sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Angola/PETRÓLEO E VONTADE DE VENCER

19 de Janeiro, 2015 , Jornal de Angola http://jornaldeangola.sapo.ao (Angola)

Álvaro Domingos

O preço do petróleo desceu artificialmente para níveis que só podem ser justificados pela especulação desenfreada. Um mundo que está nas mãos de especuladores e toda a espécie de traficantes financeiros tem pouco futuro.

O futuro está nas mãos dos angolanos, na sua força indómita, na capacidade de enfrentarem todos os desafios e dificuldades. Um país que tem um grande Presidente da República está em condições de crescer, de consolidar o crescimento económico e social. Angola é dirigida por uma elite política que foi capaz, ao longo dos últimos 40 anos, de vencer todas as barreiras, enfrentar todas as agressões. Só um grande Povo pode gerar políticos que conseguiram fazer do nada um país respeitado no concerto das Nações.
 
As elites políticas angolanas conseguiram construir um país em África a partir dos escombros do colonialismo. Que grande desafio e que grande vitória! A queda do preço do petróleo preocupa. É um problema sério e difícil de resolver. Temos um défice orçamental como há muito não tínhamos. Mas quem há 40 anos conseguiu vencer todas as traições, todos os ataques mortíferos e proclamou a Independência Nacional, não vai agora temer o preço baixo do barril de petróleo. Muitos dos que ergueram a Bandeira Nacional e se bateram nas frentes de combate contra
invasores e inimigos internos ainda estão vivos. Estão ao nosso lado a trabalhar na reconstrução nacional. A dirigir a acção política. A comandar garbosamente as nossas Forças Armadas e as forças de segurança. Os veteranos da luta política e militar, com o apoio da uma juventude generosa e solidária, vão elevar Angola a pontos ainda mais elevados, seja qual for o preço do petróleo.

Mas temos que trabalhar, lutar, insistir, persistir, nunca virar a cara às dificuldades. Quanto mais descer o preço do petróleo, mais temos que trabalhar. Mais esforço temos que exigir de nós próprios. Mais temos de confiar no Presidente da República e na direcção política do país. E neste desafio incluímos todos: os militantes e dirigentes do partido que ganhou as eleições com maioria qualificada, os que têm lugar nas bancadas da Oposição, os membros dos partidos extra parlamentares, a sociedade civil, as igrejas. Todos somos poucos para o grande desafio e para continuarmos na senda de vitórias que começou há 40 anos.

O preço do petróleo cai e os angolanos unem-se à volta do seu líder e dão ainda mais de si para que, com a sua força e determinação, a crise seja debelada e o défice não atinja os que mais precisam.

O Presidente José Eduardo dos Santos não escondeu os tempos de dificuldades que estamos a viver. Mas deixou uma garantia: o Estado Social não vai ser afectado pelos cortes que obrigatoriamente é preciso fazer. Quem mais precisa vai continuar a receber mais, para que se junte aos que já têm satisfeitas as suas necessidades básicas. Quem tem muito, paga muito mais, para que a crise seja enfrentada com sucesso.

Neste momento faz bem saber que quem dirige o país está a fazer tudo para que a tempestade passe, sem causar estragos entre os angolanos mais carenciados. Os angolanos vão conseguir vencer mais este desafio. Temos os exemplos vivos dos que andaram pelos campos de batalha a defender a soberania nacional e a integridade territorial. Ainda temos ao nosso lado os que não cederam um palmo de terra aos invasores. Temos de aprender com eles a enfrentar as dificuldades, com os olhos postos no futuro. Temos connosco alguns heróis que formaram a Coluna Bomboko e protagonizaram uma das mais belas epopeias da luta armada de libertação Nacional: Gato, Zengo, Vitória, Roka, Giap, estão aí para dizerem às novas gerações como se fez força e coragem para matar o “cão tinhoso” do colonialismo.

Os heróis que resistiram em Kifangondo, no Ntó, no Ebo, no Leste, no Triângulo do Tumpo ou no Ruacaná escreveram as mais brilhantes páginas da História de Angola. Muitos estão aí para nos inspirarem, com o seu exemplo, a derrotar a crise e o preço baixo do petróleo.

 A  coragem e determinação dos angolanos  estão sempre em alta. Não há dinheiro que pague a valentia de um Povo. Não há preço para o amor à Pátria. E
os angolanos de todas as gerações têm esse amor.

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