quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Angola/TRIBUTO AO HERÓI NACIONAL

17 setembro 2015, Jornal de Angola http://jornaldeangola.sapo.ao (Angola)

Dionísio David, Ondjiva e Ana Paulo, Luanda

A cidade de Ondjiva, Cunene, acolhe hoje o acto central alusivo ao 17 de Setembro, data consagrada ao Herói Nacional e primeiro Presidente de Angola, Dr. António Agostinho Neto.

A cerimónia deve ser presidida pelo ministro da Defesa Nacional, general João Lourenço.

Diversas individualidades, entre as quais a viúva do Fundador da Nação angolana, Maria Eugênia Neto, encontram-se já na capital da província do Cunene para participar na cerimónia que vai culminar com a inauguração de vários empreendimentos sociais e económicos.

De acordo com o programa, devem ser inaugurados em Ondjiva alguns edifícios, com destaque para
o das obras públicas, administração municipal do Cuanhama, casas evolutivas, lojas comunitárias, escolas do I e II Ciclos, entre outros.

Na abertura das jornadas provinciais alusivas ao 17 de Setembro, na semana passada, o coordenador da comissão provincial preparatória do evento, Cristino Ndeitunga, falou do Presidente Neto. Na presença de membros do governo, do Conselho de Auscultação e Concertação Social, e representantes da sociedade civil, Cristino Ndeitunga fez um historial sobre a vida e obra de Agostinho Neto.

“O 17 de Setembro é uma homenagem mais do que merecida ao Herói Nacional, que desde as primeiras horas deu o seu melhor à causa do povo angolano”, afirmou, lembrando que a  história de Agostinho Neto começou a ser escrita desde o dia 10 de Setembro de 1922, na região de Caxicane, Icolo e Benco, sua terra natal. O coordenador da comissão provincial preparatória do evento considerou António Agostinho Neto como um  “político de alto calibre e um estadista africano de raras qualidades, que colocou sempre a sua vida ao serviço da Revolução”.
 
Em Luanda, o ministro da Saúde destacou o espírito humanista do primeiro Presidente angolano, afirmando que, nas suas intervenções,  Agostinho Neto teve sempre o homem no centro. José Van-Dúnem, que falou durante uma conferência sobre “Agostinho Neto, médico e humanista”, sublinhou que o Presidente Neto entendia que era importante escolarizar as crianças, tendo daí surgido o lema segundo o qual “estudar era um dever revolucionário”. Segundo ainda o ministro, Neto defendeu que ao lado de cada profissional estrangeiro devia haver pelo menos dois angolanos a aprender.

O ministro afirmou que o legado de Neto continua a ser materializado nas suas mais variadas vertentes, em prol da população. Hoje, disse, pode-se constatar  que  foram alcançados  progressos  notáveis  no que  respeita à esperança de vida, à redução da mortalidade materno-infantil, controlo e prevenção de doenças como VIH/Sida, malária e pólio.

O secretário provincial de Luanda do MPLA, Bento Bento, disse à imprensa que os ideais do primeiro Presidente de Angola estão patentes para o todo sempre, visto que Agostinho Neto foi um grande condutor da luta de libertação nacional. 

Combate à pobreza
O programa de Luta Contra a Fome e Pobreza na província do Cunene atingiu níveis satisfatórios, com  avanços na Educação, Saúde, Energia e Água, afirmou ontem o vice-governador para a Área Económica. António Candeeiro disse que foram construídas 497 casas evolutivas nos seis municípios, abertos 28 furos de água, instalados  oito chafarizes  e reabilitadas dez estradas terciárias. O vice-governador indicou a melhoria no fornecimento de energia às comunidades, através da aquisição de geradores. Sobre a merenda escolar, Cunene atingiu níveis satisfatórios, por ter abrangido 81.999 alunos de 388 escolas, revelou.

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