Em artigo, a ex-presidente Dilma Roussef apresentou um
diagnóstico dos ataques de Bolsonaro às universidades e fez uma veemente
convocação às manifestações em defesa da educação, nesta quarta: "Todos os
cidadãos e cidadãs brasileiros devem ser apoiadores dessa luta, que representa
a defesa de nosso futuro com democracia, diversidade e prosperidade"; leia
a íntegra do artigo
247 - Em artigo publicado em seu site, a ex-presidente Dilma Roussef apresentou um
diagnóstico dos ataques do governo Jair Bolsonaro às universidades e fez
uma veemente convocação de mobilização e apoio da sociedade às manifestações em
defesa da educação, nesta quarta-feira (15): "Todos os cidadãos e cidadãs
brasileiros devem ser apoiadores dessa luta, que representa a defesa de nosso
futuro com democracia, diversidade e prosperidade".
Leia a íntegra do artigo:
Dilma: “Se eles destruíram nosso presente, cabe a nós salvar o futuro do
País”
13/05/2019 6:26, Dilma http://dilma.com.br/dilma-se-eles-destruiram-nosso-presente-cabe-nos-salvar-o-futuro-do-pais/
Em artigo, a ex-presidenta faz diagnóstico do ataque de
Bolsonaro às universidades e conclama apoio da sociedade às manifestações em
defesa da educação, na quarta-feira, 15 de maio
Dilma Rousseff
O acesso à
educação – da creche à pós-graduação – foi o compromisso estratégico dos
governos do PT. Esse compromisso tem a ver com o fato da educação viabilizar
três requisitos que são a perenidade na superação da miséria e da
pobreza: a conquista da economia do conhecimento necessária para produzir
ciência, o desenvolvimento de tecnologia e difusão de inovações e o
fortalecimento da consciência e cidadania por meio do acesso e do suporte à
cultura.
Ao cortar em
30% os recursos orçamentários das universidades federais o governo Bolsonaro
está ferindo de morte a educação, a cultura, a ciência, a tecnologia e inovação
brasileiras. Na verdade, não há
educação de qualidade nos níveis infantil, básico, médio e técnico sem educação universitária e pós-universitária, sem professores bem formados. Por isso, sucatear universidades implica o desmantelamento de todo o ensino. Como também não há possibilidade de desenvolver ciência básica sem as universidades, sem seus pesquisadores e professores, sem estudantes e bolsistas.
educação de qualidade nos níveis infantil, básico, médio e técnico sem educação universitária e pós-universitária, sem professores bem formados. Por isso, sucatear universidades implica o desmantelamento de todo o ensino. Como também não há possibilidade de desenvolver ciência básica sem as universidades, sem seus pesquisadores e professores, sem estudantes e bolsistas.
O governo
ilegítimo de Michel Temer já desmantelara o orçamento das universidades
cortando a maioria dos investimentos e parte significativa do custeio. E
aprovara a Emenda Constitucional 95, a PEC do Teto de Gastos, limitando por 20
anos o investimento em educação e saúde. É sobre esta base já exígua, que
o governo agora impõe novo corte de 30% nas chamadas despesas não obrigatórias.
Na verdade, a restrição em 30% recai sobre todos as ações que permitem o
funcionamento das universidades.
O “caldo de
incultura” que permeou o anúncio do corte é uma marca do governo Bolsonaro. As
três universidades pelas quais o ministro começou o ataque foram acusadas de
“balbúrdia”, exemplificada pela presença de “sem terra dentro do campus,
gente pelada dentro do campus”. Só depois, ao perceber a fragilidade da
justificativa, estendeu os cortes a todas as universidades.
A ofensiva do
governo Bolsonaro continua com o bloqueio generalizado das bolsas de mestrado e
doutorado, oferecidas pela Capes. Esta medida inviabiliza a realização de
pesquisas no País, grande parte das quais, realizadas nas universidades
federais.
Esse ataque
brutal às universidades encontra a comunidade acadêmica – estudantes,
professores, reitores, funcionários – no centro da resistência à ofensiva
retrógrada do governo Bolsonaro. Todos os cidadãos e cidadãs brasileiros devem
ser apoiadores dessa luta, que representa a defesa de nosso futuro com
democracia, diversidade e prosperidade.
Todo apoio às
manifestações e, em especial, àquelas em defesa das universidades.
Tudo está
indicando que, em 15 de Maio, quarta-feira, Dia Nacional de Luta, a mobilização
contra a Reforma da Previdência terá a comunidade universitária articulando a
resistência aos retrocessos do governo Bolsonaro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário