
A participação das Forças Armadas na operação ocorrida no Rio de Janeiro foi inestimável e merece elogios justamente pelo sentimento de respeito à lei demonstrado pelos militares, definindo claramente o papel e a função que tiveram na operação, manifestando a disposição de ir para o sacrifício e contribuir para consolidar a vitória obtida e subordinar-se ao comando civil da operação.
Foi essa participação que permitiu a vitória. E é possível imaginar que permitiu por várias razões que incluem o uso de veículos blindados, helicópteros, barcos, soldados e oficiais que se tornaram exímios em ações desse tipo. Mas há outra razão que precisa ser lembrada: a mera presença de oficiais das Forças Armadas nesta ação deve ter contribuído para encorajar os policiais honrados, que constituem a maioria, e intimidar a “banda podre” da polícia carioca, que a opinião quase unânime dos especialistas aponta como um dos principais fatores de existência e reforço do crime organizado com o qual mantém relações cúmplices de proteção e envolvimento em negócios altamente rentáveis como o tráfico de drogas e também de armas pesadas que asseguram o poderio bélico da criminalidade.
Vários especialistas opinam que a permanência do sucesso de uma operação dessa envergadura será consequência não do envolvimento das Forças Armadas no combate ao crime, mas de uma profunda reforma da polícia que elimine a “banda podre” formada por poderosos focos de corrupção e envolvimento com o crime. O antropólogo Luiz Eduardo Soares, que foi (em 1999/2000) coordenador de segurança, justiça e cidadania do Estado do Rio, usa palavras fortes para descrever a situação atual e justificar a necessidade de uma reforma profunda da polícia. Há uma “degradação institucional em curso”, diz ele.
Uma outra ponta do tráfico que precisa ser combatida com vigor semelhante ao demonstrado nesta semana no Rio de Janeiro é aquilo que se poderia chamar de “braço financeiro e institucional” do tráfico. Os financiadores do tráfico, de drogas e de armas, aqueles que se encarregam da lavagem do dinheiro, certamente não moram nas favelas nem nos morros, diz a deputada Jandira Feghali. Certamente eles sofrerão enormes prejuízos em consequência da operação militar desta semana. Mas é preciso ir além – identificá-los e submetê-los aos rigores da lei da mesma forma como se faz com os gerentes do tráfico e com a chefia intermediária, aquela que está nas favelas e nos presídios.
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4- VIOLÊNCIA DO CRIME ORGANIZADO
26 novembro 2010/Zillah Branco Escreve http://zillahbrancoescreve.blogspot.com/
Não há dúvida de que os dois mandatos do governo Lula plantaram na sociedade brasileira as sementes democráticas que agora, com Dilma, deverão ser defendidas e orientadas para a construção de instituições públicas livres do domínio oligárquico exercido pela velha elite mandante. Todos os que participaram dessa construção de uma dinâmica que implanta os princípios democráticos em cada expressão do Estado de Direito sabem que o caminho de transformação, com base nas alianças entre todas as forças sociais e políticas nacionais, é longo e exige tenacidade em cada passo.
Foram diferentes iniciativas, alterando a legislação e as normas administrativas, buscando a participação dos cidadãos para definir o caminho do país, analisando criticamente o funcionamento dos órgãos de serviço público, fortalecendo um sistema democrático de atendimento ao povo, combatendo preconceitos e abusos de poder que desvirtuam o papel do Estado, denunciando os obstáculos criados por uma oposição criminosa ao desenvolvimento social e estabelecendo os limites éticos da ação política e administrativa na gestão do patrimônio nacional. Foi aberto o caminho para que instituições verdadeiramente democráticas passem a definir o Estado e que a impunidade deixasse de entravar a justiça no país.
Vemos, neste episódio de guerra do narcotráfico contra as forças policiais do Rio de Janeiro, o quanto a sociedade evoluiu no tratamento dos problemas sociais afetados pela ação do crime organizado. A Segurança Pública do Rio de Janeiro, que há perto de trinta anos combate as ações criminosas que têm suas bases nas favelas onde vivem centenas de milhares de famílias de trabalhadores, foi agora organizada com fundamentos técnicos militares e conhecimento científico para entender o comportamento dos cidadãos envolvidos – de bandidos e de moradores inocentes – conduzindo com maestria um enfrentamento decisivo com um mínimo de vítimas pessoais.
O processo gradual que minou e desesperou os chefes do narcotráfico.tornou-se possível como reflexo do novo caminho aberto com a meta democrática. As forças militares e policiais de todo o país ofereceram a sua ajuda que foi sendo aceita na medida das necessidades para um confronto final e rápido. Não houve competição entre poderes, houve solidariedade nacional. Os tanques da Marinha, os aviões blindados da Aeronáutica, o apoio de militares para garantir a ordem liberando as polícias estaduais para darem seqüência ao plano de pacificação que vem sendo implantado em todas as favelas há longos meses através da fixação de UPP (unidades policiais de pacificação). Os especialistas em segurança pública, os analistas científicos e os militantes dos movimentos sociais concordam em que a polícia evoluiu de uma fase de vigilância, como poder externo, para a de ajuda integrada com os moradores. Só assim conseguiram quebrar a força de proteção popular exercida pelos criminosos e criar condições para que o Estado assumisse as suas funções e conquistasse a confiança da população.
Foram dados exemplos de profunda significação na chefia da Segurança Pública em contacto permanente com a população através dos telefones de apoio. Os erros denunciados, de ligação de elementos da Polícia com o crime organizado, de prática de violência contra civis inocentes, de abusos de poder – que desde a vigência da ditadura em 1964 se tornara habitual e assustador – foram banidos e a impunidade deixou de vigorar nas ações policiais e militares. Resta agora que o sistema judicial e carcerário nacional entre no mesmo caminho de saneamento tanto de leis inadequadas como de comportamento irresponsável que limita a luta da sociedade contra o crime organizado. No Rio de Janeiro, nesta semana, foram alcançados êxitos admiráveis de aliança democrática dos órgãos de segurança pública e a população que passou a participar solidariamente com confiança no Estado, e a adesão da mídia integrada aos objetivos de luta do comando unificado contra o crime organizado.
Todos os que elegeram Lula em 2002 e que o acompanharam dentro ou fora do aparelho governamental, sabem que o processo segue o seu curso, agora com Dilma, na consolidação das primeiras conquistas democráticas (são muitas, a começar do combate à fome e pela integração social da maior parte da população brasileira com benefícios institucionais e no desenvolvimento nacional com independência) e que a fase de consolidação das conquistas abrirá novos caminhos para aprofundar as mudanças. Todos sabem que novas formas de oposição vão surgir, dos que encontram apoio em forças criminosas antidemocráticas criadas para gerar o caos nas sociedades que se levantam. A história da humanidade apresenta este quadro em várias épocas e diferentes regiões do planeta. Surgem razões pessoais, questões transitórias, ambições de grupos políticos, que se unem para destruir o que o povo constrói.
Assim é a violência que se desencadeou recentemente no Rio de Janeiro para intimidar os defensores de uma estratégia pacificadora das numerosas favelas onde se escondem as redes do crime organizado. Assim foi a campanha de difamação que se multiplicou através da internet e dos meios de comunicação social que apoiavam a fraca oposição à eleição de Dilma. Assim agiram os colonialistas britânicos no Oriente Médio dividindo os territórios árabes, os colonizadores europeus da África e da Ásia semeando a discórdia entre povos vizinhos, e o imperialismo norte-americano que sucedeu ao colonialismo globalmente. Com características de atos isolados, de rebeldia de grupos que perdem seus antigos privilégios, são confundidos com situações de insatisfação populares e as suas causas atribuídas à incapacidade ou erros dos governantes. A responsabilidade da mídia nesses momentos é decisiva para evitar que a violência de poucos seja utilizada por interesses privados contra as mudanças democráticas.
As dificuldades que se avizinham são atenuadas pelos vigorosos passos dados no sentido da solidariedade real da população e de meios de comunicação social com o Estado na medida em que se reestrutura com os recursos do conhecimento científico das questões sociais e das metas democráticas.
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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
ARTIGOS SOBRE DOCUMENTOS PUBLICADOS POR WIKILEAKS
1- Ecuador invitará a fundador de WikiLeaks para que detalle espionaje contra Latinoamérica
2- Brasil/Em documentos confidenciais, EUA atacam soberania do Itamaraty
3- Argentina/EE.UU. pidió a su embajada en Buenos Aires espiar a presidenta Fernández, según Wikileaks
4- EE.UU. ha tratado de aislar al presidente Chávez de Latinoamérica, según Wikileaks
5- Wikileaks revela documentos secretos de la política exterior de EE.UU.
6- EE.UU/Consideran hipócrita respuesta de EE.UU. sobre textos de Wikileaks
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1- Ecuador invitará a fundador de WikiLeaks para que detalle espionaje contra Latinoamérica
30 noviembre 2010/TeleSUR http://www.telesurtv.net
El gobierno ecuatoriano anunció que invitará a Julian Assange, fundador del portal WikiLeaks, para que ofrezca detalles de los documentos que publicó el domingo en el sitio Web sobre las presuntas labores de espionaje de Estados Unidos en América Latina, y de forma particular, en Quito, a través de sus embajadas.
“Vamos a buscar invitarlo para que venga a Ecuador y pueda exponer libremente no sólo a través del Internet, sino a través de distintas instancias públicas lo que él tiene de información y toda la información y toda la documentación”, anunció el vicecanciller de Ecuador, Kintto Lucas.
"Sobre todo nos preocupa toda la información mundial, pero obviamente que nos preocupa mucho más lo que tiene que ver con el Ecuador y con los países amigos y con América del Sur y América Latina en concreto”, puntualizó.
Lucas explicó que la idea de invitar a Assange surge ante la necesidad de conocer a profundidad los datos que divulgó en el portal, pues Quito considera preocupante que se usen vías diplomáticas para espiar a Gobiernos del mundo, como se afirma en los expedientes colgados en la red.
“Más allá de la aplicación de los servicios secretos estadounidenses, también se involucra a la diplomacia, cosa que realmente nos preocupa muchísimo, y sobre todo porque justamente menciona a presidentes de países amigos”, afirmó el funcionario este martes, en declaraciones a la prensa.
Además anunció que como a Julian Assage se le ha negado en Suecia la residencia, Ecuador podría tramitar otorgársela, siempre que la solicite.
"Si el señor Assange solicitara la residencia a Ecuador, podría tramitarse este pedido, de acuerdo con las normas vigentes en el país", sostuvo al respecto el diplomático.
“Creemos que personas como éstas, que están constantemente investigando y tratando de sacar a luz estos lados oscuros de la información, lados oscuros de los Estados, son fundamentales para entender que sí es posible otro tipo de investigación periodística”, agregó.
Assange, un periodista australiano, programador y activista de Internet, enfrenta acusaciones de supuesta violación en Suecia, país que ordenó su captura internacional.
El domingo WikiLeaks publicó más de 250 mil comunicaciones del Departamento de Estado de EE.UU. en más de 270 embajadas, en las que se evidenciaron labores de espionaje y la política exterior de la Casa Blanca.
Desde diferentes esferas del Gobierno de EE.UU. se condenó la información de los documentos filtrados en WikiLeaks, y se les consideró un riesgo para los funcionarios de su cuerpo diplomático en el extranjero.
Ahora, desde el Congreso de Washigton se planea sugerir al gobierno de Obama que investigue si el grupo WikiLeaks debe sumarse a la lista de organizaciones que EE.UU. considera como "terroristas".
WikiLeaks, según se explica en la red "es un sitio web independiente, sin publicidad ni ayudas públicas, que publica informes anónimos y documentos filtrados con contenido sensible en materia religiosa, corporativa o gubernamental, preservando el anonimato de sus informantes".
Desde que el portal Web WikiLeaks comenzó a publicar en el año 2005 documentos desclasificados sobre las políticas de Washington en el Medio Oriente y en otros lugares del mundo, Julian Assage ha estado en la mira del Gobierno de Estados Unidos.
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2- Brasil/Em documentos confidenciais, EUA atacam soberania do Itamaraty
30 novembro 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br
Seis telegramas confidenciais de diplomatas dos Estados Unidos indicam que a Casa Branca considera o Ministério das Relações Exteriores do Brasil como um adversário que adota uma "inclinação antinorte-americana". Segundo esses documentos, os EUA enxergam o ministro da Defesa, Nelson Jobim, como “talvez um dos mais confiáveis líderes no Brasil”, em contraposição ao “quase inimigo” Itamaraty.
Não há nos telegramas confidenciais nenhuma menção a atos ilícitos nas relações bilaterais Brasil-EUA. São apenas descrições de encontros, almoços e reuniões. Os telegramas fazem parte de um lote de 1.947 documentos elaborados pela Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, sobretudo na última década. Os despachos foram obtidos pela organização não-governamental WikiLeaks, que divulgará as íntegras desses papéis nesta terça-feira (30).
Num dos telegramas, de 25 de janeiro de 2008, o então embaixador dos Estados Unidos em Brasília, Clifford Sobel, relata aos seus superiores como havia sido um almoço mantido dias antes com Nelson Jobim. Nesse encontro, o ministro brasileiro teria contribuído para reforçar a imagem negativa do Itamaraty perante os americanos.
Indagado sobre acordos bilaterais entre os dois países, Jobim citou o então secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães. Segundo o relato produzido por Sobel, "Jobim disse que Guimarães 'odeia os Estados Unidos' e trabalha para criar problemas na relação [entre os dois países]".
Ao mencionar um acordo bilateral, Sobel diz que caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidir entre as posições de um "inusualmente ativo ministro da Defesa interessado em desenvolver laços mais próximos com os EUA e um Ministério das Relações Exteriores firmemente comprometido em manter controle sobre todos os aspectos da política internacional".
Num telegrama de 13 de março de 2008, Sobel afirma que o Itamaraty trabalhou ativamente para limitar a agenda de uma viagem de Jobim aos Estados Unidos. Ao relatar a visita (de 18 a 21 de março de 2008), os americanos pareciam frustrados: "Embora existam boas perspectivas para melhorar nossa relação na área de defesa com o Brasil, a obstrução do Itamaraty continuará um problema".
Caças da FAB
Apesar de elogiado, Jobim nunca apresentou em reuniões nenhuma proposta especial aos Estados Unidos a respeito da licitação dos 36 aviões caça que serão comprados pela Força Aérea Brasileira. Em todos os relatos confidenciais os diplomatas americanos em Brasília mencionam frases de Jobim que coincidem com o que o ministro declarou em público.
Em uma ocasião, por exemplo, os americanos escrevem: "Compras de fornecedores dos Estados Unidos serão mais competitivas quando [o país] autorizar uma produção brasileira de futuros sistemas militares". O Departamento de Estado norte-americano se recusou a comentar as comunicações sigilosas. Uma porta-voz do departamento enfatizou que os países mantêm boas relações. (Da Redação, com informações da Folha de S.Paulo)
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3- Argentina/EE.UU. pidió a su embajada en Buenos Aires espiar a presidenta Fernández, según Wikileaks
29 noviembre 2010/TeleSUR http://www.telesurtv.net
Como parte de la política de espionaje a varios gobierno del mundo, Estados Unidos ordenó a su embajada en Argentina investigar sobre el estado de salud mental de la presidenta de esa nación suramericana, Cristina Fernández, según revelaron documentos filtrados por el portal de Internet Wikileaks.
Sin que aún se publique íntegramente el documento correspondiente, varios diarios europeos y estadounidenses reseñaron que, de acuerdo con Wikileaks, "la secretaría de Estado" estadounidense "llega a solicitar información sobre su estado de salud mental", en relación a Fernández.
Wikileaks, con la referida filtración, sostiene que existen detalles insospechados que maneja Estados Unidos sobre la personalidad de algunos destacados dirigentes extranjeros y el papel que desempeñan las más íntimas facetas humanas en las relaciones políticas.
Desde la embajada de Estados Unidos en Buenos Aires se han enviado al Departamento de Estado unos dos mil 233 documentos, mil 547 de los cuales han sido desclasificados, mientras otros 664 son de carácter confidencial y unos 22 secretos.
Argentina no es el único país latinoamericano en aparecer en los documentos del Departamento de Estado norteamericano, ya que en la filtración de Wikileaks además aparecen cables relacionados con movimientos hechos por Estados Unidos durante el derrocamiento del ex presidente panameño, Manuel Noriega, así como durante el golpe de Estado en Honduras en julio del pasado año.
Además, se reveló que la diplomacia estadounidense trabajó para que países de América Latina aislaran al presidente venezolano, Hugo Chávez.
El sitio de Internet filtró más de 250 mil documentos enviados por las embajadas al Departamento de Estado, los cuales dejan al descubierto secretos de la diplomacia estadounidense que incluyen acciones de espionaje, maniobras ocultas y de corrupción; además de críticas a líderes del mundo.
Se cree que este escándalo puede perjudicar las relaciones de Estados Unidos con algunos de sus principales aliados; así como también puede poner en riesgo algunos proyectos importantes de su política exterior, entre ellos el acercamiento a Rusia o el apoyo de ciertos Gobiernos árabes.
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4- EE.UU. ha tratado de aislar al presidente Chávez de Latinoamérica, según Wikileaks
29 noviembre 2010/TeleSUR http://www.telesurtv.net
Estados Unidos emprendió acciones en América Latina para que los gobernantes de países de la región aislaran al presidente de Venezuela, Hugo Chávez, como parte de los continuos esfuerzos del Gobierno estadounidense para atentar contra esa nación suramericana, de acuerdo con lo revelado por documentos filtrados por el sitio de Internet Wikileaks.
Según las revelaciones del portal electrónico, que ya ha publicado documentos sobre la invasión de Estados Unidos a Afganistán e Irak, es evidente que Estados Unidos ha realizado “esfuerzos por cortejar a países de América Latina para aislar al presidente venezolano”, reseñó el diario español El País.
Los datos de Wikileaks señalan que desde la embajada de Estados Unidos en Caracas se han enviado al Departamento de Estado unos dos mil 340 documentos, de los cuales 46 son de carácter secreto, 1950 confidenciales, 344 desclasificados.
Se trata de un nuevo episodio en el que se denuncian estrategias estadounidenses contra Venezuela. El Gobierno venezolano ha denunciado reiteradamente la permanente conspiración de Estados Unidos en su contra.
Entre las acciones más resaltantes de Estados Unidos contra el presidente venezolano está el apoyo que la nación norteamericana dio al golpe de Estado de abril de 2002, el cual apartó a Chávez del poder por espacio de 48 horas.
Ante esta política contra Venezuela, recientemente el ministro venezolano de Defensa, general en jefe Carlos José Mata Figueroa, denunció que Estados Unidos planea junto “con delincuentes y terroristas” de Latinoamérica un golpe de Estado contra su país y las demás naciones que conforman la Alianza Bolivariana para los pueblos de nuestra América (ALBA).
Wikileaks filtró más de 250 mil documentos enviados por las embajadas al Departamento de Estado, los cuales dejan al descubierto secretos de la diplomacia estadounidense que incluyen acciones de espionaje, maniobras ocultas y de corrupción; además de críticas a líderes del mundo.
Se cree que este escándalo puede perjudicar las relaciones de Estados Unidos con algunos de sus principales aliados; así como también puede poner en riesgo algunos proyectos importantes de su política exterior, entre ellos el acercamiento a Rusia o el apoyo de ciertos Gobiernos árabes.
