segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Cuba/Cabalgando con Fidel, la canción homenaje (+ Video y Audio descargable)

28 noviembre 2016, CubaDebate http://www.cubadebate.cu (Cuba)
Contra el Terrorismo Mediático Círculo de Periodistas Cubanos contra el Terrorismo

Cubadebate ofrece a sus lectores el video de esta hermosa canción:


Con esa sensibilidad que emana de su trova amorosa y comprometida, Raúl Torres compuso una hermosa canción de homenaje a Fidel, que fue estrenada este lunes 28 de noviembre en la Mesa Redonda.

Con arreglos del Maestro Pancho Amat, la trompeta de Yasek Manzano, el acompañamiento de la Orquesta Sinfónica Nacional y con las voces de Raulito, Eduardo Sosa, Luna Manzanares y Annie Garcés, la canción fue
grabada en los Estudios Abdala.


Cabalgando con Fidel
Letra de la canción Cabalgando con Fidel. Autor: Raúl Torres

Dicen que en la Plaza en estos días
se les ha visto cabalgar a Camilo y a Martí
y delante de la caravana, lentamente sin jinete,
un caballo para ti.
Vuelven las heridas que no sanan
de los hombres y mujeres
que no te dejaremos ir.
Hoy el corazón nos late afuera
y tu pueblo aunque le duela
no te quiere despedir
Hombre, los agradecidos te acompañan
cómo anhelaremos tus hazañas
ni la muerte cree que se apoderó de ti.
Hombre, aprendimos a saberte eterno
así como Olofi, Jesucristo
No hay un solo altar sin una luz por ti.
Hoy no quiero decirte Comandante,
ni barbudo, ni gigante
todo lo que sé de ti.
Hoy quiero gritarte, Padre mío,
no te sueltes de mi mano,
aún no sé andar bien sin ti.
Dicen que en la Plaza esta mañana
Ya no caben más corceles llegando
de otro confín.
Una multitud desesperada
de héroes de espaldas aladas
que se han dado cita aquí
y delante de la caravana
lentamente sin jinete
un caballo para ti


-------------- Recomendamos 1/2


Cuba/IMPOSSÍVEL SER INDIFERENTE AO LENDÁRIO HERÓI CUBANO FIDEL CASTRO

29 novembro 2016, Vermelho http://www.vermelho.org.br (Brasil)

 

Fatima Oliveira*

Ninguém fica indiferente ao lendário revolucionário cubano Fidel Alejandro Castro Ruz (1926-2016), que governou a República de Cuba como primeiro-ministro de 1959 a 1976 e como presidente de 1976 a 2008.


Gostar ou não de Fidel Castro nunca é algo inocente. É, sobretudo, uma questão de classe. Quem o odeia tem muito a ver com um olhar irreal de que as revoluções não são cruentas, sangrentas. Vamos combinar: todas são! Não há ruptura nas sociedades de classes que seja como um passeio a um shopping, um dos templos do capitalismo, até porque nenhuma classe entrega o poder sem luta.

Em Cuba não foi diferente. Para os guerrilheiros do Movimento 26 de Julho, comandados por Fidel Castro, destronar o ditador Fulgêncio Batista (1901-1973), em janeiro de 1959, não foi um passeio. Logo, a condição de herói do povo cubano ninguém poderá usurpar de Fidel Castro, que, inegavelmente, conduziu seu país a sair da condição de prostíbulo dos Estados Unidos e construiu uma nação para toda a população com índices de IDH dignos, em condições materiais dificílimas, contradizendo de algum modo até Marx e Engels, que afirmavam: “O mais provável era que a revolução proletária viesse a ter lugar nos países capitalistas mais avançados” (“Problemas da Construção do Socialismo”, Alberto Anaya Gutiérrez, Alfonso Ríos Vázquez, Arturo López Cándido, José Roa Rosas).

Nunca fui a Cuba. Nunca tive vontade. Contavam tanto miserê das necessidades materiais do povo, parte substancial fruto do embargo criminoso praticado pelos Estados Unidos, que, para ver miséria, eu optava pelo Nordeste, mesmo sabendo que, diferentemente de Cuba, na região brasileira não estava sendo construída nenhuma saída, nem reformista, nem revolucionária, para combater a miséria fruto de uma herança patrimonialista secular.

Mas sempre tive um fascínio incomensurável pelo heroísmo do povo. E foi com emoção que, na Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Outras Formas Conexas de Intolerância, em Durban, na África do Sul (1º. 9. 2001), ouvi o discurso de Fidel Castro com muita atenção e, emocionada, entrei na fila para cumprimentá-lo com um aperto de mão.

Fidel Castro foi magistral, começando por enumerar a herança cultural do povo negro no mundo, do alfabeto à Biblioteca de Alexandria; e literalmente escrachou a apatia dos governos africanos diante de suas taxas escandalosas de mortalidade materna, pois tais lideranças se comportavam como os escravizadores do povo negro!

E disse Fidel: “O racismo, a discriminação racial e a xenofobia são um fenômeno social, cultural e político, não um instinto natural dos seres humanos; são filhos diretos das guerras, das conquistas militares, da escravização e da exploração individual ou coletiva dos mais fracos pelos mais poderosos ao longo da história das sociedades humanas.

