quarta-feira, 16 de abril de 2014

Moçambique vai terminar presidência da CPLP com “chave de ouro”

15 abril 2014, Portal do Governo http://www.portaldogoverno.gov.mz (Moçambique)

Maputo (AIM) – O ministro da Ciência e Tecnologias de Moçambique, Luís Pelembe, afirma que o país vai entregar o exercício da presidência da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) ao Timor-Leste, este ano, com a aprovação, hoje, de um plano estratégico de cooperação multilateral.

O referido documento é um instrumento que vai guiar a cooperação entre os países membros da comunidade nos domínios do ensino superior e da ciência e tecnologia.

O plano integra pontos tais como a formação e capacitação de recursos humanos para várias áreas de interesse dos países e colaboração de instituições científicas e de educação superior dos países da CPLP,
o uso da ciência e tecnologia para mitigar a pobreza, entre outros.

Pelembe falava no âmbito da VI Reunião dos Ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da CPLP, que decorre hoje na capital moçambicana, sob o lema “Contributo da Ciência e Tecnologia no Alcance da Segurança Alimentar e Nutricional”.

“Viemos fazer a última reunião ordinária da presidência de Moçambique na CPLP. Vamos aprovar o plano estratégico. A aprovação deste plano vai ser fecho de ouro do exercício da presidência moçambicana”, sublinhou Pelembe.

Refira-se que, desde a criação da CPLP, as áreas de ciência e tecnologia não contavam com um plano estratégico. Por isso, o ministro acredita que a presente reunião vai ficar marcada na história da organização.
O plano começou a ser preparado em 2013, durante a reunião extraordinária havida em Maputo.

Sobre o lema escolhido para o evento, a fonte explicou que deve-se ao facto de a segurança alimentar e nutricional ainda constitui um problema que afecta parte considerável da população dos países membros da CPLP, actualmente estimada em 250 milhoes de habitantes.

Assim, a ciência e tecnologia podem contribuir para a mitigação do problema, através de adopção de tecnologias que, por exemplo, aumentem a produtividade agrícola.

Aliás, a presidência moçambicana, na CPLP, cinge-se no uso da ciência e tecnologia para o alcance da segurança alimentar e nutricional.

Questionado sobre o grau de implementação das decisões saídas do encontro de 2013, que também versava sobre segurança alimentar e nutricional, Pelembe disse “cumprimos com as
recomendações. O encontro exortou para que pudéssemos fazer um plano estratégico. O plano estratégico já está feito”.

Por seu turno, o director para a Acção Cultural e Língua Portuguesa da CPLP, Luís Kandjimbo, disse que, com o plano aprovado, o executivo da CPLP alterará “o estado das coisas” sobretudo na reflexão, acção e envolvimento de entidades públicas e privadas, que operam nos domínios do ensino superior e ciência e tecnologias.

Para o efeito, a organização está a desenvolver, ao nível do secretariado executivo, uma reflexão sobre uma nova visão estratégica para enfrentar os próximos desafios, que caracterizam a agenda global.
“Em 2015, teremos, de certeza, essa visão elaborada para corresponder às expectativas de todos os cidadãos da CPLP, que pretendem sentir que pertencem à uma comunidade”, garantiu.

A presidência da CPLP é rotativa, com um mandato de dois anos. Moçambique assumiu em Julho de 2012. A CPLP incorpora Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal.

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