quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Brasil/ARTIGOS SOBRE COMBATE AO NARCOTRÁFICO NO RIO DE JANEIRO

1- A ARTE DA GUERRA NO RIO DE JANEIRO

2- QUE GILMAR MENDES NÃO SOLTE OS BANDIDOS DO RIO

3- COMBATER O BRAÇO FINANCEIRO E INSTITUCIONAL DO CRIME

4- VIOLÊNCIA DO CRIME ORGANIZADO



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1- A ARTE DA GUERRA NO RIO DE JANEIRO

2 dezembro 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br

Luciano Rezende *

Sun Tzu disse: “Na guerra, o objetivo principal é a vitória. Se esta tardar, embotam-se as armas e deprime-se o moral”. Décadas da presença do crime organizado em vastas regiões da cidade do Rio de Janeiro, com a cumplicidade de setores da própria polícia, fizeram com que a reputação desta corporação e dos poderes constituídos do Estado fosse maculada perante o povo. Resgatar a confiança e a credibilidade das instituições de segurança pública é tarefa das mais importantes.

Sun Tzu disse: “Ataca onde quer que o inimigo esteja despreparado; irrompe quando ele não te esperar”. Como se diz: “Quando o trovão ribomba, não há tempo de tapar os ouvidos”. A complexidade do tráfico faz necessário que além das ações mais enérgicas e de enfrentamento ostensivo se invista no trabalho de inteligência. Sitiar as movimentações financeiras é uma forma de manter o inimigo sob pressão e esgotá-lo.

Sun Tzu disse: “A natureza do terreno é o fator fundamental para o exército consolidar sua vitória”. “(...) Em terreno íngreme, devo tomar posições nas elevações ensolaradas e aguardar o inimigo”. Com as instalações das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP’s) nos topos dos morros, deslocando os traficantes de suas antigas bases estratégicas, contribuirá sobremaneira para uma efetiva ocupação destas comunidades que, por sua topografia irregular, necessita contar com visão privilegiada para dificultar o retorno do inimigo. “Quando um gato se posta diante de um buraco de ratos, dez mil ratos não saem; quando o tigre vigia o vau, dez mil carneiros não atravessam o rio”.

Sun Tzu disse: “Um exército sem agentes secretos é exatamente como um homem sem olhos e sem ouvidos”. Nesse quesito, parece que os traficantes sempre dispuseram de informações privilegiadas partindo de dentro da própria polícia. Em contrapartida, percebe-se que agora a própria população, ao readquirir o moral de combatentes auxiliares desta guerra, passa a ser informante contra o tráfico, apoiando a polícia através de importantes denúncias telefônicas.

Sun Tzu disse: “Quando as tropas estão em situação favorável, o covarde é bravo; quando não, o bravo é covarde. Na arte da guerra não existem regras fixas. Estas dependem unicamente das circunstâncias”. Esperemos que a firmeza do discurso oficial no atual momento seja mantida com o decorrer do tempo e que as políticas sociais de fato “subam o morro” e sejam implantadas com a coragem necessária para superar de vez as práticas assistencialistas do inimigo.

Sun Tzu disse: “Não permitas que seus inimigos se aliem. Examina o conteúdo dessas alianças e provoca sua ruptura. Se o inimigo tem alianças, o problema é grave e a posição dele, muito forte; se não as tem, o problema é menor e a posição dele, muito fraca”. O crime organizado no Rio conseguiu tecer vasta rede de colaboradores. Tem representação no Parlamento e está infiltrado em várias repartições com anuência de vários agentes do poder público. Romper esse consórcio é tarefa a ser perseguida.

Sun Tzu disse muito mais em “A Arte da Guerra”. Documento milenar que a despeito de seu contexto histórico guarda enorme atualidade. Mas Sun Tzu não viveu o capitalismo. Não desconfiava de poder existir um modo de produção capaz de disseminar uma cultura de guerra e violência de fazer inveja aos antigos senhores de guerra.

A cultura da violência vem do berço no capitalismo que sobrevive do espírito de uma bestial competição, em todos os sentidos. A própria insegurança da população é um ótimo negócio a ser comercializado pela indústria da segurança, inclusive por milícias. Banalizou-se a violência como em poucos momentos da história da civilização. Hoje uma criança pede à mãe para comprar um “caveirão” do Bope de brinquedo, assistindo um ingênuo Pica-pau vermelho e azul meter uma paulada na cabeça de um índio. Todos riem.

Relembrando Brecht: “Muitos acusam o rio de violento, mas poucos são os que condenam as margens que o reprimem”. Em meio a mais uma cobertura midiática sensacionalista, é fundamental que, ao reafirmarmos a validade das operações policiais, também sejamos capazes de fazer uma leitura histórica e científica da violência no Rio, no Brasil e no mundo. Não ser ingênuo a ponto de pensar que o tráfico vai ser vencido apenas com políticas sociais, mas também não imaginar que somente a ação policialesca será suficiente para se alcançar o apaziguamento. O rio (e o Rio) está (ão) cada vez mais estreito (s).