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5- Wikileaks revela documentos secretos de la política exterior de EE.UU.
29 noviembre 2010/TeleSUR http://www.telesurtv.net
Este domingo diferentes medios de comunicación publicaron el contenido de una colección de más de 250 mil comunicaciones del Departamento de Estado de Estados Unidos, obtenidos por el portal WikiLeaks, en los que se descubren episodios inéditos ocurridos en los puntos más conflictivos del mundo, así como otros muchos sucesos y datos de gran relevancia que desnudan por completo la política exterior norteamericana.
Según lo que se ha revelado hasta ahora, los documentos filtrados recogen comentarios e informes elaborados por funcionarios estadounidenses, sobre personalidades de todo mundo un lenguaje llano.
A Angela Merkel se le describe como “teflón", pues "evita los riesgos y rara vez es creativa". Mención aparte reciben las "fiestas salvajes", del primer ministro italiano Silvio Berlusconi y se expone la desconfianza profunda que despierta en Washington.
Al presidente galo Nicolás Sarkozy se le describe como “el emperador desnudo” en alusión al cuento infantil “El traje nuevo del emperador” de Hans Christian Andersen y se sigue con gran meticulosidad acerca de cualquier movimiento para obstaculizar la política exterior de Estados Unidos.
Por su parte, el presidente iraní, Mahmoud Ahmadinejad es comparado con Hitler. Los mensajes filtrados prueban la intensa actividad de ese país para bloquear a Irán.
De igual manera los documentos muestran los esfuerzos por cortejar a países de América Latina para aislar al presidente venezolano Hugo Chávez.
Las comunicaciones dan a entender que el presidente Barack Obama "no tiene relación emocional con Europa", centrándose en cambio en los países asiáticos, según Der Spiegel.
Wikileaks, saboteado pero en marcha
El portal de Wikileaks, sitio en línea que publica informes anónimos y documentos filtrados, permanece inaccesible por un ataque malicioso; el hecho se produce horas antes de que sean publicados nuevas revelaciones sobre la actuación internacional del gobierno de Barack Obama ante la guerra en Irak.
Wikileaks reportó a comienzos de este domingo por la red social Twitter que su plataforma se encontraba “bajo un ataque masivo de denegación del servicio” acción maliciosa que consiste en simular visitas masivas que colapsan los servidores del portal. Aún no se determina el origen.
No obstante, los directivos de Wikileaks manifestaron que proseguirán con la publicación de 250 mil documentos filtrados entre los que destaca la comunicaciones que Estados Unidos (EE.UU.) ha efectuado entre enero de 2009 y junio de 2010 con sus embajadas en el mundo respecto a sus estrategias en la guerra de Irak, entre otros asuntos.
Este sábado el asesor legal del departamento, Harold Hongju Koh advirtió sobre los peligros que suponen esos documentos clasificados para periodistas, defensores de los derechos humanos, blogeros, soldados o informantes.
A pesar de esta postura, Estados Unidos reafirmó su postura de no involucrarse en tratos sobre la divulgación de materiales clasificados por considerar que fueron obtenidos en forma ilegal”si Wikileaks está de verdad interesada en evitar daños, debería dar marcha atrás en las publicaciones y devolver los documentos a los que tuvo acceso” agrega la misiva.
La secretaria de Estado norteamericana, Hillary Clinton, advirtió a los gobiernos de Francia, Alemania y Reino Unido, entre otros, de posibles revelaciones comprometedoras por los documentos de Wikileaks.
En dos versiones anteriores WikiLeaks hizo públicos casi 400 mil documentos vinculados con la guerra de Iraq entre 2003 y 2010; y 75 mil sobre la guerra en Afganistán en igual período, el primero publicado el 25 de julio y el otro el 22 de octubre.
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6- Estados Unidos/Consideran hipócrita respuesta de EE.UU. sobre textos de Wikileaks
28 noviembre 2010/TeleSUR http://www.telesurtv.net
La analista internacional, Phyllis Bennis, señaló este jueves que "hay mucha hipocresía" en la respuesta del Gobierno de Estados Unidos (EE.UU.) en cuanto a los casi 400 mil documentos sobre las matanzas de civiles en la guerra de Irak, publicados recientemente por el sitio Web Wikileaks.
"Pienso que hay mucha hipocresía en este caso, vemos a los oficiales estadounidenses enfocándose en la cuestión de cómo salieron los documentos a la luz e intentando ignorar lo que dicen los documentos", denuncia.
Bennis, quien también se desempeña como directora del Instituto de Estudios Políticos de Washington, hizo las declaraciones en entrevista exclusiva concedida a teleSUR.
Acotó que las publicaciones no dicen algo que no se supiera, sin embargo, hay "detalles de lo que nadie se pudiera haber imaginado".
"Es extraordinario y chocante, aunque no sea una sorpresa total, ver los detalles de las matanzas de civiles, en particular, saber que tropas estadounidenses veían que sus aliados iraquíes -a quienes ellos habían entrenado, pagado, armado, y todavía estaban apoyando- torturaban a otros prisioneros iraquíes y no hacían nada", relató.
Insistió que la preocupación de la gestión del presidente estadounidense, Barack Obama, de saber cómo se obtuvieron los textos es deshonesta.
"El hecho de que la reacción de la administración Obama y muchos congresistas, que hasta ahora sólo ha sido de indignación por saber que los documentos se divulgaron al público, es un enfoque muy deshonesto", acotó.
Explicó la importancia de que instituciones o medios denuncien los actos bélicos de países poderosos, puesto que la democracia los necesita.
"La democracia necesita denunciantes, como el que sacó estos documentos a la luz, la democracia necesita luz, transparencia", sostuvo la analista.
Del mismo modo, recordó que el ataque estadounidense contra Irak, en el año 2003, estuvo basado en mentiras.
"Que nadie más en este país olvide que cuando esta guerra en Irak comenzó fue basada en armas de destrucción masiva, que no existían; en la afirmación de que Irak tenía armas nucleares, que nunca tuvo; en la afirmación que se encontró uranio en Níger, que nunca existió; esto fue mentira", subrayó.
La internacionalista manifestó su esperanza de que los textos publicados hagan reflexionar a los ciudadanos estadounidenses de las veces que las autoridades han mentido.
"Parece que nos han mentido (...) unas 400 mil veces en Irak y por lo menos 70 mil veces en Afganistán", indicó en referencia a las pruebas clasificadas que son de conocimiento público.
Las acciones que se llevaron en Irak no fueron secretas para los iraquíes, "solamente eran secretos para los estadounidenses, para gente de este país, por eso debemos cambiarlo".
Al ser interrogada sobre cómo pudiera afectar la publicación de los documentos en el curso de las guerras de Irak y Afganistan, Bennis opinó que no cambiaría.
"Irónicamente no creo que cambie mucho la relación con el Medio Oriente, lo que cambia es la relación con EE.UU.", enfatizó.
Hizo hincapié en que la pregunta está enmarcada en la responsabilidad, es decir, si las personas encargadas de llevar el ataque asumirán los cargos.
"¿Habrá una rendición de cuentas para esas personas que implementaron esas políticas, que llevaron a este tipo de ataques?", se preguntó.
"Lo que estas fugas nos muestran es que la responsabilidad se encuentra aquí, entre nosotros, en este país, en donde pagamos impuestos, somos ciudadanos y votamos", señaló.
Sobre el mismo tema del compromiso y la sensatez la analista dijo que "existe la oportunidad de que tal vez empecemos a esperar que nuestro Gobierno tome responsabilidad".
Al hablar de "Gobierno", Phyllis Bennis señaló a los oficiales de alto rango en las Fuerzas Armadas, las personas que crearon las políticas y quienes la emplearon."Ellos deben tomar la responsabilidad primero", recalcó.
El pasado viernes, WikiLeaks cumplió su promesa de publicar 400 mil informes privados en los que se reveló "el día a día" de la guerra e invasión estadounidense a Irak. Entre los delitos destacan la muerte de aproximadamente 109 mil personas, de las que el 63 por ciento eran civiles.
Los crímenes reflejados en los documentos ocurrieron entre los años 2004 y 2009, y comprueban que el Ejército estadounidense tenía conocimiento de las torturas sistemáticas hechas por policías y soldados iraquíes a prisioneros.
Además, se conoció que militares estadounidenses asignados a puestos de control en Irak asesinaron a 680 civiles inocentes, entre ellos 30 niños, durante cinco años.
2- Brasil/Em documentos confidenciais, EUA atacam soberania do Itamaraty
3- Argentina/EE.UU. pidió a su embajada en Buenos Aires espiar a presidenta Fernández, según Wikileaks
4- EE.UU. ha tratado de aislar al presidente Chávez de Latinoamérica, según Wikileaks
5- Wikileaks revela documentos secretos de la política exterior de EE.UU.
6- EE.UU/Consideran hipócrita respuesta de EE.UU. sobre textos de Wikileaks
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1- Ecuador invitará a fundador de WikiLeaks para que detalle espionaje contra Latinoamérica
30 noviembre 2010/TeleSUR http://www.telesurtv.net
El gobierno ecuatoriano anunció que invitará a Julian Assange, fundador del portal WikiLeaks, para que ofrezca detalles de los documentos que publicó el domingo en el sitio Web sobre las presuntas labores de espionaje de Estados Unidos en América Latina, y de forma particular, en Quito, a través de sus embajadas.
“Vamos a buscar invitarlo para que venga a Ecuador y pueda exponer libremente no sólo a través del Internet, sino a través de distintas instancias públicas lo que él tiene de información y toda la información y toda la documentación”, anunció el vicecanciller de Ecuador, Kintto Lucas.
"Sobre todo nos preocupa toda la información mundial, pero obviamente que nos preocupa mucho más lo que tiene que ver con el Ecuador y con los países amigos y con América del Sur y América Latina en concreto”, puntualizó.
Lucas explicó que la idea de invitar a Assange surge ante la necesidad de conocer a profundidad los datos que divulgó en el portal, pues Quito considera preocupante que se usen vías diplomáticas para espiar a Gobiernos del mundo, como se afirma en los expedientes colgados en la red.
“Más allá de la aplicación de los servicios secretos estadounidenses, también se involucra a la diplomacia, cosa que realmente nos preocupa muchísimo, y sobre todo porque justamente menciona a presidentes de países amigos”, afirmó el funcionario este martes, en declaraciones a la prensa.
Además anunció que como a Julian Assage se le ha negado en Suecia la residencia, Ecuador podría tramitar otorgársela, siempre que la solicite.
"Si el señor Assange solicitara la residencia a Ecuador, podría tramitarse este pedido, de acuerdo con las normas vigentes en el país", sostuvo al respecto el diplomático.
“Creemos que personas como éstas, que están constantemente investigando y tratando de sacar a luz estos lados oscuros de la información, lados oscuros de los Estados, son fundamentales para entender que sí es posible otro tipo de investigación periodística”, agregó.
Assange, un periodista australiano, programador y activista de Internet, enfrenta acusaciones de supuesta violación en Suecia, país que ordenó su captura internacional.
El domingo WikiLeaks publicó más de 250 mil comunicaciones del Departamento de Estado de EE.UU. en más de 270 embajadas, en las que se evidenciaron labores de espionaje y la política exterior de la Casa Blanca.
Desde diferentes esferas del Gobierno de EE.UU. se condenó la información de los documentos filtrados en WikiLeaks, y se les consideró un riesgo para los funcionarios de su cuerpo diplomático en el extranjero.
Ahora, desde el Congreso de Washigton se planea sugerir al gobierno de Obama que investigue si el grupo WikiLeaks debe sumarse a la lista de organizaciones que EE.UU. considera como "terroristas".
WikiLeaks, según se explica en la red "es un sitio web independiente, sin publicidad ni ayudas públicas, que publica informes anónimos y documentos filtrados con contenido sensible en materia religiosa, corporativa o gubernamental, preservando el anonimato de sus informantes".
Desde que el portal Web WikiLeaks comenzó a publicar en el año 2005 documentos desclasificados sobre las políticas de Washington en el Medio Oriente y en otros lugares del mundo, Julian Assage ha estado en la mira del Gobierno de Estados Unidos.
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2- Brasil/Em documentos confidenciais, EUA atacam soberania do Itamaraty
30 novembro 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br
Seis telegramas confidenciais de diplomatas dos Estados Unidos indicam que a Casa Branca considera o Ministério das Relações Exteriores do Brasil como um adversário que adota uma "inclinação antinorte-americana". Segundo esses documentos, os EUA enxergam o ministro da Defesa, Nelson Jobim, como “talvez um dos mais confiáveis líderes no Brasil”, em contraposição ao “quase inimigo” Itamaraty.
Não há nos telegramas confidenciais nenhuma menção a atos ilícitos nas relações bilaterais Brasil-EUA. São apenas descrições de encontros, almoços e reuniões. Os telegramas fazem parte de um lote de 1.947 documentos elaborados pela Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, sobretudo na última década. Os despachos foram obtidos pela organização não-governamental WikiLeaks, que divulgará as íntegras desses papéis nesta terça-feira (30).
Num dos telegramas, de 25 de janeiro de 2008, o então embaixador dos Estados Unidos em Brasília, Clifford Sobel, relata aos seus superiores como havia sido um almoço mantido dias antes com Nelson Jobim. Nesse encontro, o ministro brasileiro teria contribuído para reforçar a imagem negativa do Itamaraty perante os americanos.
Indagado sobre acordos bilaterais entre os dois países, Jobim citou o então secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães. Segundo o relato produzido por Sobel, "Jobim disse que Guimarães 'odeia os Estados Unidos' e trabalha para criar problemas na relação [entre os dois países]".
Ao mencionar um acordo bilateral, Sobel diz que caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidir entre as posições de um "inusualmente ativo ministro da Defesa interessado em desenvolver laços mais próximos com os EUA e um Ministério das Relações Exteriores firmemente comprometido em manter controle sobre todos os aspectos da política internacional".
Num telegrama de 13 de março de 2008, Sobel afirma que o Itamaraty trabalhou ativamente para limitar a agenda de uma viagem de Jobim aos Estados Unidos. Ao relatar a visita (de 18 a 21 de março de 2008), os americanos pareciam frustrados: "Embora existam boas perspectivas para melhorar nossa relação na área de defesa com o Brasil, a obstrução do Itamaraty continuará um problema".
Caças da FAB
Apesar de elogiado, Jobim nunca apresentou em reuniões nenhuma proposta especial aos Estados Unidos a respeito da licitação dos 36 aviões caça que serão comprados pela Força Aérea Brasileira. Em todos os relatos confidenciais os diplomatas americanos em Brasília mencionam frases de Jobim que coincidem com o que o ministro declarou em público.
Em uma ocasião, por exemplo, os americanos escrevem: "Compras de fornecedores dos Estados Unidos serão mais competitivas quando [o país] autorizar uma produção brasileira de futuros sistemas militares". O Departamento de Estado norte-americano se recusou a comentar as comunicações sigilosas. Uma porta-voz do departamento enfatizou que os países mantêm boas relações. (Da Redação, com informações da Folha de S.Paulo)
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3- Argentina/EE.UU. pidió a su embajada en Buenos Aires espiar a presidenta Fernández, según Wikileaks
29 noviembre 2010/TeleSUR http://www.telesurtv.net
Como parte de la política de espionaje a varios gobierno del mundo, Estados Unidos ordenó a su embajada en Argentina investigar sobre el estado de salud mental de la presidenta de esa nación suramericana, Cristina Fernández, según revelaron documentos filtrados por el portal de Internet Wikileaks.
Sin que aún se publique íntegramente el documento correspondiente, varios diarios europeos y estadounidenses reseñaron que, de acuerdo con Wikileaks, "la secretaría de Estado" estadounidense "llega a solicitar información sobre su estado de salud mental", en relación a Fernández.
Wikileaks, con la referida filtración, sostiene que existen detalles insospechados que maneja Estados Unidos sobre la personalidad de algunos destacados dirigentes extranjeros y el papel que desempeñan las más íntimas facetas humanas en las relaciones políticas.
Desde la embajada de Estados Unidos en Buenos Aires se han enviado al Departamento de Estado unos dos mil 233 documentos, mil 547 de los cuales han sido desclasificados, mientras otros 664 son de carácter confidencial y unos 22 secretos.
Argentina no es el único país latinoamericano en aparecer en los documentos del Departamento de Estado norteamericano, ya que en la filtración de Wikileaks además aparecen cables relacionados con movimientos hechos por Estados Unidos durante el derrocamiento del ex presidente panameño, Manuel Noriega, así como durante el golpe de Estado en Honduras en julio del pasado año.
Además, se reveló que la diplomacia estadounidense trabajó para que países de América Latina aislaran al presidente venezolano, Hugo Chávez.
El sitio de Internet filtró más de 250 mil documentos enviados por las embajadas al Departamento de Estado, los cuales dejan al descubierto secretos de la diplomacia estadounidense que incluyen acciones de espionaje, maniobras ocultas y de corrupción; además de críticas a líderes del mundo.
Se cree que este escándalo puede perjudicar las relaciones de Estados Unidos con algunos de sus principales aliados; así como también puede poner en riesgo algunos proyectos importantes de su política exterior, entre ellos el acercamiento a Rusia o el apoyo de ciertos Gobiernos árabes.
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4- EE.UU. ha tratado de aislar al presidente Chávez de Latinoamérica, según Wikileaks
29 noviembre 2010/TeleSUR http://www.telesurtv.net
Estados Unidos emprendió acciones en América Latina para que los gobernantes de países de la región aislaran al presidente de Venezuela, Hugo Chávez, como parte de los continuos esfuerzos del Gobierno estadounidense para atentar contra esa nación suramericana, de acuerdo con lo revelado por documentos filtrados por el sitio de Internet Wikileaks.
Según las revelaciones del portal electrónico, que ya ha publicado documentos sobre la invasión de Estados Unidos a Afganistán e Irak, es evidente que Estados Unidos ha realizado “esfuerzos por cortejar a países de América Latina para aislar al presidente venezolano”, reseñó el diario español El País.
Los datos de Wikileaks señalan que desde la embajada de Estados Unidos en Caracas se han enviado al Departamento de Estado unos dos mil 340 documentos, de los cuales 46 son de carácter secreto, 1950 confidenciales, 344 desclasificados.
Se trata de un nuevo episodio en el que se denuncian estrategias estadounidenses contra Venezuela. El Gobierno venezolano ha denunciado reiteradamente la permanente conspiración de Estados Unidos en su contra.
Entre las acciones más resaltantes de Estados Unidos contra el presidente venezolano está el apoyo que la nación norteamericana dio al golpe de Estado de abril de 2002, el cual apartó a Chávez del poder por espacio de 48 horas.
Ante esta política contra Venezuela, recientemente el ministro venezolano de Defensa, general en jefe Carlos José Mata Figueroa, denunció que Estados Unidos planea junto “con delincuentes y terroristas” de Latinoamérica un golpe de Estado contra su país y las demás naciones que conforman la Alianza Bolivariana para los pueblos de nuestra América (ALBA).
Wikileaks filtró más de 250 mil documentos enviados por las embajadas al Departamento de Estado, los cuales dejan al descubierto secretos de la diplomacia estadounidense que incluyen acciones de espionaje, maniobras ocultas y de corrupción; además de críticas a líderes del mundo.
