quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Urge Supressão de Vistos entre Moçambique e Angola

27 agosto 2014, Portal do Governohttp://www.portaldogoverno.gov.mz (Moçambique)

 

Luanda (AIM) – O Ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi, defende a supressão de vistos de entrada entre Moçambique e Angola, pois acredita que esta medida poderá estimular sobremaneira a actividade empresarial entre ambos os países.

Esta posição foi expressa durante a sessão de abertura da IX Sessão da Comissão Mista de Cooperação Bilateral entre Moçambique e Angola, um evento que decorre em Luanda desde terça-feira sob a co-liderança de Baloi e do Ministro angolano do Planeamento e do Desenvolvimento Territorial, Job Graça.

Segundo Baloi, para dinamizar as relações económicas e empresariais, é imprescindível que os nossos países embarquem na facilitação da circulação de pessoas e bens.


Por isso, disse o chefe da diplomacia moçambicana “apresenta-se, neste contexto, prioritária a conclusão das negociações visando a supressão de vistos em passaportes ordinários entre os nossos dois países com benefícios no desempenho das nossas economias e no intercâmbio entre os nossos povos”.

Aliás, Angola é o único país dos 15 que integram a Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC) onde os moçambicanos necessitam de um visto de entrada, o que na óptica de Baloi não condiz com o facto de serem dois povos amigos e irmãos que apenas vivem distantes uns dos outros.

Referiu que abolição de vistos irá contribuir para a maximização da cooperação entre os dois países que, a nível empresarial, ainda não condiz com as excelentes relações políticas, de amizade e irmandade que unem os dois governos e povos desde a década de 60, do século passado, quando ambos lutavam contra o seu então inimigo comum que era o colonialismo português.

Baloi sublinhou haver muita vontade política de ambos os países para que a cooperação esteja no mesmo nível de excelência quanto estão politicamente, faltando apenas a aplicação prática dos compromissos já acordados.

Revelou que na Reunião da Comissão Mista deverão ser identificadas as causas que estão por detrás da baixa cooperação entre estes dois países irmãos. Aliás, apesar de estarem separados por cerca de três mil quilómetros de distância, os seus povos sentem-se muito chegados ao ponto de a distância não se fazer sentir.

Antes de Baloi tecer estas considerações, o Ministro Job Graça havia também dito, no discurso de abertura da reunião de três dias, que a cooperação bilateral ainda não atingiu o ponto ideal, considerando mais o facto de que as economias dos dois países estarem a registar um crescimento muito elevado, ou seja, a uma média anual superior a seis por cento ao longo da última década.

Disse ser uma taxa que mostra que há muito que os dois países podem fazer no seu intercâmbio nas áreas já identificadas, incluindo política, económica e social.

Por isso, disse Baloi, Moçambique e Angola devem fazer tudo ao seu alcance para maximizar a cooperação bilateral público-privada, para o benefício de seus povos, cujas relações são muito especiais e excelentes.

Segundo Baloi, estas relações já atingiram uma escala de uma verdadeira irmandade amistosa.

Moçambique e Angola querem cooperar em mais de 27 áreas de Índole Politica, Económica e Social.

Durante o evento, Moçambique e Angola manifestaram a sua intenção de cooperar em 27 áreas já identificadas, entre as quais relações internacionais, agricultura, desenvolvimento rural e pescas, desenvolvimento industrial, comércio, finanças, geologia e minas, urbanismo e construção civil, entre outras.

Os participantes acreditam que os dois países dispõem de todos os meios e condições para uma melhor cooperação, porque partilham uma plataforma comum que é a língua portuguesa e uma relação crescente de amizade que os une há mais de meio século.

Ao longo da sessão deverão ser assinados alguns acordos e protocolos que irão servir de base para o incremento da sua cooperação bilateral público-privada.


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