quarta-feira, 29 de maio de 2019

Brasil/Moro tentou ficar com R$ 2,5 bilhões de acordão da Lava Jato


Postado em 25/05/2019 5:46, Pátria Latina http://www.patrialatina.com.br (Brasil) http://www.patrialatina.com.br/moro-tentou-ficar-com-r-25-bilhoes-de-acordao-da-lava-jato/

Os R$ 2,5 bilhões são produto de uma multa aplicada à Petrobras pelo Departamento de Justiça dos EUA. A Lava Jato em Curitiba ajudou o órgão americano a levantar informações para processar a petroleira brasileira.

Jornal GGN Sergio Moro tentou levar para o Ministério da Justiça e Segurança Pública os R$ 2,5 bilhões que a Petrobras aceitou pagar às “autoridades brasileiras” para evitar um processo nos Estados Unidos.

Em acordo assinado com os procuradores de Curitiba, a petroleira admitiu que metade dos recursos fosse injetada numa fundação privada, que seria criada sob a influência da equipe de Deltan Dallagnol, para investir em ações sociais e anticorrupção. O caso foi parar no Supremo Tribunal Federal.

Segundo informações da jornalista Monica Bergamo,
na Folha desta sexta (24), Moro propôs a Jair Bolsonaro que o governo demandasse o montante para investimento em segurança pública.

Mas a procuradora-geral da República Raquel Dodge “se insurgiu” contra Moro e pediu, junto ao Supremo, que a verba seja encaminhada ao Ministério da Educação. Bolsonaro, diz Bergamo, teria concordado com Dodge.

“O revés de Moro se soma à derrota dele no Congresso: na quarta (22), os parlamentares decidiram que o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) não ficaria sob o seu controle”, anotou Bergamo.

Quando a história da fundação da Lava Jato veio à tona, bolsonaristas no governo começaram a cogitar que a força-tarefa de Curitiba iria usar os recursos em benefício da candidatura de Moro à Presidência em 2022.

O presidente do STF Dias Toffoli já concedeu entrevistas sugerindo que o acordão entre Lava Jato e Petrobras é criminoso.

Ao The Intercept Brasil, o ex-presidente Lula disse que a turma de Dallagnol quer construir uma “máquina política, uma quadrilha” com os recursos da Petrobras.

Os R$ 2,5 bilhões são produto de uma multa aplicada à Petrobras pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o DoJ. A Lava Jato ajudou o órgão americano a levantar informações junto a delatores para processar a petroleira brasileira.

A força-tarefa não esclarece se a cooperação internacional teria se dado ou não de maneira informal e, consequentemente, irregular. A juíza Gabriela Hardt ajudou a formalizar o acordo pela fundação privada cerca de 4 meses após as tratativas nos EUA terem sido concluídas.

GGN já mostrou que o DOJ concordou em abrir mão de 80% da multa em benefício das “autoridades brasileiras”. Em troca, impôs que a Petrobras envie aos EUA todas as informações que forem solicitadas nos próximos anos, inclusive sobre negócios financeiros, fusões e estratégias de mercado.

 

Toffoli indica que Fundação da Lava Jato é um crime

"Não se pode criar recursos para si próprio e nem se apropriar de algo que é da União. Isto tem até nome no Código Penal", disse o presidente do Supremo Tribunal Federal

Por Jornal GGN https//jornalggn.com.br
Jornal GGN – Presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Dias Toffoli emitiu mensagem bastante dura a respeito do caráter do acordo entre Petrobras e procuradores de Curitiba que levaria à criação de uma fundação privada para gerir R$ 2,5 bilhões.
Toffoli evitou dizer o que pensa com todas as letras, mas a indicação que fez foi bem clara: “Não se pode criar recursos para si próprio e nem se apropriar de algo que é da União. Isto tem até nome no Código Penal.”

A força-tarefa da Lava Jato em Curitiba participou, de maneira obscura, de processo que a Petrobras sofreu nos Estados Unidos por conta da corrupção revelada nos 5 anos de operação. Para evitar ir à juízo em solo americano, a estatal brasileira assinou um acordo com o Departamento de Justiça que previa pagamento de multa bilionária. O DoJ, contudo, abriu mão de 80% do valor em benefício das “autoridades brasileiras”.

Escanteando o governo central ou outra instituição, os procuradores de Curitiba estabeleceram bilateralmente, junto à Petrobras, que os R$ 2,5 bilhões decorrentes da multa nos EUA seriam injetado em um fundo patrimonial. A fundação gestora desses recursos – metade para investidos em ações sociais e anticorrupção bem abstratas, e a outra fatia para ressarcimento de acionistas – seria constituída sob a influência da turma de Deltan Dallagnol.

É nesse contexto que Toffoli contesta a criação de recursos para si própria, e a apropriação de recursos que deveriam ser destinados à União. O STF suspendeu o acordo para análise, mas os procuradores insistem que têm ingerência sobre o futuro dos bilhões.

A fala do ministro ocorreu, segundo relatos do Conjur, durante um jantar promovido por juristas, em São Paulo, em defesa do STF – que vem sendo atacado por apoiadores da Lava Jato nas redes sociais. Gilmar Mendes também esteve presente no encontro.


A ONG DA LAVA JATO

05/ 05/ 2019 Jornal GGn https://jornalggn.com.br/noticia/toffoli-indica-que-fundacao-da-lava-jato-e-um-crime/

 

Confira o que o GGN já publicou sobre a fundação da Lava Jato:



Nenhum comentário: