sexta-feira, 4 de março de 2016

Brasil/Sobre Getúlio, Jango e Lula: a receita do golpismo brasileiro

4 março 2016, Vermelho http//www.vermelho.org.br (Brasil)

Por Thiago José Silva*

“A crise que se manifesta no país foi provocada pela minoria de privilegiados que vive de olhos voltados para o passado e teme enfrentar o luminoso futuro que se abrirá à democracia pela integração de milhões de brasileiros na vida econômica, social e política da Nação, libertando-os da penúria e da ignorância.”

Assim começa o último discurso presidente João Goulart antes de ter tomado o golpe em 1964. Poderia ter sido por Getúlio, antes da bala tomar o seu peito. E hoje, nos mesmos termos, poderia ter sido feito pelo presidente Lula. Nós estamos no impasse histórico que sempre permeia o Brasil na medida em que as forças populares avançam. São os mesmos interesses, as mesmas demandas, o mesmo objetivo: dar ao povo a miséria e deixar o país de joelhos.

Esta sexta-feira (4) é um dia sensível para a democracia brasileira. Em que pese a opinião e preferência política de cada um, não podemos admitir a criação de um Estado de
Exceção. A instrumentalização da “justiça” para prejudicar um determinado grupo político.

Desde a semana passada já sabiam que na atual fase da Lava Jato iriam atacar Lula e o seu círculo de influência. O vazamento do vazamento fez-se apenas para provar que há uma seletividade e uma ação coordenada pelo juiz Sérgio Moro, a Polícia Federal e a grande mídia – a república de Curitiba –para levar a cabo um projeto de criminalizar um partido político. E mais do que isso: um projeto de esquerda.

A crescente polarização da sociedade brasileira só irá gerar mais violência, e isso não será bom para nenhum brasileiro.

Atacam Lula pelos seus acertos. Por conduzir o Brasil num outro patamar de desenvolvimento promovendo a melhoria de vida dos trabalhadores. Utilizam-se do discurso moralista apenas por conveniência, com hipocrisia, pois em nada estão preocupados com a corrupção. Preocupam-se agora em retomar seu espaço de poder, o qual foram incapazes de conseguir pelo voto popular. Fizeram isso em 1950. Fizeram isso em 1960. Repetem novamente a mesma receita. Entretanto, os milhões que avançaram não irão recuar.

Vamos ao combate!


*Thiago José Silva é militante da UJS e diretor de Comunicação da UNE

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