segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

MORREM OS PRIMEIROS SEIS SOLDADOS COLOMBIANOS, UM ARGENTINO UM MEXICANO NA GUERRA NO IÉMEN

13 dezembro 2015, Odiario.info http://www.odiario.info (Portugal)

Os Editores

Publicamos estas duas notícias como documento. Falam por si, e dizem muito: do negócio da guerra e do recrutamento de mercenários, assassinos profissionais e carne para canhão mais ou menos bem paga, oriunda em muitos casos dos extractos sociais marginalizados e das camadas pobres de países afundados na crise que o próprio capitalismo gera.

Seis soldados colombianos e o seu comandante australiano, de uma empresa militar estado-unidense no Iémen, morreram durante confrontos na cidade de Taiz (sudoeste), regista a YemenTV.

De acordo com a informação divulgada esta terça-feira pela cadena iemenita de televisão YemenTV, seis soldados colombianos e o seu comandante australiano, chamado Philip Stitman, perderam a vida em combates entre forças iemenitas e estrangeiras na cidade de
Taiz, no sudoeste do país.

Segundo essa fonte, o incidente teve lugar depois de as unidades do Exército, apoiadas por combatentes do movimento popular iemenita Ansarolá, lançarem ataques contra as forças invasoras lideradas pelo regime saudita na região de Al-Amri, na mencionada província.

Além disso, indica que os sete mercenários estrangeiros mortos trabalhavam para a empresa militar Blackwater, com a qual os Emiratos Árabes Unidos (EAU), um forte aliado de Riad na sua ofensiva contra o Iémen, mantém contrato para o envio de forças estrangeiras que lutem ao serviço dos sauditas no Iémen.

Depois de países como Egipto, Catar e Bahrein, entre outros, terem enviado centenas de soldados como parte da ofensiva militar liderada por Riad contra o Iémen, os meios de comunicação fizeram eco da presença de pelo menos 800 soldados latino-americanos, em concreto, colombianos, no Iémen.

Posteriormente, o diário norte-americano The New York Times revelou em Novembro passado que os EAU tinham enviado em segredo uns 450 mercenários colombianos, panamianos, salvadorenhos e chilenos para lutar no Iémen.

O envio de forças latino-americanas para o Iémen é parte de um exército privado alugado por esse país árabe à empresa Blackwater, que proporciona serviços de segurança, neste caso, às forças armadas dos emiratos, com o fim de ampliar a sua influência na cidade de Áden, no sul do Iémen.

Em Março a Arabia Saudita, prescindindo da autorização da Organização das Nações Unidas (ONU), lançou uma ofensiva militar contra o Iémen numa tentativa de eliminar da equação o movimento popular iemenita Ansarolá e restaurar no poder o ex-presidente fugitivo, Abdu Rabu Mansur Hadi, um aliado próximo de Riad.

Com base nas mais recentes estatísticas da ONU, a guerra saudita no Iémen já causou mais de 32.000 vítimas, entre mortos e feridos, na sua maioria civis.

Um argentino e um mexicano morrem em confrontos no Iémen
Mais dois mercenários latinos da Blackwater faleceram em confrontos com o Ansarolá enquanto davam apoio a uma invasão ao sul do Iémen.

Dois militares da empresa militar privada estado-unidense Blackwater faleceram esta quarta-feira durante um confronto com unidades do Exército iemenita apoiadas por combatentes do movimento popular Ansarolá.

O acontecimento verificou-se na cidade de Taiz (sudoeste) quando o combatente argentino e o seu comandante mexicano, Macias Bacneba, pretendiam abrir caminho ao avanço das forças invasoras lideradas pelo regime saudita em direcção ao acampamento Omari de Zbab, na mencionada província.

Media iemenitas afirmam que os Emiratos Árabes Unidos e a Arabia Saudita mantém um chorudo contrato com a empresa militar Blackwater como parte da sua ofensiva para controlar os recursos naturais do Iémen.

A queda dos dois combatentes latinos dá-se logo após uns seis colombianos e um panamiano terem falecido durante confrontos contra militantes do Ansarolá que resistem a que as tropas da Arabia Saudita consigam o controlo do sudoeste do país.

A presença de combatentes latinos intensifica-se no Iémen graças ao bom salário que a empresa estado-unidense Blackwater oferece. Neste caso, a empresa fornece serviços de segurança às forças armadas dos emiratos que procuram ampliar a sua influência na cidade de Áden, no sul do Iémen.

Durante a sua intervenção ante a Organização das Nações Unidas (ONU) em Setembro de 2015 o ex-presidente do Iémen, Abdrabuh Mansour Hadi Mansour, omitiu que os contínuos ataques terroristas que o seu país sofre provêem da coligação liderada pela Arabia Saudita.

O Iémen é vítima de ataques terroristas por parte da coligação liderada pela Arabia Saudita, que procura apropriar-se dos principais recursos naturais desse país, em especial das jazidas recentemente descobertas de petróleo e gás natural, que são bastante atractivas para os Estados Unidos e seus aliados.



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