“Ninguém tem direito a sabotar esta conferência, que tenta aliviar, de alguma maneira, os terríveis sofrimentos e a enorme injustiça que esses fatos têm significado e ainda significam para a imensa maioria da humanidade. Nem ao menos alguém tem direito a pôr condições, exigir que nem sequer se fale de responsabilidade histórica, e indenização justa, ou sobre a forma com que decidamos qualificar o horrível genocídio que neste mesmo instante se está cometendo contra o irmão povo palestino por parte de líderes da extrema direita. Estes, aliados à superpotência hegemônica, hoje atuam em nome doutro povo que, ao longo de quase 2.000 anos, foi vítima das maiores perseguições, discriminações e injustiças cometidas na história”.

*Fatima Oliveira: Médica e escritora. É do Conselho Diretor da Comissão de Cidadania e Reprodução e do Conselho da Rede de Saúde das Mulheres Latino-americanas e do Caribe. Indicada ao Prêmio Nobel da paz 2005.


-------------- Recomendamos 2/2


Cuba/Fidel: “NA UNIVERSIDADE ME FIZ REVOLUCIONÁRIO”

28 novembro 2016, Vermelho http://www.vermelho.org.br (Brasil)

 

Luciano Rezende*

Fidel foi Fidel. Não há como compará-lo a Camilo, Che, Raúl ou qualquer outro revolucionário de Cuba ou do mundo.

 

Nem mais, nem menos, apenas Fidel.


Entretanto, afora o carisma extraordinário que lhe era peculiar, há milhares de jovens brasileiros parecidíssimos a Fidel. Todos eles seguem seus passos na luta pela soberania nacional ultrajada pelos vendilhões de ontem e de hoje, ocupando as salas de aula.

Mas é pouco destacado que também Fidel, antes da tentativa frustrada de ocupar o Quartel Moncada ou se embrenhar em Sierra Maestra com seus companheiros, iniciou sua jornada no movimento estudantil. Como ele próprio disse em algumas oportunidades, foi na universidade em que se tornou um revolucionário.

Não se tratava de um revolucionário socialista. Talvez um socialista utópico ou romântico. Fundamentalmente um jovem estudante que teve a oportunidade de aprofundar seus estudos, juntamente com outros colegas, sobre a obra de grandes ícones da independência de Cuba, principalmente José Martí.

Nesse movimento estudantil, mesmo não pertencendo aos quadros de diretores Federação dos Estudantes Universitários (FEU) de Cuba, Fidel logrou ampliar sua visão política além das serras e do Caribe. Viu despertada sua consciência de classe que anos mais tarde lhe permitiria dar um salto adiante e se aproximar do marxismo, seguindo os passos de seu irmão mais jovem Raúl.

E na efervescência do movimento estudantil, que lutava além das questões meramente educacionais, Fidel teve a oportunidade de conhecer outros países em caravanas estudantis. Já nessa época se articulavam com estudantes de todo o continente no propósito de fundarem uma organização continental estudantil, o que veio a ocorrer somente em 1966 com a fundação da Oclae, sediada em Cuba, já com Fidel presidente do país.

Em uma dessas viagens aconteceu um dos episódios mais inusitados da história. Fidel, até então um jovem sem maiores compromissos com o movimento estudantil, vai para a Colômbia participar de um congresso que visava fundar essa organização dos estudantes latino-americanos. Esse evento ocorreria paralelamente à realização de uma Conferência Interamericana da Organização dos Estados Americanos (OEA), com a presença dos chefes de Estado de todo o continente. Iriam realizar, portanto, uma atividade paralela.

Jorge Eliécer Gaitán era como se fosse o nosso Lula na Colômbia. Já havia disputado as eleições presidenciais e saído derrotado. Mas dessa vez, esse líder popular estava à frente nas pesquisas e certamente venceria o pleito do ano seguinte. Gaitán se reuniria com os estudantes, entre eles Fidel, se não houvesse sido assassinado. Seu relógio parou quebrado uma e cinco da tarde, poucos minutos antes do encontro marcado com os líderes estudantis.

O que se vê, a partir daí, é aquilo que a história batizou de o “Bogotazo”. Mais de duas mil pessoas foram assassinadas contidas pela Guarda Nacional que disparou contra a população encolerizada de cima dos edifícios num dos episódios mais sangrentos já registrados. O que se segue são aproximadamente 300 mil mortos durante o período chamado de “La Violencia”. Gaitán tinha claro que se fosse assassinado o povo se levantaria enfurecido: “Se avanço, seguem-me, se retrocedo, empurram-me, se me assassinam, vingam-me”.

O jovem Fidel foi testemunha ocular dessa atrocidade cometida pelas elites da Colômbia e tomou frente nas manifestações. A partir daquele momento nunca mais seria o mesmo.

Hoje, milhares de estudantes brasileiros ocupam centenas de escolas e campi universitários. A imensa maioria é movida, tal como o jovem Fidel, pelas aspirações mais dignas e honestas, relacionadas à defesa de nossa democracia e nossa soberania nacional.
O aprendizado político que estão tendo foi o mesmo que gozou o afortunado Fidel, em distintas dimensões, através da maior e melhor de todas as aulas: cidadania política. Assim se forja um lutador e uma lutadora comprometidos com a pátria em seu sentido mais revolucionário.

A luta de milhares de estudantes brasileiros, que no próximo dia 29 lotarão Brasília contra um “Bogotazo” tupiniquim, capaz de assassinar os seus futuros nos próximos vinte ou mais anos, será a melhor homenagem ao líder estudantil Fidel Castro.

Adelante, comandantes!

*Luciano Rezende: Diretor de Temas Ecológicos e Ambientais da Fundação Maurício Grabois. É professor na Universidade Federal de Viçosa, campus Florestal.


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