domingo, 18 de janeiro de 2015

Angola/A LUTA PELA ESTABILIDADE

16 janeiro 2015, Jornal de Angola http://jornaldeangola.sapo.ao (Angola)


Estiveram esta semana de visita a Angola o Chefe de Estado da África do Sul, Jacob Zuma, e o primeiro-ministro de S.Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada, que, em separado, abordaram com o Presidente José Eduardo dos Santos questões relativas ao processo de pacificação em diferentes regiões do continente, principalmente nos Grandes Lagos e na África Central.

Ambos são dirigentes de países preocupados em procurar pela via política soluções para os problemas que prevalecem naquelas regiões e nada melhor do que haver diálogo e concertação política e diplomática para se conseguir a paz na aquelas zonas de África onde ainda se registam conflitos armados geradores de muita instabilidade. Angola é membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU e é normal que esteja interessada em ouvir regularmente dirigentes de outros Estados africanos para traçar estratégias que se constituam em contribuição valiosa para a paz e a segurança
no continente. 

O Presidente José Eduardo dos Santos, ao valorizar o diálogo permanente e a troca regular de informações entre Governos africanos para vencer os desafios comuns, tem consciência que no nosso continente todos devem ter uma palavra a dizer para a resolução dos problemas, independentemente da dimensão geográfica ou do peso económico de cada país.

 Não são poucos os problemas de África, nem de fácil solução, mas é possível caminhar por vias que ajudem os países em crise política a chegar à normalidade. A estabilidade é um valor que deve ser prosseguido por todos os africanos, mesmo que isso custe a conseguir. Não devemos desistir de trabalhar em prol dos interesses dos povos do nosso continente. Não devemos desanimar perante a complexidade dos problemas.
   
Como afirmou o Presidente José Eduardo dos Santos, quando se dirigia ao primeiro --ministro de S.Tomé e Príncipe, “é importante continuarmos a concertar posições que conduzam ao fim dos conflitos na nossa região e que nos permitam realizar um combate sem tréguas à imigração ilegal, à pirataria marítima, ao tráfico ilícito de pessoas e bens, ao terrorismo e aos crimes transnacionais em geral”. Angola está no Conselho de Segurança da ONU e tem o apoio de outros Estados africanos na missão de dois anos neste importante órgão das Nações Unidas, numa altura em que o continente está perante enormes desafios. Há grande esperança que durante estes dois anos o nosso país venha a ser um grande impulsionador dos processos de paz em África, fazendo recurso a toda a sua experiência e sabedoria.

É encorajador para os angolanos poder contar com os irmãos africanos nesta luta comum pelo bem-estar das populações de um continente que quer avançar rapidamente para o desenvolvimento para os povos de África poderem desfrutar dos benefícios que é possível retirar das suas riquezas. No continente há regiões muito ricas em recursos naturais, pelo que é imperioso que  acabemos  com a instabilidade  para  nos lançarmos apenas no combate   por uma vida melhor para os povos africanos.

Dois anos no Conselho de Segurança podem permitir que Angola, em virtude da sua experiência, conceba fórmulas que ajudem, por exemplo, a resolver com urgência os conflitos armados, causadores de outros grandes problemas que tornam cada vez mais frágeis as instituições dos Estados das regiões afectadas pela guerra. As guerras são um mal que é preciso combater com soluções inteligentes, devendo haver envolvimento e vontade efectivos dos dirigentes africanos resolverem definitivamente os problemas.
  
É tempo de se acabar com o sofrimento de milhões de seres humanos, cabendo aos africanos colocar-se na linha da frente da luta pela estabilidade. Muitos dos países africanos alcançaram as independências há muitos anos, devendo a actual geração de políticos e governantes dar provas de amor à África, entregando-se com muito labor à construção de um continente sem conflitos, sem pobreza e sem doenças.

Quando conquistámos arduamente as nossas independências, sonhámos com uma África próspera, com elevado nível de desenvolvimento. Nós, africanos, fazemos parte do mundo e devemos assumir também o compromisso de o tornar cada vez melhor.

Queremos mostrar ao mundo que desejamos ser um corpo activo na caminhada da humanidade rumo ao progresso universal. Angola e outros países de África pretendem ser artífices da promoção da paz e segurança no mundo para todos povos poderem vivem bem.


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