Se cree que este escándalo puede perjudicar las relaciones de Estados Unidos con algunos de sus principales aliados; así como también puede poner en riesgo algunos proyectos importantes de su política exterior, entre ellos el acercamiento a Rusia o el apoyo de ciertos Gobiernos árabes.
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5- Wikileaks revela documentos secretos de la política exterior de EE.UU.
29 noviembre 2010/TeleSUR http://www.telesurtv.net
Este domingo diferentes medios de comunicación publicaron el contenido de una colección de más de 250 mil comunicaciones del Departamento de Estado de Estados Unidos, obtenidos por el portal WikiLeaks, en los que se descubren episodios inéditos ocurridos en los puntos más conflictivos del mundo, así como otros muchos sucesos y datos de gran relevancia que desnudan por completo la política exterior norteamericana.
Según lo que se ha revelado hasta ahora, los documentos filtrados recogen comentarios e informes elaborados por funcionarios estadounidenses, sobre personalidades de todo mundo un lenguaje llano.
A Angela Merkel se le describe como “teflón", pues "evita los riesgos y rara vez es creativa". Mención aparte reciben las "fiestas salvajes", del primer ministro italiano Silvio Berlusconi y se expone la desconfianza profunda que despierta en Washington.
Al presidente galo Nicolás Sarkozy se le describe como “el emperador desnudo” en alusión al cuento infantil “El traje nuevo del emperador” de Hans Christian Andersen y se sigue con gran meticulosidad acerca de cualquier movimiento para obstaculizar la política exterior de Estados Unidos.
Por su parte, el presidente iraní, Mahmoud Ahmadinejad es comparado con Hitler. Los mensajes filtrados prueban la intensa actividad de ese país para bloquear a Irán.
De igual manera los documentos muestran los esfuerzos por cortejar a países de América Latina para aislar al presidente venezolano Hugo Chávez.
Las comunicaciones dan a entender que el presidente Barack Obama "no tiene relación emocional con Europa", centrándose en cambio en los países asiáticos, según Der Spiegel.
Wikileaks, saboteado pero en marcha
El portal de Wikileaks, sitio en línea que publica informes anónimos y documentos filtrados, permanece inaccesible por un ataque malicioso; el hecho se produce horas antes de que sean publicados nuevas revelaciones sobre la actuación internacional del gobierno de Barack Obama ante la guerra en Irak.
Wikileaks reportó a comienzos de este domingo por la red social Twitter que su plataforma se encontraba “bajo un ataque masivo de denegación del servicio” acción maliciosa que consiste en simular visitas masivas que colapsan los servidores del portal. Aún no se determina el origen.
No obstante, los directivos de Wikileaks manifestaron que proseguirán con la publicación de 250 mil documentos filtrados entre los que destaca la comunicaciones que Estados Unidos (EE.UU.) ha efectuado entre enero de 2009 y junio de 2010 con sus embajadas en el mundo respecto a sus estrategias en la guerra de Irak, entre otros asuntos.
Este sábado el asesor legal del departamento, Harold Hongju Koh advirtió sobre los peligros que suponen esos documentos clasificados para periodistas, defensores de los derechos humanos, blogeros, soldados o informantes.
A pesar de esta postura, Estados Unidos reafirmó su postura de no involucrarse en tratos sobre la divulgación de materiales clasificados por considerar que fueron obtenidos en forma ilegal”si Wikileaks está de verdad interesada en evitar daños, debería dar marcha atrás en las publicaciones y devolver los documentos a los que tuvo acceso” agrega la misiva.
La secretaria de Estado norteamericana, Hillary Clinton, advirtió a los gobiernos de Francia, Alemania y Reino Unido, entre otros, de posibles revelaciones comprometedoras por los documentos de Wikileaks.
En dos versiones anteriores WikiLeaks hizo públicos casi 400 mil documentos vinculados con la guerra de Iraq entre 2003 y 2010; y 75 mil sobre la guerra en Afganistán en igual período, el primero publicado el 25 de julio y el otro el 22 de octubre.
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6- Estados Unidos/Consideran hipócrita respuesta de EE.UU. sobre textos de Wikileaks
28 noviembre 2010/TeleSUR http://www.telesurtv.net
La analista internacional, Phyllis Bennis, señaló este jueves que "hay mucha hipocresía" en la respuesta del Gobierno de Estados Unidos (EE.UU.) en cuanto a los casi 400 mil documentos sobre las matanzas de civiles en la guerra de Irak, publicados recientemente por el sitio Web Wikileaks.
"Pienso que hay mucha hipocresía en este caso, vemos a los oficiales estadounidenses enfocándose en la cuestión de cómo salieron los documentos a la luz e intentando ignorar lo que dicen los documentos", denuncia.
Bennis, quien también se desempeña como directora del Instituto de Estudios Políticos de Washington, hizo las declaraciones en entrevista exclusiva concedida a teleSUR.
Acotó que las publicaciones no dicen algo que no se supiera, sin embargo, hay "detalles de lo que nadie se pudiera haber imaginado".
"Es extraordinario y chocante, aunque no sea una sorpresa total, ver los detalles de las matanzas de civiles, en particular, saber que tropas estadounidenses veían que sus aliados iraquíes -a quienes ellos habían entrenado, pagado, armado, y todavía estaban apoyando- torturaban a otros prisioneros iraquíes y no hacían nada", relató.
Insistió que la preocupación de la gestión del presidente estadounidense, Barack Obama, de saber cómo se obtuvieron los textos es deshonesta.
"El hecho de que la reacción de la administración Obama y muchos congresistas, que hasta ahora sólo ha sido de indignación por saber que los documentos se divulgaron al público, es un enfoque muy deshonesto", acotó.
Explicó la importancia de que instituciones o medios denuncien los actos bélicos de países poderosos, puesto que la democracia los necesita.
"La democracia necesita denunciantes, como el que sacó estos documentos a la luz, la democracia necesita luz, transparencia", sostuvo la analista.
Del mismo modo, recordó que el ataque estadounidense contra Irak, en el año 2003, estuvo basado en mentiras.
"Que nadie más en este país olvide que cuando esta guerra en Irak comenzó fue basada en armas de destrucción masiva, que no existían; en la afirmación de que Irak tenía armas nucleares, que nunca tuvo; en la afirmación que se encontró uranio en Níger, que nunca existió; esto fue mentira", subrayó.
La internacionalista manifestó su esperanza de que los textos publicados hagan reflexionar a los ciudadanos estadounidenses de las veces que las autoridades han mentido.
"Parece que nos han mentido (...) unas 400 mil veces en Irak y por lo menos 70 mil veces en Afganistán", indicó en referencia a las pruebas clasificadas que son de conocimiento público.
Las acciones que se llevaron en Irak no fueron secretas para los iraquíes, "solamente eran secretos para los estadounidenses, para gente de este país, por eso debemos cambiarlo".
Al ser interrogada sobre cómo pudiera afectar la publicación de los documentos en el curso de las guerras de Irak y Afganistan, Bennis opinó que no cambiaría.
"Irónicamente no creo que cambie mucho la relación con el Medio Oriente, lo que cambia es la relación con EE.UU.", enfatizó.
Hizo hincapié en que la pregunta está enmarcada en la responsabilidad, es decir, si las personas encargadas de llevar el ataque asumirán los cargos.
"¿Habrá una rendición de cuentas para esas personas que implementaron esas políticas, que llevaron a este tipo de ataques?", se preguntó.
"Lo que estas fugas nos muestran es que la responsabilidad se encuentra aquí, entre nosotros, en este país, en donde pagamos impuestos, somos ciudadanos y votamos", señaló.
Sobre el mismo tema del compromiso y la sensatez la analista dijo que "existe la oportunidad de que tal vez empecemos a esperar que nuestro Gobierno tome responsabilidad".
Al hablar de "Gobierno", Phyllis Bennis señaló a los oficiales de alto rango en las Fuerzas Armadas, las personas que crearon las políticas y quienes la emplearon."Ellos deben tomar la responsabilidad primero", recalcó.
El pasado viernes, WikiLeaks cumplió su promesa de publicar 400 mil informes privados en los que se reveló "el día a día" de la guerra e invasión estadounidense a Irak. Entre los delitos destacan la muerte de aproximadamente 109 mil personas, de las que el 63 por ciento eran civiles.
Los crímenes reflejados en los documentos ocurrieron entre los años 2004 y 2009, y comprueban que el Ejército estadounidense tenía conocimiento de las torturas sistemáticas hechas por policías y soldados iraquíes a prisioneros.
Además, se conoció que militares estadounidenses asignados a puestos de control en Irak asesinaron a 680 civiles inocentes, entre ellos 30 niños, durante cinco años.
Movimento de passageiros no aeroporto de Luanda, Angola, superou 2 milhões no 1º semestre
Luanda, Angola, 30 novembro 2010 - O Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro registou, durante o primeiro semestre de 2010, mais de 2 milhões de passageiros em ambos os sentidos, disse sábado, em Luanda, o director-geral da instituição, Joaquim Cunha.
De acordo com o director do aeroporto, estes números contrastam com os registados antes da ampliação e remodelação do terminal, que rondavam 1,8 milhões por ano.
As obras de modernização e ampliação do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, que exigiram um investimento estimado em 74 milhões de dólares, consistiram na ampliação das salas de embarque e desembarque, passando a primeira (embarque) de 12 a 26 balcões de "check-in" e a segunda com três tapetes com capacidade operacional ajustado ao novo espaço disponível.
Os serviços de apoio como a alfândega, Polícia Fiscal e o Serviço de Migração e Estrangeiros passaram a dispor também de equipamentos modernos, salas equipadas e melhores condições de trabalho.
O aeroporto conta com três novos parques de estacionamento com capacidade para 856 viaturas, incluindo áreas específicas para portadores de deficiências e um sistema de controlo e gestão automático dos parques.
A Empresa Nacional de Aeroportos e Navegação Aérea está a executar um programa de recuperação e ampliação de 30 aeroportos e aeródromos do país de grande, média e pequenas dimensões, dispondo para o efeito de 400 milhões de dólares, no âmbito do Programa de Investimentos Públicos (PIP). (macauhub)
De acordo com o director do aeroporto, estes números contrastam com os registados antes da ampliação e remodelação do terminal, que rondavam 1,8 milhões por ano.
As obras de modernização e ampliação do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, que exigiram um investimento estimado em 74 milhões de dólares, consistiram na ampliação das salas de embarque e desembarque, passando a primeira (embarque) de 12 a 26 balcões de "check-in" e a segunda com três tapetes com capacidade operacional ajustado ao novo espaço disponível.
Os serviços de apoio como a alfândega, Polícia Fiscal e o Serviço de Migração e Estrangeiros passaram a dispor também de equipamentos modernos, salas equipadas e melhores condições de trabalho.
O aeroporto conta com três novos parques de estacionamento com capacidade para 856 viaturas, incluindo áreas específicas para portadores de deficiências e um sistema de controlo e gestão automático dos parques.
A Empresa Nacional de Aeroportos e Navegação Aérea está a executar um programa de recuperação e ampliação de 30 aeroportos e aeródromos do país de grande, média e pequenas dimensões, dispondo para o efeito de 400 milhões de dólares, no âmbito do Programa de Investimentos Públicos (PIP). (macauhub)
Capacidade do porto de Maputo, Moçambique, poderá quadruplicar até 2025
Joanesburgo, África do Sul, 30 novembro 2010 - A capacidade do porto de Maputo poderá crescer dos actuais 10 milhões de toneladas/ano para 48 milhões de toneladas até 2025, disse em Joanesburgo a directora executiva da Iniciativa de Logística do Corredor de Maputo (MCLI, na sigla em inglês).
Em declarações à agência noticiosa portuguesa Lusa, Brenda Horne anunciou também estar prestes a entrar em funcionamento o novo posto fronteiriço de uma só paragem entre a África do Sul e Moçambique, em Komatipoort/Ressano Garcia, e que será usado fundamentalmente por autocarros e táxis colectivos, com enormes poupanças de tempo na travessia entre os dois países.
Aquela responsável afirmou que o posto fronteiriço de uma só paragem para a indústria de logística (transporte de mercadorias), que já entrou em funcionamento no início do ano, tem proporcionado significativas poupanças de tempo de viagem aos operadores que, em número crescente, utilizam o porto da capital moçambicana para escoar as suas exportações e importações, em detrimento de portos nacionais.
“Camiões equipados com sistemas de localização por satélite permitiram-nos calcular que a viagem entre a fronteira e o porto, o descarregamento e o regresso demoram agora cerca de cinco horas, o que é fantástico, se compararmos com as dez horas que eram necessárias anteriormente, permitindo descongestionar substancialmente a fronteira”, salientou Brenda Horne.
Na mesma linha, a empresa tem planos, em conjunto com os concessionários e autoridades envolvidas, para aumentar os volumes de mercadorias manuseados no porto de Maputo, dos actuais 10 milhões de toneladas para 48 milhões de toneladas/ano, nos próximos 15 anos.
A MCLI, que é uma parceria entre os sectores público e privado, tem por missão melhorar a eficácia logística nas principais rotas regionais, focando a sua atenção em estradas, postos fronteiriços e outras infraestruturas, que permitam uma circulação mais rápida de pessoas e mercadorias na zona da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC). (macauhub)
Em declarações à agência noticiosa portuguesa Lusa, Brenda Horne anunciou também estar prestes a entrar em funcionamento o novo posto fronteiriço de uma só paragem entre a África do Sul e Moçambique, em Komatipoort/Ressano Garcia, e que será usado fundamentalmente por autocarros e táxis colectivos, com enormes poupanças de tempo na travessia entre os dois países.
Aquela responsável afirmou que o posto fronteiriço de uma só paragem para a indústria de logística (transporte de mercadorias), que já entrou em funcionamento no início do ano, tem proporcionado significativas poupanças de tempo de viagem aos operadores que, em número crescente, utilizam o porto da capital moçambicana para escoar as suas exportações e importações, em detrimento de portos nacionais.
“Camiões equipados com sistemas de localização por satélite permitiram-nos calcular que a viagem entre a fronteira e o porto, o descarregamento e o regresso demoram agora cerca de cinco horas, o que é fantástico, se compararmos com as dez horas que eram necessárias anteriormente, permitindo descongestionar substancialmente a fronteira”, salientou Brenda Horne.
Na mesma linha, a empresa tem planos, em conjunto com os concessionários e autoridades envolvidas, para aumentar os volumes de mercadorias manuseados no porto de Maputo, dos actuais 10 milhões de toneladas para 48 milhões de toneladas/ano, nos próximos 15 anos.
A MCLI, que é uma parceria entre os sectores público e privado, tem por missão melhorar a eficácia logística nas principais rotas regionais, focando a sua atenção em estradas, postos fronteiriços e outras infraestruturas, que permitam uma circulação mais rápida de pessoas e mercadorias na zona da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC). (macauhub)
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Guyana/Presidentes de Unasur avanzarán en la firma del Tratado Constituvo
25 noviembre 2010/TeleSUR http://www.telesurtv.net
El canciller de Venezuela, Nicolás Maduro, informó que los jefes de Estado y de Gobierno de la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur), avanzarán este viernes durante la cumbre presidencial que se realizará en Guyana, en la ratificación del Tratado Constitutivo para que el bloque adquiera carácter jurídico y una estructura legal.
"En el concepto de Unasur se ha decidido avanzar hacia los tratados y proyectos que hace dos años se propuso por parte del Gobierno de Bolivia para crear el Tratado Constitutivo y se firmó" a la espera de conseguir nueve votos de los doce países que integran el bloque para su ratificación.
El ministro venezolano de Exteriores agregó antes de comenzar la reunión de Cancilleres en Georgetown, previa a la IV cumbre de mandatarios, que durante la Presidencia pro témpore de Ecuador se consolidó esa propuesta y en la cita que sesionará entre viernes y sábado, se busca suscribir la estructura legal de la Unasur.
"Ocho países estamos a la espera de la aprobación por parte del noveno país para que entre en funcionamiento la legalidad de Unasur" nacida en mayo de 2008 en Brasil.
Maduro recordó que el grupo suramericano continuará trabajando para lograr sus objetivos sobre el desarrollo energético y económico, entre otros en la región.
Confirmó la presencia del presidente venezolano, Hugo Chávez y de ocho líderes más en la cita. Los mandatarios revisarán esos temas y mantendrán conversaciones sobre aspectos de interés.
Hasta la fecha Argentina, Bolivia, Guyana, Perú, Venezuela, Surinam, Chile y Ecuador han ratificado el Tratado Constitutivo, y se está a la espera de la aprobación de los parlamentos de Brasil, Colombia, Paraguay y Uruguay.
Con el noveno país que entregue su voto para la conformación de la estructura bastará para suscribir los estamentos de la institución.
Entre los países que podrían estar próximos a ratificar el Tratado de la Unasur se encuentran Colombia y Uruguay, como lo adelantó esta semana el canciller ecuatoriano, Ricardo Patiño.
El ministro agregó que Colombia ya dio fuertes indicios de que podrá ser el próximo, ya que en sesión plenaria del Senado el pasado día 10, el proyecto tuvo la aprobación de 68 legisladores.
-------------------- LEER TAMBIEN
Unasul avança para consolidar paz, democracia e integração
25 novembro 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br
A poucas horas de começar na Guiana a Cúpula da União das Nações Sul-Americanas (Unasul),para o Equador seus principais desafios são a consolidação e a projeção integradora desse bloco regional nas diversas áreas de ação.
Foi o que afirmou Santiago Apunte, coordenador político da Presidência Pró Tempore da Unasul exercida pelo Equador no período 2009-2010, a propósito da entrega nesta sexta-feira (26) dessa responsabilidade rotativa à Guiana.
A coordenação implica uma série de contatos entre os países membros, uma vez que as realizações dependem de consenso, explicou Apunte. Ele sublinhou que é necessário reconhecer que o trabalho foi árduo, meticuloso e conta com o apoio dos países membros que apostaram no crescimento em nível regional.
Com apenas dois anos de vida e sendo um organismo em crescimento e consolidação, a Unasul vê assumindo novos temas de trabalho e criou muitos grupos, como de meio ambiente, economia, integração financeira e participação cidadã.
O dirigente equatoriano destacou também o trabalho realizado para evitar impasses, sejam os bilaterais, como no caso entre Colômbia e Venezuela, como na tentativa de golpe no Equador. Nesse sentido, enfatizou o compromisso da Unasul pelo restabelecimento da paz e da democracia em todosos países, trabalho que foi realizado pela Secretaria Geral, a cargo de Nestor Kirchner,pela Presidência Pró Tempore, a cargo do Equador, e por todos os países membros.
Para Apunte, o trabalho da Unasul é promover o diálogo político, a concertação,a cooperação, a integração, a democracia e a atuação conjunta para a consolidação de um espaço de paz e desenvolvimento.
O caso do Haiti, destacou, é a mostrado trabalho e da unidade do bloco, não somente em casos de guerra ou conflito, mas também na buscada colaboração, da ajuda solidária para avançar em uma sociedade que sejamais justa socialmente e mais eqüitativa. (Fonte: Prensa Latina)
El canciller de Venezuela, Nicolás Maduro, informó que los jefes de Estado y de Gobierno de la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur), avanzarán este viernes durante la cumbre presidencial que se realizará en Guyana, en la ratificación del Tratado Constitutivo para que el bloque adquiera carácter jurídico y una estructura legal.
"En el concepto de Unasur se ha decidido avanzar hacia los tratados y proyectos que hace dos años se propuso por parte del Gobierno de Bolivia para crear el Tratado Constitutivo y se firmó" a la espera de conseguir nueve votos de los doce países que integran el bloque para su ratificación.
El ministro venezolano de Exteriores agregó antes de comenzar la reunión de Cancilleres en Georgetown, previa a la IV cumbre de mandatarios, que durante la Presidencia pro témpore de Ecuador se consolidó esa propuesta y en la cita que sesionará entre viernes y sábado, se busca suscribir la estructura legal de la Unasur.
"Ocho países estamos a la espera de la aprobación por parte del noveno país para que entre en funcionamiento la legalidad de Unasur" nacida en mayo de 2008 en Brasil.
Maduro recordó que el grupo suramericano continuará trabajando para lograr sus objetivos sobre el desarrollo energético y económico, entre otros en la región.
Confirmó la presencia del presidente venezolano, Hugo Chávez y de ocho líderes más en la cita. Los mandatarios revisarán esos temas y mantendrán conversaciones sobre aspectos de interés.
Hasta la fecha Argentina, Bolivia, Guyana, Perú, Venezuela, Surinam, Chile y Ecuador han ratificado el Tratado Constitutivo, y se está a la espera de la aprobación de los parlamentos de Brasil, Colombia, Paraguay y Uruguay.
Con el noveno país que entregue su voto para la conformación de la estructura bastará para suscribir los estamentos de la institución.
Entre los países que podrían estar próximos a ratificar el Tratado de la Unasur se encuentran Colombia y Uruguay, como lo adelantó esta semana el canciller ecuatoriano, Ricardo Patiño.
El ministro agregó que Colombia ya dio fuertes indicios de que podrá ser el próximo, ya que en sesión plenaria del Senado el pasado día 10, el proyecto tuvo la aprobación de 68 legisladores.
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Unasul avança para consolidar paz, democracia e integração
25 novembro 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br
A poucas horas de começar na Guiana a Cúpula da União das Nações Sul-Americanas (Unasul),para o Equador seus principais desafios são a consolidação e a projeção integradora desse bloco regional nas diversas áreas de ação.
Foi o que afirmou Santiago Apunte, coordenador político da Presidência Pró Tempore da Unasul exercida pelo Equador no período 2009-2010, a propósito da entrega nesta sexta-feira (26) dessa responsabilidade rotativa à Guiana.
A coordenação implica uma série de contatos entre os países membros, uma vez que as realizações dependem de consenso, explicou Apunte. Ele sublinhou que é necessário reconhecer que o trabalho foi árduo, meticuloso e conta com o apoio dos países membros que apostaram no crescimento em nível regional.
Com apenas dois anos de vida e sendo um organismo em crescimento e consolidação, a Unasul vê assumindo novos temas de trabalho e criou muitos grupos, como de meio ambiente, economia, integração financeira e participação cidadã.
O dirigente equatoriano destacou também o trabalho realizado para evitar impasses, sejam os bilaterais, como no caso entre Colômbia e Venezuela, como na tentativa de golpe no Equador. Nesse sentido, enfatizou o compromisso da Unasul pelo restabelecimento da paz e da democracia em todosos países, trabalho que foi realizado pela Secretaria Geral, a cargo de Nestor Kirchner,pela Presidência Pró Tempore, a cargo do Equador, e por todos os países membros.
Para Apunte, o trabalho da Unasul é promover o diálogo político, a concertação,a cooperação, a integração, a democracia e a atuação conjunta para a consolidação de um espaço de paz e desenvolvimento.
O caso do Haiti, destacou, é a mostrado trabalho e da unidade do bloco, não somente em casos de guerra ou conflito, mas também na buscada colaboração, da ajuda solidária para avançar em uma sociedade que sejamais justa socialmente e mais eqüitativa. (Fonte: Prensa Latina)
Mais de 3 milhões fazem greve geral histórica em Portugal
25 novembro 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br
A luta dos trabalhadores em Portugal, com projeção para todo o continente europeu, teve na última quarta-feira (24) um momento elevado. Mais de três milhões de trabalhadores realizaram a maior greve geral do país, num clamoroso protesto contra as medidas antipopulares, inspiradas pelo mais tacanho conservadorismo, a mais reacionária visão econômica e pelo neoliberalismo, aplicadas por um governo, na prática, de direita liderado por um partido que se diz “socialista”.
O líder da CGTP, Carvalho da Silva, disse que foi a “greve geral com mais impacto até hoje”. Ele insistiu na reivindicação de aumento do salário mínimo para 500 euros em 2011 e de reposição dos apoios sociais cortados nos últimos meses.
Contrariamente ao sentimento claramente manifestado pelos trabalhadores portugueses, a ministra do Trabalho, Helena André, disse que a margem de manobra para alterar as políticas que estiveram na origem da greve "é nula".
Entretanto, os secretários gerais das duas centrais sindicais que organizaram a greve geral, Carvalho Silva, da CGTP, e João Proença, da UGT, manifestaram a confiança de que a greve – que teve particular expressão nos transportes, educação, saúde, autarquias e empresas do setor público – vai contribuir para mudar as políticas. "Vai ter efeitos no imediato e no futuro", disse o líder da CGTP, que destacou a "transversalidade" do protesto e a adesão de muitos "setores e camadas de trabalhadores com qualificações diversas”.
"Não podem ser só os trabalhadores a pagar a fatura. Assim, não. Não é por este caminho", reforçou o secretário-geral da UGT.
Para além da luta pela reposição da proteção social dos trabalhadores, a questão central para os sindicatos é o "combate ao desemprego".
O secretário geral do Partido Comunista Português, Jerônimo de Sousa, considerou o nível alto de adesão à greve uma derrota do “conformismo e da resignação”.
Ele emitiu uma declaração, reproduzida a seguir na íntegra:
Grande jornada de luta: mais de três milhões de trabalhadores envolvidos na greve geral
Hoje por todo o país os trabalhadores fizeram ouvir a sua voz. A Greve Geral de 24 de novembro convocada pela CGTP-IN, uma das mais importantes jornadas de luta realizada em Portugal depois do 25 de abril, constituiu uma poderosa resposta à brutal ofensiva do governo PS e do PSD, e de todos aqueles, como é o caso do Presidente da República, que têm patrocinado o rumo de desastre nacional imposto ao país.
Uma grande greve geral que ficará inscrita na história da luta dos trabalhadores e do povo português que teve o envolvimento de mais de três milhões de trabalhadores. Uma vitória sobre a resignação e o conformismo. Uma jornada que, pela sua dimensão, reafirmou o valor maior da luta.
1. O PCP destaca a dimensão nacional e o carácter transversal da greve geral. Por todo o país, no continente e regiões autônomas, registou-se uma adesão extraordinária na generalidade dos setores de atividade.
O PCP sublinha a importância e significado das fortes adesões no setor dos transportes como o Metro Lisboa, Porto e Sul do Tejo, Soflusa, Transtejo, CP, Refer, EMEF e em dezenas de empresas rodoviárias como é o exemplo dos STCP, Carris, Rodoviária Entre-Douro e Minho, Grupo Barraqueiro e a Transdev. O encerramento de todos os portos marítimos e grande parte dos portos de pesca e o cancelamento da totalidade dos voos (mais de 500). A greve geral assumiu ainda forte impacto no setor produtivo de que são exemplo: no setor automóvel a Auto-Europa e todo o seu complexo industrial, a Renault-Cacia, a Mitsubishi, Tudor e Camac; no setor da metalurgia e metalomecânica como os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, o Arsenal do Alfeite, a Lisnave, a Sacti, Jado Ibéria, Camo; no setor de cimento, cerâmica e vidro, a CNE, a Atlantis/Vista Alegre, SaintGobain/Covina, a Cinca e Lusoceran; no setor corticeiro o Grupo Amorim; no setor têxtil, vestuário e calçado o Grupo Paulo Oliveira, Têxtil Almeida e Filhos, Califa, Triunph e KIAIA; no setor alimentar e bebidas a CentralCer, Kraft Foods; e em centenas de outras empresas de outros setores produtivos.
O PCP sublinha ainda a grande resposta dada pelos trabalhadores da administração pública central e local com paragens que atingiram níveis históricos com paralisação total ou parcial em praticamente todo o país da recolha de resíduos sólidos, encerramento de centenas de escolas, politécnicos e faculdades, departamentos públicos, finanças, tribunais e outros serviços públicos como foi do caso do setor da saúde com uma forte adesão dos trabalhadores do setor.
O PCP valoriza ainda a dimensão e os impactos que a adesão de milhares de trabalhadores teve em diversos setores e empresas, como os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, o caso dos mais de 400 balcões da CGD encerrados, assim como de outros bancos e de praticamente todos os postos dos CTT, e das importantes e significativas adesões registadas nos trabalhadores dos hiper e supermercados, auto-estradas e centros de contato.
Uma dimensão tanto mais valorizável quanto construída sob a pressão e chantagem sobre os trabalhadores. Pressão ideológica sobre a alegada inutilidade da luta; chantagem decorrente da imposição ilegítima de serviços mínimos que visam condicionar o direito à greve; pressão econômica, dirigida sobretudo a trabalhadores com vínculo precário, com a ameaça de demissão e de perdas nas remunerações (prêmios); e o condicionamento ilegal com o recurso em vários casos à força por parte da PSP e da GNR para dar cobertura à violação do direito à greve.
Um êxito tanto mais assinalável quanto centenas de milhares de trabalhadores se vêem confrontados com situações de endividamento e com o agravamento do custo de vida. Trabalhadores para quem, a realização de um dia de greve implica prescindirem de um dia do seu salário.
Esta greve geral veio do coração de cada empresa ou local de trabalho, da inabalável e consciente opção de cada trabalhador. Veio do sentimento de protesto, indignação e luta de milhões de trabalhadores que quiseram dizer “Basta”. Basta de injustiças! Basta de sacrifícios para os mesmos de sempre. Uma greve geral que constitui um momento singular de afirmação de dignidade dos trabalhadores portugueses.
2. Esta greve geral foi uma justa e necessária jornada de luta contra o roubo nos salários e pensões. Contra os cortes nas prestações sociais, no abono de família ou no subsídio de desemprego. Contra o aumento dos preços dos bens e serviços essenciais como os transportes ou os medicamentos. Contra a destruição dos serviços públicos e a privatização de empresas estratégicas.
Esta greve geral foi uma justa e necessária resposta ao agravamento do desemprego, ao alastramento da precariedade, ao empobrecimento de vastas camadas da população. Uma justa e necessária resposta ao processo de liquidação do aparelho produtivo, ao crescente endividamento do país e à perda de soberania nacional.
Esta greve geral foi uma justa e necessária resposta contra a escandalosa acumulação de lucros por parte dos grupos econômicos e financeiros que, em nome da crise e do déficit das contas públicas, querem impor o agravamento da exploração dos trabalhadores e o esbulho dos recursos nacionais.
3. O PCP saúda todos os trabalhadores portugueses pela sua participação nesta greve geral.
Saudamos em particular os milhares de jovens trabalhadores que, pela primeira vez, participaram numa jornada de luta desta envergadura, elemento de incontornável valor político que se projeta como uma importante garantia para o futuro.
O PCP saúda a CGTP-IN, o movimento sindical unitário e todas as estruturas representativas dos trabalhadores pela sua ação e capacidade de organização demonstradas. A CGTP-IN confirma-se e afirma-se como a grande central sindical dos trabalhadores portugueses, referência incontornável para a defesa dos interesses dos trabalhadores e para o futuro do país.
4. Esta greve geral não foi um ponto de chegada, mas uma etapa numa exigente e prolongada luta que a situação nacional exige. Depois da realização desta greve geral, nada ficará como antes. O governo e os partidos que apoiam a sua política e o presidente da República que a patrocina tiveram nesta jornada de luta uma clara condenação, um sério aviso e uma firme exigência de ruptura com a política que promovem.
A greve geral constitui uma poderosa manifestação dos trabalhadores e do Povo português da sua disponibilidade para impedirem o prosseguimento da atual política, para serem parte determinante da ruptura e mudança de que o país precisa.
O PCP esteve ao lado desta greve geral porque está com a luta dos trabalhadores, porque está comprometido com a exigência de aumento dos salários, de desenvolvimento do aparelho produtivo, de aposta no investimento e nos serviços públicos. O PCP esteve e está com a luta dos trabalhadores porque a sua luta é a luta por um país de progresso, de justiça social, por um Portugal soberano e independente.
Renovando o seu compromisso de sempre com esta luta, o PCP reafirma aos trabalhadores e ao povo português que podem contar com o PCP. (Da redação, com agências)
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Portugal/CRISE: NÃO HÁ APENAS UMA SAÍDA
23 novembro 2010/ODiário.info http://www.odiario.info
José Paulo Gascão
José Paulo Gascão denuncia neste texto uma das campanhas de desinformação em curso, a de que a única saída da crise é dentro do sistema capitalista. E depois de contactar que o capitalismo não é reformável, afirma: “Desenganem-se os que pensam que nos parlamentos se pode ir criando condições para reverter a situação. Particularmente com a ditadura mediática dos media apelidados de referência, os parlamentos são um instrumento do capital monopolista.”
«Hoje, Sócrates é já um cadáver político e muitos dos que estão calados apenas esperam que o desenvolvimento dos acontecimentos lhes diga o momento oportuno de reconhecer o óbito. O cadáver político está aí, a família que o enterre.»
A frase em epígrafe, escrita em Fevereiro do ano passado, vinha ao arrepio das notícias e comentários dos media de referência. Então, os meios de comunicação ainda promoviam José Sócrates que, dando sequência ao trabalho iniciado por Mário Soares, completara já o processo de fusão ideológica do PS com a direita e consolidara a sua rendição incondicional ao capitalismo e ao neoliberalismo.
A profunda crise sistémica do capitalismo há muita prevista, uma crise económica, financeira, social, cultural e moral que varre o mundo, foi em Portugal agravada pelas consequências da adesão à União Europeia: destruição da agricultura e desmantelamento das pescas e da indústria transformadora…
A eleição em Março passado de Passos Coelho, tal como Sócrates um impreparado político, pouco culto, sem passado nem futuro políticos, não permitiu aos media começar de imediato a reflectir a retirada do apoio do grande capital a Sócrates. Era preciso que as medidas impostas pelos monopólios recaíssem sobre Sócrates, o chefe do turno cessante.
Ao reunir primeiro com Passos Coelho na sede do PSD, em 13 de Outubro último, seis meses e três PECs passados, e só no dia seguinte com Teixeira dos Santos (nestes casos nunca há dificuldades de agenda…), o grande capital quis dizer, inequivocamente, quem concitava agora seu apoio. A substituição de Sócrates pelo seu ministro das Finanças na reunião do dia seguinte foi o recurso diplomático para disfarçar o vexame.
Depois sim, a imprensa já podia dar continuidade à manobra. E deu: a maioria dos sábios económicos do costume que enxameavam a comunicação social foram substituídos, Sócrates deixou de ter os favores da imprensa que dele passou a fazer o retrato óbvio: o de um político impreparado, sem ideias nem convicções, que foi publicitariamente promovido como se de uma pasta dos dentes se tratasse. E muitos dos que ao longo dos últimos o incensaram passaram, sem pudor, a ser os seus mais cáusticos críticos.
A POLÍTICA EUROPEIA PARA A RECUPERAÇÃO DO CAPITAL
O rebentar da crise e o seu desenvolvimento não destruiu apenas os mitos do desenvolvimento contínuo do capitalismo e o do seu benefício comum para o trabalho e o capital. Pôs também a nu que ela é uma consequência inevitável do próprio sistema capitalista, evidenciou as tensões entre os imperialismos norte-americano e europeu e evidenciou ainda a conflitualidade de interesses no seio da União Europeia.
No entanto, ainda não é claro para a uma parcela significativa da classe trabalhadora e do povo que a União Europeia, um instrumento do capital monopolista europeu, aproveita a crise do capitalismo para exigir aos governos uma redução drástica dos salários e dos direitos sociais conquistados ao longo de décadas. Como não está claro que o objectivo é a recuperação do capital fictício perdido com o rebentar da crise pela banca e por outros grupos monopolistas, à custa de um corte dos salários e pensões e uma diminuição crescente dos direitos sociais.
Para os grupos monopolistas e a União Europeia as medidas tomadas são ainda pouco. Se antes da aprovação do Orçamento de Estado (OE) na generalidade este era um «documento fundamental para acalmar os mercados», logo no dia seguinte á sua aprovação a Comissão Europeia, congratulou-se com a sua aprovação, mas não deixou de acrescentar que «era necessário uma redução do deficit mais rápida» e os juros da dívida pública começaram uma vez mais a subir.
Eram previsíveis estes comportamentos. Já no 1º dia de debate sobre o OE, na SIC notícias, Morais Sarmento (PSD) e Francisco Assis (PS) lamentavam o tom em que decorrera o debate, o que dificultava futuros acordos para novas medidas gravosas para a classe trabalhadora, tendo este último deixado escapar: «… até porque lá para Maio vamos ter que negociar outro PEC».
Antes mesmo do início da discussão do OE na Assembleia da República, à saída da reunião da Comissão Política onde Sócrates explicou o acordo PS/PSD Almeida Santos, presidente do PS, comentou: «Os sacrifícios que estão a ser exigidos ao povo não são sacrifícios incomportáveis. Oxalá que o país nunca tenha de enfrentar sacrifícios maiores. As crises não são só do governo, são do povo, e o povo tem que sofrer as crises como o governo as sofre»!
Michael Hudson, um insuspeito Professor da Universidade de Missouri, em 30 de Setembro resumia em New Economic Perspectives objectivo da UE nesta citação: «O objectivo é baixar os salários cerca de 30% ou mais, até níveis de depressão, pretendendo que isso “deixará mais excedentes” disponíveis para pagar o serviço da dívida. (…) Trata-se de um projecto de reversão da era das reformas democrático-sociais que a Europa conheceu no século passado».
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Na sua queda, Sócrates arrasta o PS para uma derrota profunda e muitos do que estiveram anos calados acham que é este «… o momento oportuno de reconhecer o óbito» político do chefe até agora incontestado.
O governo dá crescentes provas de desagregação e até de desorientação: ministros e secretários de Estado desdobram-se em contradições, confrontos e disparates.
À classe trabalhadora e às restantes classes e camadas exploradas resta um caminho: lutar e aprender com a vida que o capitalismo não é reformável e nesta sua fase senil pode mesmo conduzir a Humanidade a uma nova barbárie.
Desenganem-se os que pensam que nos parlamentos se pode ir criando condições para reverter a situação. Particularmente com a ditadura mediática dos media apelidados de referência, os parlamentos são um instrumento do capital monopolista.
Como sem rebuço reconheceu o bilionário norte-americano Warren Buffet, numa frase que deve causar arrepios nos media portugueses, «Existe uma guerra de classes, é verdade, mas é a minha classe, a classe dos ricos, que está a fazer a guerra, e nós estamos a ganhá-la».
