25 outubro 2011/Vermelho http://www.vermelho.org.br
O Conselho de Economia e Finanças da Unasul prepara alternativas para reduzir os impactos da crise mundial e aprofundar a constituição da nova arquitetura financeira, anunciou a ministra equatoriana de Política Econômica, Katiuska King.
A proposta será apresentada esta quarta-feira (26) na reunião de ministros do bloco em Buenos Aires, precisou King, que preside, juntamente com a Colômbia, o grupo de trabalho preparatório com representantes dos 12 países.
O Equador lidera a definição de uma proposta integral para que o manejo de reservas dos países sirva efetivamente para financiar as necessidades atuais da região, frente a eventuais cenários da crise internacional.
É inaceitável, sublinhou a ministra, “que as reservas de nossos países continuem sendo revertidas nos países do Norte com rendimentos reduzidos e à mercê da turbulência dos mercados financeiros”.
A proposta do Equador é crítica a isso, ressaltou. “O próprio Fundo latino-americano de Reservas (Flar) deverá passar por uma mudança profunda para que funcione de acordo com as demandas da situação atual”, afirmou King.
Precisamos de um novo manejo de reservas e esperamos que isso ocorra em breve, baseado no que se está planejado na Unasul, expressou a coordenadora de política econômica do governo do presidente equatoriano, Rafael Correa.
Varias instituições do governo equatoriano trabalharam na definição da Nova Arquitetura Financeira Regional.
O Conselho de Economia deverá tomar decisões que permitam à região contar com políticas de manejo de reservas coordenadas, fortalecer o caminho do desenvolvimento e estar melhor preparados frente cenários de crise econômica no mundo, manifestou King. (Fonte: Prensa Latina)
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AL: empresários defendem maior integração contra a crise mundial
25 outubro 2011/Vermelho http://www.vermelho.org.br
Medidas para aumentar a integração econômica da América Latina foram debatidas hoje (25) por representantes de entidades industriais dos países da região. Ante o cenário de crise mundial, os empresários defenderam o crescimento do comércio como uma alternativa para manutenção do crescimento.
O encontro, promovido pela Associação dos Industriais Latino-Americanos (Alia), faz parte de uma série de reuniões preparatórias para o congresso da entidade programado para 2012. O presidente da associação, Henry Kronfle, foi o mediador das discussões em São Paulo.
Papel da indústria
O empresário equatoriano disse que iniciativas conjuntas de países latino-americanos são um bom caminho para o desenvolvimento da indústria local. “Temos que saber o que a nossa indústria produz e por que motivo não estamos comprando o que necessitamos dessa indústria”, disse. “Só assim vamos fortalecer nossas empresas”, completou.
Kronfle destacou em seus discursos o papel do setor industrial na geração de empregos e renda nos países da região. Disse também que não há economias saudáveis sem um setor industrial saudável.
Perdendo espaço
Um dos representantes brasileiros na reunião, o presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento da Indústria (Iedi), Pedro Luiz Passos, ratificou a importância da indústria para o desenvolvimento dos países latino-americanos. Ele também chamou a atenção dos empresários para um processo de perda da participação do setor industrial no Produto Interno Bruto (PIB) desses países.
“A indústria está perdendo espaço na nossa região”, declarou Passos, que também é copresidente do Conselho de Administração da Natura e foi eleito o industrial latino-americano do ano pelo Alia. “Nossos países estão se tornando cada vez mais exportadores de produtos primários.” Segundo Passos, a balança comercial de manufaturados de alta e média complexidade do Brasil, por exemplo, já acumula déficit de US$ 38 bilhões este ano (cerca de R$ 66 bilhões).
Já o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, demonstrou preocupação com os rumos da indústria da América Latina. Segundo ele, a integração entre os países pode ser uma boa saída para o setor. “[A integração] é uma parte da solução”, disse. “A América Latina tem uma população enorme, um PIB interessante, temos um grande mercado”, completou. (Fonte: Agência Brasil)
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