O caminho será provavelmente longo até que a classe trabalhadora inverta a situação e passe á ofensiva. No entanto, essa importantíssima alteração da correlação de forças só será possível quando, e enquanto, a luta e classes for conduzida nas suas três formas, teórica, política e económica, de forma coordenada e interligadas entre si.
Só assim poderá transformar-se a justa revolta de hoje contra a injustiça na luta pela transformação do país e do mundo.
A luta dos trabalhadores em Portugal, com projeção para todo o continente europeu, teve na última quarta-feira (24) um momento elevado. Mais de três milhões de trabalhadores realizaram a maior greve geral do país, num clamoroso protesto contra as medidas antipopulares, inspiradas pelo mais tacanho conservadorismo, a mais reacionária visão econômica e pelo neoliberalismo, aplicadas por um governo, na prática, de direita liderado por um partido que se diz “socialista”.
O líder da CGTP, Carvalho da Silva, disse que foi a “greve geral com mais impacto até hoje”. Ele insistiu na reivindicação de aumento do salário mínimo para 500 euros em 2011 e de reposição dos apoios sociais cortados nos últimos meses.
Contrariamente ao sentimento claramente manifestado pelos trabalhadores portugueses, a ministra do Trabalho, Helena André, disse que a margem de manobra para alterar as políticas que estiveram na origem da greve "é nula".
Entretanto, os secretários gerais das duas centrais sindicais que organizaram a greve geral, Carvalho Silva, da CGTP, e João Proença, da UGT, manifestaram a confiança de que a greve – que teve particular expressão nos transportes, educação, saúde, autarquias e empresas do setor público – vai contribuir para mudar as políticas. "Vai ter efeitos no imediato e no futuro", disse o líder da CGTP, que destacou a "transversalidade" do protesto e a adesão de muitos "setores e camadas de trabalhadores com qualificações diversas”.
"Não podem ser só os trabalhadores a pagar a fatura. Assim, não. Não é por este caminho", reforçou o secretário-geral da UGT.
Para além da luta pela reposição da proteção social dos trabalhadores, a questão central para os sindicatos é o "combate ao desemprego".
O secretário geral do Partido Comunista Português, Jerônimo de Sousa, considerou o nível alto de adesão à greve uma derrota do “conformismo e da resignação”.
Ele emitiu uma declaração, reproduzida a seguir na íntegra:
Grande jornada de luta: mais de três milhões de trabalhadores envolvidos na greve geral
Hoje por todo o país os trabalhadores fizeram ouvir a sua voz. A Greve Geral de 24 de novembro convocada pela CGTP-IN, uma das mais importantes jornadas de luta realizada em Portugal depois do 25 de abril, constituiu uma poderosa resposta à brutal ofensiva do governo PS e do PSD, e de todos aqueles, como é o caso do Presidente da República, que têm patrocinado o rumo de desastre nacional imposto ao país.
Uma grande greve geral que ficará inscrita na história da luta dos trabalhadores e do povo português que teve o envolvimento de mais de três milhões de trabalhadores. Uma vitória sobre a resignação e o conformismo. Uma jornada que, pela sua dimensão, reafirmou o valor maior da luta.
1. O PCP destaca a dimensão nacional e o carácter transversal da greve geral. Por todo o país, no continente e regiões autônomas, registou-se uma adesão extraordinária na generalidade dos setores de atividade.
O PCP sublinha a importância e significado das fortes adesões no setor dos transportes como o Metro Lisboa, Porto e Sul do Tejo, Soflusa, Transtejo, CP, Refer, EMEF e em dezenas de empresas rodoviárias como é o exemplo dos STCP, Carris, Rodoviária Entre-Douro e Minho, Grupo Barraqueiro e a Transdev. O encerramento de todos os portos marítimos e grande parte dos portos de pesca e o cancelamento da totalidade dos voos (mais de 500). A greve geral assumiu ainda forte impacto no setor produtivo de que são exemplo: no setor automóvel a Auto-Europa e todo o seu complexo industrial, a Renault-Cacia, a Mitsubishi, Tudor e Camac; no setor da metalurgia e metalomecânica como os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, o Arsenal do Alfeite, a Lisnave, a Sacti, Jado Ibéria, Camo; no setor de cimento, cerâmica e vidro, a CNE, a Atlantis/Vista Alegre, SaintGobain/Covina, a Cinca e Lusoceran; no setor corticeiro o Grupo Amorim; no setor têxtil, vestuário e calçado o Grupo Paulo Oliveira, Têxtil Almeida e Filhos, Califa, Triunph e KIAIA; no setor alimentar e bebidas a CentralCer, Kraft Foods; e em centenas de outras empresas de outros setores produtivos.
O PCP sublinha ainda a grande resposta dada pelos trabalhadores da administração pública central e local com paragens que atingiram níveis históricos com paralisação total ou parcial em praticamente todo o país da recolha de resíduos sólidos, encerramento de centenas de escolas, politécnicos e faculdades, departamentos públicos, finanças, tribunais e outros serviços públicos como foi do caso do setor da saúde com uma forte adesão dos trabalhadores do setor.
O PCP valoriza ainda a dimensão e os impactos que a adesão de milhares de trabalhadores teve em diversos setores e empresas, como os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, o caso dos mais de 400 balcões da CGD encerrados, assim como de outros bancos e de praticamente todos os postos dos CTT, e das importantes e significativas adesões registadas nos trabalhadores dos hiper e supermercados, auto-estradas e centros de contato.
Uma dimensão tanto mais valorizável quanto construída sob a pressão e chantagem sobre os trabalhadores. Pressão ideológica sobre a alegada inutilidade da luta; chantagem decorrente da imposição ilegítima de serviços mínimos que visam condicionar o direito à greve; pressão econômica, dirigida sobretudo a trabalhadores com vínculo precário, com a ameaça de demissão e de perdas nas remunerações (prêmios); e o condicionamento ilegal com o recurso em vários casos à força por parte da PSP e da GNR para dar cobertura à violação do direito à greve.
Um êxito tanto mais assinalável quanto centenas de milhares de trabalhadores se vêem confrontados com situações de endividamento e com o agravamento do custo de vida. Trabalhadores para quem, a realização de um dia de greve implica prescindirem de um dia do seu salário.
Esta greve geral veio do coração de cada empresa ou local de trabalho, da inabalável e consciente opção de cada trabalhador. Veio do sentimento de protesto, indignação e luta de milhões de trabalhadores que quiseram dizer “Basta”. Basta de injustiças! Basta de sacrifícios para os mesmos de sempre. Uma greve geral que constitui um momento singular de afirmação de dignidade dos trabalhadores portugueses.
2. Esta greve geral foi uma justa e necessária jornada de luta contra o roubo nos salários e pensões. Contra os cortes nas prestações sociais, no abono de família ou no subsídio de desemprego. Contra o aumento dos preços dos bens e serviços essenciais como os transportes ou os medicamentos. Contra a destruição dos serviços públicos e a privatização de empresas estratégicas.
Esta greve geral foi uma justa e necessária resposta ao agravamento do desemprego, ao alastramento da precariedade, ao empobrecimento de vastas camadas da população. Uma justa e necessária resposta ao processo de liquidação do aparelho produtivo, ao crescente endividamento do país e à perda de soberania nacional.
Esta greve geral foi uma justa e necessária resposta contra a escandalosa acumulação de lucros por parte dos grupos econômicos e financeiros que, em nome da crise e do déficit das contas públicas, querem impor o agravamento da exploração dos trabalhadores e o esbulho dos recursos nacionais.
3. O PCP saúda todos os trabalhadores portugueses pela sua participação nesta greve geral.
Saudamos em particular os milhares de jovens trabalhadores que, pela primeira vez, participaram numa jornada de luta desta envergadura, elemento de incontornável valor político que se projeta como uma importante garantia para o futuro.
O PCP saúda a CGTP-IN, o movimento sindical unitário e todas as estruturas representativas dos trabalhadores pela sua ação e capacidade de organização demonstradas. A CGTP-IN confirma-se e afirma-se como a grande central sindical dos trabalhadores portugueses, referência incontornável para a defesa dos interesses dos trabalhadores e para o futuro do país.
4. Esta greve geral não foi um ponto de chegada, mas uma etapa numa exigente e prolongada luta que a situação nacional exige. Depois da realização desta greve geral, nada ficará como antes. O governo e os partidos que apoiam a sua política e o presidente da República que a patrocina tiveram nesta jornada de luta uma clara condenação, um sério aviso e uma firme exigência de ruptura com a política que promovem.
A greve geral constitui uma poderosa manifestação dos trabalhadores e do Povo português da sua disponibilidade para impedirem o prosseguimento da atual política, para serem parte determinante da ruptura e mudança de que o país precisa.
O PCP esteve ao lado desta greve geral porque está com a luta dos trabalhadores, porque está comprometido com a exigência de aumento dos salários, de desenvolvimento do aparelho produtivo, de aposta no investimento e nos serviços públicos. O PCP esteve e está com a luta dos trabalhadores porque a sua luta é a luta por um país de progresso, de justiça social, por um Portugal soberano e independente.
Renovando o seu compromisso de sempre com esta luta, o PCP reafirma aos trabalhadores e ao povo português que podem contar com o PCP. (Da redação, com agências)
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Portugal/CRISE: NÃO HÁ APENAS UMA SAÍDA
23 novembro 2010/ODiário.info http://www.odiario.info
José Paulo Gascão
José Paulo Gascão denuncia neste texto uma das campanhas de desinformação em curso, a de que a única saída da crise é dentro do sistema capitalista. E depois de contactar que o capitalismo não é reformável, afirma: “Desenganem-se os que pensam que nos parlamentos se pode ir criando condições para reverter a situação. Particularmente com a ditadura mediática dos media apelidados de referência, os parlamentos são um instrumento do capital monopolista.”
«Hoje, Sócrates é já um cadáver político e muitos dos que estão calados apenas esperam que o desenvolvimento dos acontecimentos lhes diga o momento oportuno de reconhecer o óbito. O cadáver político está aí, a família que o enterre.»
A frase em epígrafe, escrita em Fevereiro do ano passado, vinha ao arrepio das notícias e comentários dos media de referência. Então, os meios de comunicação ainda promoviam José Sócrates que, dando sequência ao trabalho iniciado por Mário Soares, completara já o processo de fusão ideológica do PS com a direita e consolidara a sua rendição incondicional ao capitalismo e ao neoliberalismo.
A profunda crise sistémica do capitalismo há muita prevista, uma crise económica, financeira, social, cultural e moral que varre o mundo, foi em Portugal agravada pelas consequências da adesão à União Europeia: destruição da agricultura e desmantelamento das pescas e da indústria transformadora…
A eleição em Março passado de Passos Coelho, tal como Sócrates um impreparado político, pouco culto, sem passado nem futuro políticos, não permitiu aos media começar de imediato a reflectir a retirada do apoio do grande capital a Sócrates. Era preciso que as medidas impostas pelos monopólios recaíssem sobre Sócrates, o chefe do turno cessante.
Ao reunir primeiro com Passos Coelho na sede do PSD, em 13 de Outubro último, seis meses e três PECs passados, e só no dia seguinte com Teixeira dos Santos (nestes casos nunca há dificuldades de agenda…), o grande capital quis dizer, inequivocamente, quem concitava agora seu apoio. A substituição de Sócrates pelo seu ministro das Finanças na reunião do dia seguinte foi o recurso diplomático para disfarçar o vexame.
Depois sim, a imprensa já podia dar continuidade à manobra. E deu: a maioria dos sábios económicos do costume que enxameavam a comunicação social foram substituídos, Sócrates deixou de ter os favores da imprensa que dele passou a fazer o retrato óbvio: o de um político impreparado, sem ideias nem convicções, que foi publicitariamente promovido como se de uma pasta dos dentes se tratasse. E muitos dos que ao longo dos últimos o incensaram passaram, sem pudor, a ser os seus mais cáusticos críticos.
A POLÍTICA EUROPEIA PARA A RECUPERAÇÃO DO CAPITAL
O rebentar da crise e o seu desenvolvimento não destruiu apenas os mitos do desenvolvimento contínuo do capitalismo e o do seu benefício comum para o trabalho e o capital. Pôs também a nu que ela é uma consequência inevitável do próprio sistema capitalista, evidenciou as tensões entre os imperialismos norte-americano e europeu e evidenciou ainda a conflitualidade de interesses no seio da União Europeia.
No entanto, ainda não é claro para a uma parcela significativa da classe trabalhadora e do povo que a União Europeia, um instrumento do capital monopolista europeu, aproveita a crise do capitalismo para exigir aos governos uma redução drástica dos salários e dos direitos sociais conquistados ao longo de décadas. Como não está claro que o objectivo é a recuperação do capital fictício perdido com o rebentar da crise pela banca e por outros grupos monopolistas, à custa de um corte dos salários e pensões e uma diminuição crescente dos direitos sociais.
Para os grupos monopolistas e a União Europeia as medidas tomadas são ainda pouco. Se antes da aprovação do Orçamento de Estado (OE) na generalidade este era um «documento fundamental para acalmar os mercados», logo no dia seguinte á sua aprovação a Comissão Europeia, congratulou-se com a sua aprovação, mas não deixou de acrescentar que «era necessário uma redução do deficit mais rápida» e os juros da dívida pública começaram uma vez mais a subir.
Eram previsíveis estes comportamentos. Já no 1º dia de debate sobre o OE, na SIC notícias, Morais Sarmento (PSD) e Francisco Assis (PS) lamentavam o tom em que decorrera o debate, o que dificultava futuros acordos para novas medidas gravosas para a classe trabalhadora, tendo este último deixado escapar: «… até porque lá para Maio vamos ter que negociar outro PEC».
Antes mesmo do início da discussão do OE na Assembleia da República, à saída da reunião da Comissão Política onde Sócrates explicou o acordo PS/PSD Almeida Santos, presidente do PS, comentou: «Os sacrifícios que estão a ser exigidos ao povo não são sacrifícios incomportáveis. Oxalá que o país nunca tenha de enfrentar sacrifícios maiores. As crises não são só do governo, são do povo, e o povo tem que sofrer as crises como o governo as sofre»!
Michael Hudson, um insuspeito Professor da Universidade de Missouri, em 30 de Setembro resumia em New Economic Perspectives objectivo da UE nesta citação: «O objectivo é baixar os salários cerca de 30% ou mais, até níveis de depressão, pretendendo que isso “deixará mais excedentes” disponíveis para pagar o serviço da dívida. (…) Trata-se de um projecto de reversão da era das reformas democrático-sociais que a Europa conheceu no século passado».
—///—
Na sua queda, Sócrates arrasta o PS para uma derrota profunda e muitos do que estiveram anos calados acham que é este «… o momento oportuno de reconhecer o óbito» político do chefe até agora incontestado.
O governo dá crescentes provas de desagregação e até de desorientação: ministros e secretários de Estado desdobram-se em contradições, confrontos e disparates.
À classe trabalhadora e às restantes classes e camadas exploradas resta um caminho: lutar e aprender com a vida que o capitalismo não é reformável e nesta sua fase senil pode mesmo conduzir a Humanidade a uma nova barbárie.
Desenganem-se os que pensam que nos parlamentos se pode ir criando condições para reverter a situação. Particularmente com a ditadura mediática dos media apelidados de referência, os parlamentos são um instrumento do capital monopolista.
Como sem rebuço reconheceu o bilionário norte-americano Warren Buffet, numa frase que deve causar arrepios nos media portugueses, «Existe uma guerra de classes, é verdade, mas é a minha classe, a classe dos ricos, que está a fazer a guerra, e nós estamos a ganhá-la».
O caminho será provavelmente longo até que a classe trabalhadora inverta a situação e passe á ofensiva. No entanto, essa importantíssima alteração da correlação de forças só será possível quando, e enquanto, a luta e classes for conduzida nas suas três formas, teórica, política e económica, de forma coordenada e interligadas entre si.
Só assim poderá transformar-se a justa revolta de hoje contra a injustiça na luta pela transformação do país e do mundo.
Moçambique/Graduados equacionam fundo de auto-emprego
O governo deve criar um fundo para financiar projectos sustentáveis desenhados por jovens graduados do ensino superior para que estes possam promover o auto-emprego. Muitos jovens que saem das instituições do ensino superior têm projectos concretos para iniciarem o auto-emprego, mas não têm fundos, o que lhes remete ao desemprego, mesmo com a formação académica. Entendem que a problemática do desemprego para os jovens passa pela adopção de políticas públicas sociais mais consentâneas com a nova conjuntura socioeconómica.
25 novembro 2010/Notícias
Este pedido foi recentemente formulado pelos estudantes da Universidade Pedagógica em Quelimane, durante a cerimónia de graduação de 1291 estudantes dos diferentes cursos ministrados por aquela instituição de ensino superior.
Os estudantes enfatizaram a pertinência de os conhecimentos que possuem aliar-se a esse fundo para criar emprego para si e outros jovens excedentários. Os ministérios do Trabalho e da Juventude e Desportos, como instituições governamentais, seriam as agências executoras desses fundos.
Na sua mensagem, os graduados reconheceram que nem todos os graduados serão absorvidos pelo Estado ou pelo sector privado, mas para que não haja um grande exército de excedentários com formação superior, o Governo tem obrigações no contexto das políticas públicas sociais de equacionar a problemática do desemprego criando incentivos para os jovens graduados criarem para si e para os outros emprego.
As vagas que aparecem nas instituições públicas ou privadas são bastante limitadas e pior do que isso há outras organizações que não querem remunerar os técnicos superiores de acordo com a sua formação; ou seja, um técnico superior é obrigado a empregar-se com nível médio. Esta foi uma outra questão aflorada na mensagem e visou chamar atenção aos gestores das públicas para estarem atentos a essa situação e encontrar uma solução o mais rápido possível para não desestimular os jovens que nutrem expectativa pelo ensino superior.
Aliás, o discurso do magnífico reitor da Universidade Pedagógica, o Prof. Doutor Rogério Uthúi, incidiu especificamente sobre a necessidade dos graduados usarem as suas competências científicas para criarem empregos próprios e para outros jovens que lutam contra adversidades para encontrarem os seus primeiros empregos. De acordo com o reitor daquela instituição do ensino superior, os graduados devem ser mais criativos, imaginativos e astutos para a busca de soluções para vários problemas de que enferma hoje a sociedade moçambicana, sendo um deles a falta de emprego para muitos jovens.
Os graduados são dos cursos de Linguagem e Comunicação, Ensino de História, Matemática, Geografia, Psicologia Escolar, Gestão e Administração Escolar, História Política e Gestão Pública, Estatística e Gestão de Informação, PAGE e outros, nos níveis de bacharelato e licenciatura e graduação de quatro mestres todos docentes da mesma instituição.
A Universidade Pedagógica, que abriu as portas em 2003 com três cursos, nomeadamente Português, Matemática e Historia, com perto de noventa estudantes, cresceu muito do ponto de vista de estudantes, docentes a tempo inteiro, ampliação das instalações e mobiliário. Neste momento, a instituição está a preparar um grande investimento para a construção de um novo Campus universitário com capacidade de salas de aula, laboratórios e outros espaços afins.
25 novembro 2010/Notícias
Este pedido foi recentemente formulado pelos estudantes da Universidade Pedagógica em Quelimane, durante a cerimónia de graduação de 1291 estudantes dos diferentes cursos ministrados por aquela instituição de ensino superior.
Os estudantes enfatizaram a pertinência de os conhecimentos que possuem aliar-se a esse fundo para criar emprego para si e outros jovens excedentários. Os ministérios do Trabalho e da Juventude e Desportos, como instituições governamentais, seriam as agências executoras desses fundos.
Na sua mensagem, os graduados reconheceram que nem todos os graduados serão absorvidos pelo Estado ou pelo sector privado, mas para que não haja um grande exército de excedentários com formação superior, o Governo tem obrigações no contexto das políticas públicas sociais de equacionar a problemática do desemprego criando incentivos para os jovens graduados criarem para si e para os outros emprego.
As vagas que aparecem nas instituições públicas ou privadas são bastante limitadas e pior do que isso há outras organizações que não querem remunerar os técnicos superiores de acordo com a sua formação; ou seja, um técnico superior é obrigado a empregar-se com nível médio. Esta foi uma outra questão aflorada na mensagem e visou chamar atenção aos gestores das públicas para estarem atentos a essa situação e encontrar uma solução o mais rápido possível para não desestimular os jovens que nutrem expectativa pelo ensino superior.
Aliás, o discurso do magnífico reitor da Universidade Pedagógica, o Prof. Doutor Rogério Uthúi, incidiu especificamente sobre a necessidade dos graduados usarem as suas competências científicas para criarem empregos próprios e para outros jovens que lutam contra adversidades para encontrarem os seus primeiros empregos. De acordo com o reitor daquela instituição do ensino superior, os graduados devem ser mais criativos, imaginativos e astutos para a busca de soluções para vários problemas de que enferma hoje a sociedade moçambicana, sendo um deles a falta de emprego para muitos jovens.
Os graduados são dos cursos de Linguagem e Comunicação, Ensino de História, Matemática, Geografia, Psicologia Escolar, Gestão e Administração Escolar, História Política e Gestão Pública, Estatística e Gestão de Informação, PAGE e outros, nos níveis de bacharelato e licenciatura e graduação de quatro mestres todos docentes da mesma instituição.
A Universidade Pedagógica, que abriu as portas em 2003 com três cursos, nomeadamente Português, Matemática e Historia, com perto de noventa estudantes, cresceu muito do ponto de vista de estudantes, docentes a tempo inteiro, ampliação das instalações e mobiliário. Neste momento, a instituição está a preparar um grande investimento para a construção de um novo Campus universitário com capacidade de salas de aula, laboratórios e outros espaços afins.
Sistema de dessanilização de água em Cabo Verde com capacidade de 40 mil metros cúbicos diários
Praia, Cabo Verde, 25 novembro 2010 - Um futuro sistema de dessanilização de água do mar na ilha de Santiago, em Cabo Verde, terá capacidade para produzir 40 mil metros cúbicos por dia, garantiram consultores da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA).
De acordo com o diário cabo-verdiano em linha A Semana, os consultores da JICA, que permaneceram 18 meses no arquipélago para efectuar o estudo de viabilidade do projecto, já o concluíram e já procederam à sua entrega ao Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O ministro José Brito, citado pelo jornal, disse que o governo vai iniciar em breve conversações com o seu congénere do Japão no sentido de obter financiamento para a execução do projecto.
“São precisos 226 milhões de dólares para materializar o projecto na ilha de Santiago”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros.
Em paralelo, acrescentou José Brito, está a ser ultimado um estudo de viabilidade técnica e económica de um projecto para recuperar e ampliar as redes eléctricas de várias ilhas, que permitirão aumentar de forma significativa a capacidade de produção e distribuição de água e de energia eléctrica. (macauhub)
De acordo com o diário cabo-verdiano em linha A Semana, os consultores da JICA, que permaneceram 18 meses no arquipélago para efectuar o estudo de viabilidade do projecto, já o concluíram e já procederam à sua entrega ao Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O ministro José Brito, citado pelo jornal, disse que o governo vai iniciar em breve conversações com o seu congénere do Japão no sentido de obter financiamento para a execução do projecto.
“São precisos 226 milhões de dólares para materializar o projecto na ilha de Santiago”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros.
Em paralelo, acrescentou José Brito, está a ser ultimado um estudo de viabilidade técnica e económica de um projecto para recuperar e ampliar as redes eléctricas de várias ilhas, que permitirão aumentar de forma significativa a capacidade de produção e distribuição de água e de energia eléctrica. (macauhub)
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Bolivia propuso a países latinoamericanos y del Caribe rechazar bases militares EEUU en la región
Agencia Boliviana de Información (ABI)
Por Adalid Cabrera Lemuz
Santa Cruz de la Sierra, Bolivia 24 noviembre 2010 (ABI) - Bolivia propuso a los países de América Latina y del Caribe la aprobación de medidas que rechacen la instalación de bases militares de Estados Unidos en la región por ser negativas para la paz en el continente, informó el miércoles el ministro de Defensa Nacional, Rubén Saavedra.
La propuesta fue presentada ante la IX Conferencia de Ministros de Defensa de América que se inició el lunes en esta ciudad boliviana, ubicada a 900 kilómetros al sudeste de La Paz.
En una conferencia de prensa el miércoles, Saavedra dijo que existe el convencimiento en Bolivia de que «Las bases militares de Estados Unidos en Latinoamérica y el Caribe comprometen la paz en la región».
La posición de Bolivia se enmarca en la política sustentada por el Gobierno en defensa de la soberanía de los pueblos y la no injerencia de otras naciones en la política interna, entre ellas las potencias mundiales.
En la ceremonia inaugural de la IX Conferencia de Ministros de Defensa de las Américas, el presidente de Bolivia, Evo Morales, denunció las permanentes acciones de injerencia de Estados Unidos en la política regional.
Dijo que, en el caso boliviano y en el pasado reciente, el año 2002 el entonces embajador de Estados Unidos en La Paz, Manuel Rocha, llegó a instar a la población a no apoyar la elección del líder de los productores de hojas de coca y candidato del Movimiento al Socialismo (MAS) como presidente de Bolivia.
Agregó que en septiembre de 2008, otro de los embajadores de Estados Unidos en Bolivia, Philip Goldberg, apoyó una conspiración de los partidos de derecha y cívicos opositores para desestabilizar al Gobierno con el fin de precipitar la caída del presidente Morales.
El Mandatario lamentó en forma reiterada ?la injerencia de los gobiernos de Estados Unidos en la política boliviana, al punto de definir durante las dictaduras y las administraciones neoliberales las designaciones de jefes militares, policiales e inclusive de Ministros?.
Morales ha manifestado en diversos foros internacionales que la instalación de bases militares de Estados Unidos en Colombia y en Honduras tenía como objetivo contar con grupos militares en apronte ante las contingencias regionales ?antes que luchar contra el narcotráfico y el terrorismo?.
Agregó que en la zona de El Chapare, en el trópico de Cochabamba, los agentes de la Oficina anti Drogas de Estados Unidos andaban armados y tenían bajo sus órdenes a las fuerzas policiales y militares y se daban a tarea de perseguir con sus helicópteros a los productores de coca que reclamaban por sus reivindicaciones.
«Era prácticamente como una base militar y policial de Estados Unidos en Bolivia, junto a gestiones de algunas agrupaciones para que los agentes anti droga del norte cuenten con inmunidad para desarrollar sus actividades», enfatizó.
El ministro de Defensa de Ecuador, Javier Ponce Ceballos, expresó la preocupación de su país por la instalación de bases militares de Estados Unidos en su vecino Colombia.
Dijo que en la población de Manta, Ecuador, funcionaba una base militar de Estados Unidos en el pasado, por lo que su país opina con conocimiento sobre sus implicancias.
A su vez, el ministro de Defensa de Colombia, Rodrigo Rivera, subrayó que el acuerdo suscrito por su gobierno con Estados Unidos para las bases militares se da en el marco de las decisiones soberanas de cada nación, lo que muestra el debate que existe sobre el tema entre los Ministros en la Conferencia Internacional de Santa Cruz de la Sierra.
El ministro de Defensa de Bolivia anotó que otro de los planteamientos de Bolivia ante la IX Conferencia de Ministros de Defensa de las Américas es la adopción de acuerdos de rechazo a movimientos de complot y desestabilización de las democracias en la región.
El presidente de Bolivia recordó en forma reiterada los atentados contra la democracia sufridos desde 2002 por Venezuela, Bolivia, Honduras y Ecuador que ?contaban con el respaldo de Estados Unidos?.
«Estamos 3-1, porque Venezuela, Bolivia y Ecuador derrotaron esos movimientos conspirativos, pero no así Honduras, tras el derrocamiento del presidente hondureño Manuel Zelaya», anotó.
El Ministro de Defensa enfatizó que un tercer asunto fuerte de los planteamientos bolivianos ante la IX Conferencia de Ministros de Defensa es el levantamiento del secreto bancario con el fin de afectar las partes vulnerables de las organizaciones del crimen organizado, entre ellas las del narcotráfico.
Saavedra recordó que los ejes temáticos de la agenda que debaten los ministros americanos de defensa fueron aprobados en julio de este año en el encuentro de Viceministros de Defensa que se celebró en la ciudad de Santa Cruz de la Sierra bajo iniciativa de Bolivia y en el marco del consenso.
Esos ejes temáticos son la búsqueda de acuerdos para consolidar la paz y la seguridad y acrecentar la confianza mutua, adoptar mecanismos para transparentar los gastos en transferencias militares en la región y convenios de cooperación para enfrentar los desastres naturales, además de promover la participación de las Fuerzas Armadas en el desarrollo.
El encuentro de Ministros de Defensa de las Américas se inició el lunes en medio de estrictas medidas de seguridad y será clausurada el jueves por el vicepresidente Alvaro García Linera.
La X Conferencia de Ministros de Defensa de las Américas se desarrollará en Uruguay el año 2012.
----------------------- LEER TAMBIEN
Bolivia/Incremento del gasto militar sólo se justifica para seguridad interna y lucha contra narcotráfico
Agencia Boliviana de Información (ABI)
Por Adalid Cabrera Lemuz
Santa Cruz de la Sierra, Bolivia 23 noviembre 2010 (ABI)- Lo único que justifica un aumento del gasto militar en la región es para fortalecer la seguridad interna y el combate al narcotráfico y otros crímenes trasnacionales, manifestó el martes el secretario general de la Organización de Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza.
Insulza participa desde el lunes en calidad de observador internacional en la IX Conferencia de Ministros de Defensa de las Américas en la que se encuentran delegaciones al más alto nivel de 30 naciones del continente.
En una conferencia de prensa, subrayó que si bien el gasto militar es bajo en la región porque no existen conflictos de magnitud y no se justifican, es necesario «Transparentarlos mediante la suscripción de una nueva Convención ante la OEA o elaborar otra».
De acuerdo con las estimaciones realizadas por expertos, el país sudamericano que mayores gastos realiza en la transferencia de armas es Brasil con 27.540 millones de dólares, seguido por Colombia con 6.746 millones, cifra que es destinada al Plan Colombia y a la guerra con las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC), y Chile con 5.395 millones.
Insulza reiteró que «Hay una Convención interamericana en la OEA, por la que los países se comprometen a entregar informaciones sobre transferencias militares, al igual que en la Organización de las Naciones Unidas (ONU) que deben ser perfeccionadas».
Puntualizó que la propuesta es elaborar una Convención Interamericana para el Gasto Militar o complementar la existente, lo que consideró posible y comprometió el trabajo de esta organización para encaminarla.
El propósito es que cada año las naciones americanas hagan conocer sus reportes de gastos militares con transparencia.
El secretario general de la OEA expresó su satisfacción porque el gobierno de Estados Unidos haya manifestado en la Conferencia de Ministros de Defensa su disposición de ratificar en el Congreso de ese país la Convención sobre las transferencias y gastos en armas.
Enfatizó que para comparar la cantidad de armamento que tienen unos países con relación a otros, es necesario contar con los reportes y ejercitar acciones de confianza mutua entre las naciones.
Precisamente las delegaciones gubernamentales de Defensa de 30 naciones buscan en Santa Cruz de la Sierra dar mayor relevancia a acuerdos de cooperación y de reafirmación de la confianza para enfrentar diversos problemas, antes que recurrir a la compra de armamento.
«Es importante considerar que si bien hubo compras de gasto militar, el registro no es significativo y puede bajar más aún si se mantiene la paz», dijo.
Reiteró que el aumento de los presupuestos para la compra de armas por parte de los países americanos solamente puede justificarse si se enfrenta a delitos que afectan la seguridad interna, como son el narcotráfico y el crimen organizado.
«Mientras el narcotráfico siga siendo un buen negocio y peligroso va a seguir comprando armas y financiando otros hechos criminales, además de fortalecer sus ejércitos», agregó.
Hizo patente su convencimiento de que «Atacar el aspecto financiero del narcotráfico a través del lavado de los recursos ilícitos generado por este delito es un tema central.
«El levantamiento del secreto bancario es un golpe formidable para eliminar al narcotráfico y sus tentáculos de drogas y de crímenes o, por lo menos, reducirlo al máximo hasta destruirlo», aseveró, aunque aclaró que todo dependerá de las legislaciones nacionales y sus respectivas estrategias de seguridad.
Por Adalid Cabrera Lemuz
Santa Cruz de la Sierra, Bolivia 24 noviembre 2010 (ABI) - Bolivia propuso a los países de América Latina y del Caribe la aprobación de medidas que rechacen la instalación de bases militares de Estados Unidos en la región por ser negativas para la paz en el continente, informó el miércoles el ministro de Defensa Nacional, Rubén Saavedra.
La propuesta fue presentada ante la IX Conferencia de Ministros de Defensa de América que se inició el lunes en esta ciudad boliviana, ubicada a 900 kilómetros al sudeste de La Paz.
En una conferencia de prensa el miércoles, Saavedra dijo que existe el convencimiento en Bolivia de que «Las bases militares de Estados Unidos en Latinoamérica y el Caribe comprometen la paz en la región».
La posición de Bolivia se enmarca en la política sustentada por el Gobierno en defensa de la soberanía de los pueblos y la no injerencia de otras naciones en la política interna, entre ellas las potencias mundiales.
En la ceremonia inaugural de la IX Conferencia de Ministros de Defensa de las Américas, el presidente de Bolivia, Evo Morales, denunció las permanentes acciones de injerencia de Estados Unidos en la política regional.
Dijo que, en el caso boliviano y en el pasado reciente, el año 2002 el entonces embajador de Estados Unidos en La Paz, Manuel Rocha, llegó a instar a la población a no apoyar la elección del líder de los productores de hojas de coca y candidato del Movimiento al Socialismo (MAS) como presidente de Bolivia.
Agregó que en septiembre de 2008, otro de los embajadores de Estados Unidos en Bolivia, Philip Goldberg, apoyó una conspiración de los partidos de derecha y cívicos opositores para desestabilizar al Gobierno con el fin de precipitar la caída del presidente Morales.
El Mandatario lamentó en forma reiterada ?la injerencia de los gobiernos de Estados Unidos en la política boliviana, al punto de definir durante las dictaduras y las administraciones neoliberales las designaciones de jefes militares, policiales e inclusive de Ministros?.
Morales ha manifestado en diversos foros internacionales que la instalación de bases militares de Estados Unidos en Colombia y en Honduras tenía como objetivo contar con grupos militares en apronte ante las contingencias regionales ?antes que luchar contra el narcotráfico y el terrorismo?.
Agregó que en la zona de El Chapare, en el trópico de Cochabamba, los agentes de la Oficina anti Drogas de Estados Unidos andaban armados y tenían bajo sus órdenes a las fuerzas policiales y militares y se daban a tarea de perseguir con sus helicópteros a los productores de coca que reclamaban por sus reivindicaciones.
«Era prácticamente como una base militar y policial de Estados Unidos en Bolivia, junto a gestiones de algunas agrupaciones para que los agentes anti droga del norte cuenten con inmunidad para desarrollar sus actividades», enfatizó.
El ministro de Defensa de Ecuador, Javier Ponce Ceballos, expresó la preocupación de su país por la instalación de bases militares de Estados Unidos en su vecino Colombia.
Dijo que en la población de Manta, Ecuador, funcionaba una base militar de Estados Unidos en el pasado, por lo que su país opina con conocimiento sobre sus implicancias.
A su vez, el ministro de Defensa de Colombia, Rodrigo Rivera, subrayó que el acuerdo suscrito por su gobierno con Estados Unidos para las bases militares se da en el marco de las decisiones soberanas de cada nación, lo que muestra el debate que existe sobre el tema entre los Ministros en la Conferencia Internacional de Santa Cruz de la Sierra.
El ministro de Defensa de Bolivia anotó que otro de los planteamientos de Bolivia ante la IX Conferencia de Ministros de Defensa de las Américas es la adopción de acuerdos de rechazo a movimientos de complot y desestabilización de las democracias en la región.
El presidente de Bolivia recordó en forma reiterada los atentados contra la democracia sufridos desde 2002 por Venezuela, Bolivia, Honduras y Ecuador que ?contaban con el respaldo de Estados Unidos?.
«Estamos 3-1, porque Venezuela, Bolivia y Ecuador derrotaron esos movimientos conspirativos, pero no así Honduras, tras el derrocamiento del presidente hondureño Manuel Zelaya», anotó.
El Ministro de Defensa enfatizó que un tercer asunto fuerte de los planteamientos bolivianos ante la IX Conferencia de Ministros de Defensa es el levantamiento del secreto bancario con el fin de afectar las partes vulnerables de las organizaciones del crimen organizado, entre ellas las del narcotráfico.
Saavedra recordó que los ejes temáticos de la agenda que debaten los ministros americanos de defensa fueron aprobados en julio de este año en el encuentro de Viceministros de Defensa que se celebró en la ciudad de Santa Cruz de la Sierra bajo iniciativa de Bolivia y en el marco del consenso.
Esos ejes temáticos son la búsqueda de acuerdos para consolidar la paz y la seguridad y acrecentar la confianza mutua, adoptar mecanismos para transparentar los gastos en transferencias militares en la región y convenios de cooperación para enfrentar los desastres naturales, además de promover la participación de las Fuerzas Armadas en el desarrollo.
El encuentro de Ministros de Defensa de las Américas se inició el lunes en medio de estrictas medidas de seguridad y será clausurada el jueves por el vicepresidente Alvaro García Linera.
La X Conferencia de Ministros de Defensa de las Américas se desarrollará en Uruguay el año 2012.
----------------------- LEER TAMBIEN
Bolivia/Incremento del gasto militar sólo se justifica para seguridad interna y lucha contra narcotráfico
Agencia Boliviana de Información (ABI)
Por Adalid Cabrera Lemuz
Santa Cruz de la Sierra, Bolivia 23 noviembre 2010 (ABI)- Lo único que justifica un aumento del gasto militar en la región es para fortalecer la seguridad interna y el combate al narcotráfico y otros crímenes trasnacionales, manifestó el martes el secretario general de la Organización de Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza.
Insulza participa desde el lunes en calidad de observador internacional en la IX Conferencia de Ministros de Defensa de las Américas en la que se encuentran delegaciones al más alto nivel de 30 naciones del continente.
En una conferencia de prensa, subrayó que si bien el gasto militar es bajo en la región porque no existen conflictos de magnitud y no se justifican, es necesario «Transparentarlos mediante la suscripción de una nueva Convención ante la OEA o elaborar otra».
De acuerdo con las estimaciones realizadas por expertos, el país sudamericano que mayores gastos realiza en la transferencia de armas es Brasil con 27.540 millones de dólares, seguido por Colombia con 6.746 millones, cifra que es destinada al Plan Colombia y a la guerra con las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC), y Chile con 5.395 millones.
Insulza reiteró que «Hay una Convención interamericana en la OEA, por la que los países se comprometen a entregar informaciones sobre transferencias militares, al igual que en la Organización de las Naciones Unidas (ONU) que deben ser perfeccionadas».
Puntualizó que la propuesta es elaborar una Convención Interamericana para el Gasto Militar o complementar la existente, lo que consideró posible y comprometió el trabajo de esta organización para encaminarla.
El propósito es que cada año las naciones americanas hagan conocer sus reportes de gastos militares con transparencia.
El secretario general de la OEA expresó su satisfacción porque el gobierno de Estados Unidos haya manifestado en la Conferencia de Ministros de Defensa su disposición de ratificar en el Congreso de ese país la Convención sobre las transferencias y gastos en armas.
Enfatizó que para comparar la cantidad de armamento que tienen unos países con relación a otros, es necesario contar con los reportes y ejercitar acciones de confianza mutua entre las naciones.
Precisamente las delegaciones gubernamentales de Defensa de 30 naciones buscan en Santa Cruz de la Sierra dar mayor relevancia a acuerdos de cooperación y de reafirmación de la confianza para enfrentar diversos problemas, antes que recurrir a la compra de armamento.
«Es importante considerar que si bien hubo compras de gasto militar, el registro no es significativo y puede bajar más aún si se mantiene la paz», dijo.
Reiteró que el aumento de los presupuestos para la compra de armas por parte de los países americanos solamente puede justificarse si se enfrenta a delitos que afectan la seguridad interna, como son el narcotráfico y el crimen organizado.
«Mientras el narcotráfico siga siendo un buen negocio y peligroso va a seguir comprando armas y financiando otros hechos criminales, además de fortalecer sus ejércitos», agregó.
Hizo patente su convencimiento de que «Atacar el aspecto financiero del narcotráfico a través del lavado de los recursos ilícitos generado por este delito es un tema central.
«El levantamiento del secreto bancario es un golpe formidable para eliminar al narcotráfico y sus tentáculos de drogas y de crímenes o, por lo menos, reducirlo al máximo hasta destruirlo», aseveró, aunque aclaró que todo dependerá de las legislaciones nacionales y sus respectivas estrategias de seguridad.
Guyana se prepara para recibir a presidentes de la Unasur
24 noviembre 2010/TeleSUR http://www.telesurtv.net
Guyana recibirá este viernes la Presidencia protémpore de la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur) de manos de Ecuador en la IV Cumbre del bloque que se llevará a cabo en Georgetown, en la que se plantea elegir el nombre del nuevo Secretario General tras la muerte de Néstor Kirchner el pasado 27 de octubre.
En capital de Guyana, el mandatario ecuatoriano, Rafael Correa entregará la Presidencia del bloque a su homólogo Bharrat Jagdeo y entregará un informe de su gestión a lo largo de un año.
La ex presidenta de Chile Michelle Bachelet, fue la primera autoridad ejecutiva del bloque que asumió la Presidencia de la Unasur el 10 de agosto de 2008, quien le entregó al año siguiente el mandato a su homólogo de Ecuador.
Los líderes de las doce naciones del grupo recibirán de manos del Gobierno de Quito un balance con los avances institucionales, metas alcanzadas proyectos para reforzar la integración, de acuerdo con el canciller ecuatoriano, Ricardo Patiño.
Asimismo, los representantes de los países que le dan vida a la Unasur, repasarán los temas más importantes de la región como la crisis política entre los Gobiernos de Nicaragua y Costa Rica tras el diferendo limítrofe en una parte del río San Juan, además estará presente la situación política en Honduras y las vías necesarias para trazar mecanismos de seguridad en la región.
Previo a la cita de jefes de Estado y de Gobierno, el Consejo de Delegadas y Delegados, así como el Consejo de Ministras y Ministros de Relaciones Exteriores sostendrán reuniones preparatoria a la cumbre este miércoles y jueves.
La presidenta de Argentina, Cristina Fernández, asistirá a la cumbre en la que también se rendirán honores a su esposo y quien hasta el 27 de octubre se desempeñó como secretario general de la Unasur, Néstor Kirchner.
Kirchner, quien dirigió a los argentinos entre 2003 y 2007, asumió la Secretaría el pasado 4 de mayo, y falleció el mes pasado a los 60 años a causa de una crisis cardíaca.
Guyana se adhiere a la integración
El presidente de Guyana, Bharrat Jagdeo, decidió unir a su país al bloque de integración de la Unasur con miras a dejar atrás la herencia de los colonizadores ingleses y comenzar a prosperar como nación independiente y soberana.
Con la Presidencia pro témpore que asumirá la nación el venidero viernes 26, Guyana trabajará en conjunto con sus vecinos del bloque para dar paso a proyectos de progreso y ampliación de intercambios económicos, políticos y sociales.
Es el único país de habla inglesa de Suramérica y el segundo más pequeño del continente.
La enviada especial de teleSUR en Georgetown, Madelein García, destacó que de no ser por grupos como Unasur, la población de Guyana aún estaría silente.
"Guyana significa tierra de mucha agua (...) para su gente, es un verdadero paraíso caribeño".
La integración del país al bloque regional constituye "un intercambio que hoy más que nunca cobrará vida. Guyana será por un año la capital de los países del Sur".
Guyana recibirá este viernes la Presidencia protémpore de la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur) de manos de Ecuador en la IV Cumbre del bloque que se llevará a cabo en Georgetown, en la que se plantea elegir el nombre del nuevo Secretario General tras la muerte de Néstor Kirchner el pasado 27 de octubre.
En capital de Guyana, el mandatario ecuatoriano, Rafael Correa entregará la Presidencia del bloque a su homólogo Bharrat Jagdeo y entregará un informe de su gestión a lo largo de un año.
La ex presidenta de Chile Michelle Bachelet, fue la primera autoridad ejecutiva del bloque que asumió la Presidencia de la Unasur el 10 de agosto de 2008, quien le entregó al año siguiente el mandato a su homólogo de Ecuador.
Los líderes de las doce naciones del grupo recibirán de manos del Gobierno de Quito un balance con los avances institucionales, metas alcanzadas proyectos para reforzar la integración, de acuerdo con el canciller ecuatoriano, Ricardo Patiño.
Asimismo, los representantes de los países que le dan vida a la Unasur, repasarán los temas más importantes de la región como la crisis política entre los Gobiernos de Nicaragua y Costa Rica tras el diferendo limítrofe en una parte del río San Juan, además estará presente la situación política en Honduras y las vías necesarias para trazar mecanismos de seguridad en la región.
Previo a la cita de jefes de Estado y de Gobierno, el Consejo de Delegadas y Delegados, así como el Consejo de Ministras y Ministros de Relaciones Exteriores sostendrán reuniones preparatoria a la cumbre este miércoles y jueves.
La presidenta de Argentina, Cristina Fernández, asistirá a la cumbre en la que también se rendirán honores a su esposo y quien hasta el 27 de octubre se desempeñó como secretario general de la Unasur, Néstor Kirchner.
Kirchner, quien dirigió a los argentinos entre 2003 y 2007, asumió la Secretaría el pasado 4 de mayo, y falleció el mes pasado a los 60 años a causa de una crisis cardíaca.
Guyana se adhiere a la integración
El presidente de Guyana, Bharrat Jagdeo, decidió unir a su país al bloque de integración de la Unasur con miras a dejar atrás la herencia de los colonizadores ingleses y comenzar a prosperar como nación independiente y soberana.
Con la Presidencia pro témpore que asumirá la nación el venidero viernes 26, Guyana trabajará en conjunto con sus vecinos del bloque para dar paso a proyectos de progreso y ampliación de intercambios económicos, políticos y sociales.
Es el único país de habla inglesa de Suramérica y el segundo más pequeño del continente.
La enviada especial de teleSUR en Georgetown, Madelein García, destacó que de no ser por grupos como Unasur, la población de Guyana aún estaría silente.
"Guyana significa tierra de mucha agua (...) para su gente, es un verdadero paraíso caribeño".
La integración del país al bloque regional constituye "un intercambio que hoy más que nunca cobrará vida. Guyana será por un año la capital de los países del Sur".
Argentina y Chile buscan trabajar por la paz en el marco de la ONU y transparentar gastos
Agencia Boliviana de Información (ABI)
Santa Cruz de la Sierra, Bolivia 24 noviembre 2010 (ABI) - Argentina y Chile suscribieron un acuerdo para conformar una fuerza binacional de paz que en el marco de la Organización de las Naciones Unidas (ONU) que entrará en operaciones el año 2012.
El acuerdo fue suscrito el martes en esta ciudad sin la presencia de periodistas entre los ministros de Defensa de Chile y de Argentina, Jaime Ravinet y Nilda Garré, respectivamente.
Según un informe de la página web del Ministerio de Defensa de Chile, el acuerdo deja abiertas las puertas para la incorpoiración de terceros países.
El convenio estaría enmarcado en el Consejo de Seguridad de la Union de Naciones Sudamericanas (UNASUR) y es inédito entre ambas naciones que en 1978 estuvieron a punto de enfrentar un conflicto bélico.
El ministro de Defensa de Bolivia, Rubén Saavedra, anotó que las dos naciones participaron en una reunión de UNASUR el martes y decidieron suscribir un Memorándum bilateral de Entendimiento dirigido a transparentar los gastos militares.
Estados Unidos y Chile ya definieron una metodología para calcular los gastos de transferencias militares que probablemente sea utilizada como referencia en el acuerdo con Argentina, según los analistas.
Un escueto comunicado que no fue distribuido el martes a todos los periodistas que cubren la IX Conferencia de Ministros de Defensa de las Américas, Chile y Argentina acordaron conformar ante la ONU una Fuerza de Paz Binacional denominada Cruz del Sur.
Según el informe, el acuerdo fue suscrito en el marco de la UNASUR.
Ravinet manifestó "Argentina y Chile cumplen un ciclo que ha durado cinco años, por lo que ambos países, en un gesto inédito de confianza mutua y de integración, han conformado una brigada para trabajar por la paz bajo Naciones Unidas".
El acuerdo subraya que el próximo año la brigada binacional se abocará a su entrenamiento y alistamiento, y estará completamente operativa en 2012.
No se han especificado otros plazos de entrenamiento entre personal militar de ambas naciones.
Ranivet y Garré asisten a la Conferencia interamericana de Ministros de Defensa que se inició el lunes en esta ciudad boliviana y que concluirá el jueves con la suscripción de un Acta.
Santa Cruz de la Sierra, Bolivia 24 noviembre 2010 (ABI) - Argentina y Chile suscribieron un acuerdo para conformar una fuerza binacional de paz que en el marco de la Organización de las Naciones Unidas (ONU) que entrará en operaciones el año 2012.
El acuerdo fue suscrito el martes en esta ciudad sin la presencia de periodistas entre los ministros de Defensa de Chile y de Argentina, Jaime Ravinet y Nilda Garré, respectivamente.
Según un informe de la página web del Ministerio de Defensa de Chile, el acuerdo deja abiertas las puertas para la incorpoiración de terceros países.
El convenio estaría enmarcado en el Consejo de Seguridad de la Union de Naciones Sudamericanas (UNASUR) y es inédito entre ambas naciones que en 1978 estuvieron a punto de enfrentar un conflicto bélico.
El ministro de Defensa de Bolivia, Rubén Saavedra, anotó que las dos naciones participaron en una reunión de UNASUR el martes y decidieron suscribir un Memorándum bilateral de Entendimiento dirigido a transparentar los gastos militares.
Estados Unidos y Chile ya definieron una metodología para calcular los gastos de transferencias militares que probablemente sea utilizada como referencia en el acuerdo con Argentina, según los analistas.
Un escueto comunicado que no fue distribuido el martes a todos los periodistas que cubren la IX Conferencia de Ministros de Defensa de las Américas, Chile y Argentina acordaron conformar ante la ONU una Fuerza de Paz Binacional denominada Cruz del Sur.
Según el informe, el acuerdo fue suscrito en el marco de la UNASUR.
Ravinet manifestó "Argentina y Chile cumplen un ciclo que ha durado cinco años, por lo que ambos países, en un gesto inédito de confianza mutua y de integración, han conformado una brigada para trabajar por la paz bajo Naciones Unidas".
El acuerdo subraya que el próximo año la brigada binacional se abocará a su entrenamiento y alistamiento, y estará completamente operativa en 2012.
No se han especificado otros plazos de entrenamiento entre personal militar de ambas naciones.
Ranivet y Garré asisten a la Conferencia interamericana de Ministros de Defensa que se inició el lunes en esta ciudad boliviana y que concluirá el jueves con la suscripción de un Acta.
Brasil/A RETOMADA DA INDÚSTRIA NAVAL E A SOBERANIA
19 novembro 2010/Carta Maior http://www.cartamaior.com.br
Para aqueles que, até mesmo nas fileiras da esquerda, chegaram a dizer que os candidatos presidenciais eram todos iguais, eis aqui uma estupenda diferença: enquanto os neoliberais conseguiram demolir e paralisar uma das mais expandidas indústrias navais do mundo, a brasileira - fazendo com que desde 2000 não se produzissem mais navios aqui - o governo Lula acaba por transformar o setor em fonte geradora de emprego, desenvolvimento tecnológico, promoção de justiça social e, especialmente, alavanca indispensável para se alcançar a soberania.
Beto Almeida*
Marinheiro , marinheiro,
Quero ver você no mar
Eu também sou marinheiro
Eu também sei navegar
Geraldo Vandré
Muitas lições podem ser tiradas da retomada da indústria naval no Brasil que nesta sexta-feira lançou, no Estaleiro Mauá, em Niterói mais uma grande embarcação ao mar, o navio Sérgio Buarque de Hollanda. Mas, certamente, deve-se discutir com prioridade que não é possível pensar um Brasil soberano sem uma indústria naval desenvolvida. Para aqueles que, até mesmo nas fileiras da esquerda, chegaram a dizer que os candidatos presidenciais eram todos iguais, eis aqui uma estupenda diferença: enquanto os neoliberais conseguiram demolir e paralisar uma das mais expandidas indústrias navais do mundo, a brasileira - fazendo com que desde 2000 não se produzissem mais navios aqui - o governo Lula acaba por transformar o setor em fonte geradora de emprego, desenvolvimento tecnológico, promoção de justiça social e, especialmente, alavanca indispensável para se alcançar a soberania.
O que pensar de um país com costa superior a 8 mil e 500 quilômetros sem uma indústria naval desenvolvida? Eis aí a tarefa dos neoliberais que se ocuparam de destruir o que havia sido levantado na Era Vargas em particular. O Brasil chegou a ter a sua empresa estatal no setor, a Loyd Brasileiro, e a ocupar uma posição de destaque no cenário mundial da construção naval. A própria navegação de cabotagem teve expressivo desenvolvimento e nem podia ser diferente. Vargas chegou a criar a frota do álcool e do petróleo. Com o neoliberalismo dos anos 90 tem início a demolição devastadora. Ela alcançou todos os pilares estruturais do transporte, seja ferroviário (privatização da Rede Ferroviária), aéreo (privatização da Embraer) e o naval, com a privatização do Loyd Brasileiro seguida de uma programada desindustrialização. O desemprego foi dramático, generalizado.
Organizadores de derrotas
Demolir a indústria naval é organizar a dependência, é organizar a derrota de uma nação. Mais que isto, é programar sua incapacitação para a defesa, pois sem indústria naval não há como ter também uma Marinha equipada à altura dos potenciais de riqueza que devem ser defendidos. As autoridades de defesa já indicaram, em numerosas oportunidades, a situação de desarmamento em que se encontra e ainda se encontra a Marina Brasileira, agora em fase de recuperação. É certo que ainda falta muito, porém, recuperar a indústria naval é condição indispensável para organizar uma capacidade de defesa do porte das magníficas riquezas que o petróleo pré-sal representa. Aí está o desafio. Nesta linha de raciocínio podemos concluir que uma indústria naval recuperada é fator que se junta à Nova Estratégia de Defesa Nacional.
Há alguns anos, antes da divulgação da existência do petróleo pré-sal, a imprensa noticiou a existência de um estranho relatório da CIA indicando que as plataformas da Petrobrás em alto-mar eram muito vulneráveis a atentados terroristas. Seria um relatório ou seria uma espécie torta de ameaça, ainda que velada? Agora, vemos a Quarta Frota dos EUA ser retomada e se insinuar pelos mares do sull depois de décadas paralisada. Junte-se a isto, a discussão recente na OTAN sobre a mudança de sua doutrina militar, cujo raio de operação deverá incluir o Atlântico Sul. De fato, na situação atual a Marinha não tem ainda as condições para realizar uma defesa efetiva de todo o potencial de riquezas contido na plataforma continental brasileira. Esta área, agora ampliada para 350 milhas, também chamada Amazônia Azul, possui, além de petróleo, gigantescas reservas de biodiversidade sempre desafiando nossas universidades e os centros de tecnologia da Marinha para o desenvolvimento das tecnologias apropriadas ao seu adequado aproveitamento em favor do nosso povo.
Em resposta à proposta de intervencionismo ampliado da OTAN, o governo brasileiro, pela voz do Ministro da Defesa, Nelson Jobim, já afirmou que as nações desta região sul deverão capacitar-se para ter a condição de dizer NÃO quando chegar a situação de ter que dizê-lo concretamente, ou seja, tendo capacidade de defesa para fazê-lo. Sem indústria naval, sem tecnologia própria, sem indústria de defesa, não há como falar de soberania efetiva.
A retomada da indústria naval, o projeto do submarino nuclear, o reequipamento da Marinha, e, sobretudo, sua modernização, são medidas que sintonizam-se plenamente com a renacionalização da Petrobrás, sua consolidação e com medidas que recuperam o papel do estado na formulação das diretrizes econômicas. Ou seja, exatamente ao contrário dos governos neoliberais, para quem o estado deve ser mínimo. Afinal, ricos não precisam de estado. A informação de que há centenas de navios e embarcações encomendadas pela Petrobrás, gerando milhares e milhares de empregos qualificados e com carteira assinada, reforçam o movimento sindical, a previdência, o mercado interno. Até mesmo a Escola Técnica do Arsenal de Marinha, que há 10 anos estava paralisada, voltou a ativa e está formando técnicos imediatamente contratados pela construção naval. Até a estatal venezuelana, a PDVSA, tem encomendados no Brasil a construção de 17 embarcações petroleiras. Integração produtiva latino-americana é o outro ingrediente neste episódio.
Soberania em vários quadrantes
Mas, para além desta conclusão que liga recuperação naval e soberania, o lançamento do novo navio, cuja madrinha é a cantora Miúcha, estimula a reflexão sobre outras medidas necessárias. Se era absurdo um país do porte do Brasil não tivesse uma indústria naval, também o é não ter sob controle público a indústria aeronáutica, sobretudo porque a Embraer foi produto de um esforço da poupança nacional, irresponsavelmente entregue aos interesses internacionais, quando há todo um potencial de aproveitamento da aviação regional por desenvolver aqui no Brasil. O resultado da privatização da Embraer e sua dependência do mercado internacional foi a demissão de mais de 4 mil trabalhadores da ex-estatal quando a crise estourou no capitalismo do primeiro mundo. Certamente, a estratégia deve voltar-se para o mercado interno. Como disse Lula no lançamento do “Sérgio Buarque de Hollanda” enquanto os EUA estão perdendo 70 mil empregos, o Brasil está gerando este ano mais de 2 milhões e meio de novos postos de trabalho. Aqui nasce uma nova classe média, nos EUA há uma erosão na classe média, que está sendo despejada, dormindo nas praças públicas... Com a imensidão do Brasil e sem sistema de transporte ferroviário eficiente - também foi demolido - a aviação regional poderia receber um grande impulso no Brasil, mas não sem antes recuperar o controle sobre a Embraer, como está fazendo na área naval e de petróleo.
Cultura e soberania
Assim sucessivamente. Todas as medidas neoliberais resultaram em enormes prejuízos para a poupança popular, ou para a tecnologia nacional, ou para a soberania. Ou tudo junto. Se fôssemos analisar o cinema, por exemplo, quando existia a Embrafilme, cerca de 40 por cento do mercado cinematográfico era ocupado por produção nacional. Bons filmes e maus filmes, como em todo lado. Mas, havia uma indústria viva, gerando empregos, absorvendo talentos, renovando-se e superando em linguagem e em capacidade produtiva. O fim da Embrafilme jogou o cinema brasileiro no chão. Sob aplausos do cinema norte-americano que passou a ocupar 95 por cento do mercado brasileiro. E cinema também é soberania, como parte da construção da identidade nacional.
A retomada da indústria naval, do papel protagonista do estado, são medidas inequivocamente necessárias. E respondem concretamente aos sinais de aprofundamento da crise nos centros do capitalismo. E bem sabemos, pela história, que as crises mais agudas do capitalismo tendem a buscar superação na economia de guerra. Por isto o intervencionismo crescente, sem que Obama possa mudar quase nada. Por isso o reforço orçamentário da indústria bélica dos EUA, a principal rubrica do orçamento, o que equivale a uma ameaça contra os países que possuem grandes reservas de riqueza, como é o nosso caso. E ainda não nos recuperamos plenamente da devastadora demolição organizada pelos neoliberais, um desarmamento unilateral, em favor dos que pretendem tomar conta dos mares, ignorando soberanias e o direito dos povos.
Há um conjunto de sinais sombrios indicando que o mundo cobrará de nós brasileiros a coragem e a rebeldia de João Cândido, da Revolta da Chibata, o almirante negro da música de Aldir Branco e João Bosco. Mas, a embarcação do Brasil Nação está encontrando o rumo certo.
* Beto Almeida é membro da Junta Diretiva da Telesur
Para aqueles que, até mesmo nas fileiras da esquerda, chegaram a dizer que os candidatos presidenciais eram todos iguais, eis aqui uma estupenda diferença: enquanto os neoliberais conseguiram demolir e paralisar uma das mais expandidas indústrias navais do mundo, a brasileira - fazendo com que desde 2000 não se produzissem mais navios aqui - o governo Lula acaba por transformar o setor em fonte geradora de emprego, desenvolvimento tecnológico, promoção de justiça social e, especialmente, alavanca indispensável para se alcançar a soberania.
Beto Almeida*
Marinheiro , marinheiro,
Quero ver você no mar
Eu também sou marinheiro
Eu também sei navegar
Geraldo Vandré
Muitas lições podem ser tiradas da retomada da indústria naval no Brasil que nesta sexta-feira lançou, no Estaleiro Mauá, em Niterói mais uma grande embarcação ao mar, o navio Sérgio Buarque de Hollanda. Mas, certamente, deve-se discutir com prioridade que não é possível pensar um Brasil soberano sem uma indústria naval desenvolvida. Para aqueles que, até mesmo nas fileiras da esquerda, chegaram a dizer que os candidatos presidenciais eram todos iguais, eis aqui uma estupenda diferença: enquanto os neoliberais conseguiram demolir e paralisar uma das mais expandidas indústrias navais do mundo, a brasileira - fazendo com que desde 2000 não se produzissem mais navios aqui - o governo Lula acaba por transformar o setor em fonte geradora de emprego, desenvolvimento tecnológico, promoção de justiça social e, especialmente, alavanca indispensável para se alcançar a soberania.
O que pensar de um país com costa superior a 8 mil e 500 quilômetros sem uma indústria naval desenvolvida? Eis aí a tarefa dos neoliberais que se ocuparam de destruir o que havia sido levantado na Era Vargas em particular. O Brasil chegou a ter a sua empresa estatal no setor, a Loyd Brasileiro, e a ocupar uma posição de destaque no cenário mundial da construção naval. A própria navegação de cabotagem teve expressivo desenvolvimento e nem podia ser diferente. Vargas chegou a criar a frota do álcool e do petróleo. Com o neoliberalismo dos anos 90 tem início a demolição devastadora. Ela alcançou todos os pilares estruturais do transporte, seja ferroviário (privatização da Rede Ferroviária), aéreo (privatização da Embraer) e o naval, com a privatização do Loyd Brasileiro seguida de uma programada desindustrialização. O desemprego foi dramático, generalizado.
Organizadores de derrotas
Demolir a indústria naval é organizar a dependência, é organizar a derrota de uma nação. Mais que isto, é programar sua incapacitação para a defesa, pois sem indústria naval não há como ter também uma Marinha equipada à altura dos potenciais de riqueza que devem ser defendidos. As autoridades de defesa já indicaram, em numerosas oportunidades, a situação de desarmamento em que se encontra e ainda se encontra a Marina Brasileira, agora em fase de recuperação. É certo que ainda falta muito, porém, recuperar a indústria naval é condição indispensável para organizar uma capacidade de defesa do porte das magníficas riquezas que o petróleo pré-sal representa. Aí está o desafio. Nesta linha de raciocínio podemos concluir que uma indústria naval recuperada é fator que se junta à Nova Estratégia de Defesa Nacional.
Há alguns anos, antes da divulgação da existência do petróleo pré-sal, a imprensa noticiou a existência de um estranho relatório da CIA indicando que as plataformas da Petrobrás em alto-mar eram muito vulneráveis a atentados terroristas. Seria um relatório ou seria uma espécie torta de ameaça, ainda que velada? Agora, vemos a Quarta Frota dos EUA ser retomada e se insinuar pelos mares do sull depois de décadas paralisada. Junte-se a isto, a discussão recente na OTAN sobre a mudança de sua doutrina militar, cujo raio de operação deverá incluir o Atlântico Sul. De fato, na situação atual a Marinha não tem ainda as condições para realizar uma defesa efetiva de todo o potencial de riquezas contido na plataforma continental brasileira. Esta área, agora ampliada para 350 milhas, também chamada Amazônia Azul, possui, além de petróleo, gigantescas reservas de biodiversidade sempre desafiando nossas universidades e os centros de tecnologia da Marinha para o desenvolvimento das tecnologias apropriadas ao seu adequado aproveitamento em favor do nosso povo.
Em resposta à proposta de intervencionismo ampliado da OTAN, o governo brasileiro, pela voz do Ministro da Defesa, Nelson Jobim, já afirmou que as nações desta região sul deverão capacitar-se para ter a condição de dizer NÃO quando chegar a situação de ter que dizê-lo concretamente, ou seja, tendo capacidade de defesa para fazê-lo. Sem indústria naval, sem tecnologia própria, sem indústria de defesa, não há como falar de soberania efetiva.
A retomada da indústria naval, o projeto do submarino nuclear, o reequipamento da Marinha, e, sobretudo, sua modernização, são medidas que sintonizam-se plenamente com a renacionalização da Petrobrás, sua consolidação e com medidas que recuperam o papel do estado na formulação das diretrizes econômicas. Ou seja, exatamente ao contrário dos governos neoliberais, para quem o estado deve ser mínimo. Afinal, ricos não precisam de estado. A informação de que há centenas de navios e embarcações encomendadas pela Petrobrás, gerando milhares e milhares de empregos qualificados e com carteira assinada, reforçam o movimento sindical, a previdência, o mercado interno. Até mesmo a Escola Técnica do Arsenal de Marinha, que há 10 anos estava paralisada, voltou a ativa e está formando técnicos imediatamente contratados pela construção naval. Até a estatal venezuelana, a PDVSA, tem encomendados no Brasil a construção de 17 embarcações petroleiras. Integração produtiva latino-americana é o outro ingrediente neste episódio.
Soberania em vários quadrantes
Mas, para além desta conclusão que liga recuperação naval e soberania, o lançamento do novo navio, cuja madrinha é a cantora Miúcha, estimula a reflexão sobre outras medidas necessárias. Se era absurdo um país do porte do Brasil não tivesse uma indústria naval, também o é não ter sob controle público a indústria aeronáutica, sobretudo porque a Embraer foi produto de um esforço da poupança nacional, irresponsavelmente entregue aos interesses internacionais, quando há todo um potencial de aproveitamento da aviação regional por desenvolver aqui no Brasil. O resultado da privatização da Embraer e sua dependência do mercado internacional foi a demissão de mais de 4 mil trabalhadores da ex-estatal quando a crise estourou no capitalismo do primeiro mundo. Certamente, a estratégia deve voltar-se para o mercado interno. Como disse Lula no lançamento do “Sérgio Buarque de Hollanda” enquanto os EUA estão perdendo 70 mil empregos, o Brasil está gerando este ano mais de 2 milhões e meio de novos postos de trabalho. Aqui nasce uma nova classe média, nos EUA há uma erosão na classe média, que está sendo despejada, dormindo nas praças públicas... Com a imensidão do Brasil e sem sistema de transporte ferroviário eficiente - também foi demolido - a aviação regional poderia receber um grande impulso no Brasil, mas não sem antes recuperar o controle sobre a Embraer, como está fazendo na área naval e de petróleo.
Cultura e soberania
Assim sucessivamente. Todas as medidas neoliberais resultaram em enormes prejuízos para a poupança popular, ou para a tecnologia nacional, ou para a soberania. Ou tudo junto. Se fôssemos analisar o cinema, por exemplo, quando existia a Embrafilme, cerca de 40 por cento do mercado cinematográfico era ocupado por produção nacional. Bons filmes e maus filmes, como em todo lado. Mas, havia uma indústria viva, gerando empregos, absorvendo talentos, renovando-se e superando em linguagem e em capacidade produtiva. O fim da Embrafilme jogou o cinema brasileiro no chão. Sob aplausos do cinema norte-americano que passou a ocupar 95 por cento do mercado brasileiro. E cinema também é soberania, como parte da construção da identidade nacional.
A retomada da indústria naval, do papel protagonista do estado, são medidas inequivocamente necessárias. E respondem concretamente aos sinais de aprofundamento da crise nos centros do capitalismo. E bem sabemos, pela história, que as crises mais agudas do capitalismo tendem a buscar superação na economia de guerra. Por isto o intervencionismo crescente, sem que Obama possa mudar quase nada. Por isso o reforço orçamentário da indústria bélica dos EUA, a principal rubrica do orçamento, o que equivale a uma ameaça contra os países que possuem grandes reservas de riqueza, como é o nosso caso. E ainda não nos recuperamos plenamente da devastadora demolição organizada pelos neoliberais, um desarmamento unilateral, em favor dos que pretendem tomar conta dos mares, ignorando soberanias e o direito dos povos.
Há um conjunto de sinais sombrios indicando que o mundo cobrará de nós brasileiros a coragem e a rebeldia de João Cândido, da Revolta da Chibata, o almirante negro da música de Aldir Branco e João Bosco. Mas, a embarcação do Brasil Nação está encontrando o rumo certo.
* Beto Almeida é membro da Junta Diretiva da Telesur
África do Sul/Argentina: Governos assinam acordo militar
Cidade do Cabo, 22 novembro 2010 (Angola Press) – Os governos da África do Sul e da Argentina assinaram domingo um acordo de cooperação militar, anunciou um porta-voz do governo sul-africanos, Ndivhuwo Mabaya.
Ndivhuwo Mabaya precisou que o acordo se centra nos domínios da tecnologia, saúde militar, organização de exercícios militares conjuntos e operações busca e salvação no Atlântico sul.
O acordo foi assinado pelo ministro sul-africano da Defesa, Lindiwe Sisulu e a sua homóloga argentina, Nilda Garre.
A cerimónia decorreu num navio sul-africano, SAS Drakensberg, que se encontrava na Argentina para participar no exercício naval com marines da Argentina, Brasil e do Uruguai.
“É um exercício dos países do hemisfério Sul no quadro da sua cooperação em matéria de segurança marítima”, declarou Mabaya.
Ndivhuwo Mabaya precisou que o acordo se centra nos domínios da tecnologia, saúde militar, organização de exercícios militares conjuntos e operações busca e salvação no Atlântico sul.
O acordo foi assinado pelo ministro sul-africano da Defesa, Lindiwe Sisulu e a sua homóloga argentina, Nilda Garre.
A cerimónia decorreu num navio sul-africano, SAS Drakensberg, que se encontrava na Argentina para participar no exercício naval com marines da Argentina, Brasil e do Uruguai.
“É um exercício dos países do hemisfério Sul no quadro da sua cooperação em matéria de segurança marítima”, declarou Mabaya.
Brasil/MST reúne 2 mil crianças Sem Terrinhas em Recife
23 novembro 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br
O 11º Encontro Estadual dos Sem Terrinha começa nesta segunda-feira, às 16 horas, no Ginásio de Esportes do Geraldão, no Recife. A atividade, que vai até o próximo dia 24 de novembro, conta com a participação de cerca de 2 mil crianças Sem Terra, vindas de acampamentos e assentamentos do MST em todo o Estado de Pernambuco.
Participam também um grupo de crianças de assentamentos organizados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e um grupo de "Sem Tetinho", crianças oriundas de ocupações urbanas organizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Durante o encontro, as crianças participam de oficinas pedagógicas conduzidas por estudantes e integrantes de diversas organizações, entidades e grupos culturais comprometidos com o desenvolvimento das crianças para que elas venham a se tornar sujeitos históricos e não
apenas consumidores, além das oficinas oferecidas pelos educadores do próprio Geraldão.
Serão mais de 50 oficinas que variam de oficinas de esportes como vólei e capoeira, oficinas de artes e cultura como dança, desenho, reciclagem, até oficinas pedagógicas, onde, de maneira lúdica, as crianças trabalharão temas como gênero, luta pela terra e educação ambiental.
Nas noites, acontecem apresentações culturais organizadas pelas próprias crianças Sem Terra, além apresentação de grupos como Mamulengo Jurubeba e Coco de Umbigadinha.
Ao promover o encontro das crianças Sem Terra de todo o estado entre elas e com outras crianças que também vivem em processos de luta por direitos e por uma sociedade mais justa, o encontro se transforma em uma grande festa para compartilhar experiências culturais das crianças.
Identidade de luta
Dessa forma, fortalece a identidade da criança Sem Terra na luta e valorizando a organização dessas crianças nos acampamentos e assentamentos em que vivem.
O encontro tem também um caráter político e reivindicatório, no sentido de integrar desde já as crianças como sujeitos ativos no seu processo educativo e no processo de transformação social.
Com o tema: "Como fazer a escola transformando a história", as crianças colocam as demandas das escolas, espaços de lazer e infra-estrutura nos assentamentos, levando a problemática da educação do campo para a sociedade e os poderes públicos.
Assim, o Encontro dos Sem Terrinha é um espaço em que as crianças levam seu jeito de lutar, brincando, aprendendo e reivindicando.
Serviço:
Programação
Dia 22/11 - Segunda-feira
16 horas - Abertura
Mamulengo Jurubeba
Cine Anima
Dia 23/11 - Terça-feira
Manhã e tarde: Oficinas Pedagógicas
20 horas - Noite Cultural
Apresentações Sem Terrinha
Coco de Umbigadinha
Baião da Infância da Terra
24/11 - Quarta-feira
Manhã: Ato Político
15 horas - Encerramento
Grupo de Percussão e Dança do Alto Santa Terezinha
Grupo de Maracatu do Ibura
Grupo de Hip Hop do Geraldão
Educação, Cultura e Comunicação
Fonte: MST
O 11º Encontro Estadual dos Sem Terrinha começa nesta segunda-feira, às 16 horas, no Ginásio de Esportes do Geraldão, no Recife. A atividade, que vai até o próximo dia 24 de novembro, conta com a participação de cerca de 2 mil crianças Sem Terra, vindas de acampamentos e assentamentos do MST em todo o Estado de Pernambuco.
Participam também um grupo de crianças de assentamentos organizados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e um grupo de "Sem Tetinho", crianças oriundas de ocupações urbanas organizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Durante o encontro, as crianças participam de oficinas pedagógicas conduzidas por estudantes e integrantes de diversas organizações, entidades e grupos culturais comprometidos com o desenvolvimento das crianças para que elas venham a se tornar sujeitos históricos e não
apenas consumidores, além das oficinas oferecidas pelos educadores do próprio Geraldão.
Serão mais de 50 oficinas que variam de oficinas de esportes como vólei e capoeira, oficinas de artes e cultura como dança, desenho, reciclagem, até oficinas pedagógicas, onde, de maneira lúdica, as crianças trabalharão temas como gênero, luta pela terra e educação ambiental.
Nas noites, acontecem apresentações culturais organizadas pelas próprias crianças Sem Terra, além apresentação de grupos como Mamulengo Jurubeba e Coco de Umbigadinha.
Ao promover o encontro das crianças Sem Terra de todo o estado entre elas e com outras crianças que também vivem em processos de luta por direitos e por uma sociedade mais justa, o encontro se transforma em uma grande festa para compartilhar experiências culturais das crianças.
Identidade de luta
Dessa forma, fortalece a identidade da criança Sem Terra na luta e valorizando a organização dessas crianças nos acampamentos e assentamentos em que vivem.
O encontro tem também um caráter político e reivindicatório, no sentido de integrar desde já as crianças como sujeitos ativos no seu processo educativo e no processo de transformação social.
Com o tema: "Como fazer a escola transformando a história", as crianças colocam as demandas das escolas, espaços de lazer e infra-estrutura nos assentamentos, levando a problemática da educação do campo para a sociedade e os poderes públicos.
Assim, o Encontro dos Sem Terrinha é um espaço em que as crianças levam seu jeito de lutar, brincando, aprendendo e reivindicando.
Serviço:
Programação
Dia 22/11 - Segunda-feira
16 horas - Abertura
Mamulengo Jurubeba
Cine Anima
Dia 23/11 - Terça-feira
Manhã e tarde: Oficinas Pedagógicas
20 horas - Noite Cultural
Apresentações Sem Terrinha
Coco de Umbigadinha
Baião da Infância da Terra
24/11 - Quarta-feira
Manhã: Ato Político
15 horas - Encerramento
Grupo de Percussão e Dança do Alto Santa Terezinha
Grupo de Maracatu do Ibura
Grupo de Hip Hop do Geraldão
Educação, Cultura e Comunicação
Fonte: MST
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