A verdadeira paz só será atingida com outro sistema social, o que exigirá um outro tipo de guerra, mais prolongada, de longo fôlego. Sun Tzu disse: “A invencibilidade depende de nós. A vulnerabilidade do rival depende dele”. O capitalismo é débil por natureza, perecerá mais cedo ou mais tarde, a depender de nossa estratégia.
* Engenheiro agrônomo, mestre em Entomologia e doutorando em Genética. Professor do Instituto Federal do Amazonas (IFAM).


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2- QUE GILMAR MENDES NÃO SOLTE OS BANDIDOS DO RIO

2 dezembro 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br

Messias Pontes *

O Brasil inteiro assistiu, atônito, nos últimos dias, às ações das forças militares e policiais no Rio de Janeiro contra o crime organizado. Toda a sociedade apoiou o combate sem trégua aos bandidos e aplaudiu por não atingir pessoas inocentes nos morros da Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão. Muita droga – maconha, cocaína e crack – e muita arma pesada e farta munição foram apreendidas, causando enorme prejuízo financeiro aos traficantes, calculado em mais de R$ 100 milhões.

A sociedade brasileira aplaudiu também a prisão de vários “chefões” do tráfico, mas espera que os que conseguiram furar o cerco sejam presos no curto prazo. Espera também que haja uma averiguação rigoroso para apurar denúncias de que maus policiais facilitaram a fuga de alguns bandidos tanto no morro da Vila Cruzeiro como no Complexo do alemão. Há denúncias também de excesso por parte de policiais e até mesmo de roubo, conforme declarou um morador da Vila Cruzeiro que um soldado lhe roubou R$ 31 mil, dinheiro recebido da rescisão de contrato de trabalho.

Mas o que os brasileiros de bem esperam mesmo é que o ministro Gilmar Mendes – ou Gilmar Dantas, conforme o jornalista Ricardo Noblat – não venha a decretar a liberdade dos bandidos presos durante a operação policial-militar. A preocupação é procedente, pois este ministro, que infelizmente chegou à presidência da mais alta Corte de Justiça do País, tem sido benevolente, para não dizer um pai, com bandidos de colarinho branco.

Para surpresa geral, Gilmar Mendes soltou o banqueiro-bandido italiano Alberto Salvatore Cacciola, dono do banco Marka, que deu um rombo de mais de R$ 1,5 bilhão. Em liberdade, Cacciola fugiu para o seu país, e só foi preso pela Interpol quando resolveu passear no Principado de Mônaco, e depois extraditado para cá. Ele foi condenado a 13 anos de prisão por gestão fraudulenta e desvio de dinheiro público.

Gilmar Mendes, para não perder a fama, concedeu celeremente dois habeas corpus ao também banqueiro-bandido Daniel Dantas, indiciado por vários crimes, entre eles gestão fraudulenta, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Além de proteger o banqueiro-bandido, Gilmar Mendes perseguiu implacavelmente o delegado federal Protógenes Queiroz, que comandou a Operação Satiagraha que apurou a roubalheira do dono do banco Opportunity ; também perseguiu o delegado federal Paulo Lacerda, então diretor da ABIN, e o juiz Federal Fausto di Sanctis que decretou as prisões de DD.

A posição e as decisões do ministro Gilmar Mendes foram tão esdrúxulas que um movimento nacional ganhou corpo para o seu impeachment, o que acabou não acontecendo porque a maioria dos senadores é muito conservadora e medrosa, para não dizer covarde. Dezenas de entidades nacionais se manifestaram pelo impeachment desse ministro que foi indicado pelo Coisa Ruim (FHC) para o Supremo Tribunal Federal apesar das advertências feitas pelo grande jurista Dalmo de Abreu Dallari.

Setores progressistas da igreja católica têm denunciado as ações antidemocráticas de Gilmar Mendes, notadamente na criminalização dos movimentos sociais, em especial do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Comprometido com os interesses do baronato da mídia, esse ministro tornou sem efeito a obrigatoriedade do diploma de curso superior em Comunicação Social para o exercício da profissão de jornalista.

Agora, para indignação geral, o ministro Gilmar Mendes põe em liberdade o médico-monstro Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão, em primeira instância, por crimes sexuais contra 60 pacientes. O relato das vítimas desse monstro, que é milionário, chocou a todos, menos ao ministro do STF que não gosta de ver bandido de colarinho branco na cadeia.

A consciência democrática brasileira não aceita, por hipótese alguma, que o ministro Gilmar Mendes tenha a petulância de ordenar a soltura dos traficantes de drogas e armas do Rio de Janeiro, presos nos últimos dias nas comunidades de Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão.

* Diretor de comunicação da Associação de Amizade Brasil-Cuba do Ceará, e membro do Conselho de Ética do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará e do Comitê Estadual do PCdoB.


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3- COMBATER O BRAÇO FINANCEIRO E INSTITUCIONAL DO CRIME

29 novembro 2010/Vermelho EDITORIAL http://www.vermelho.org.br

A provocação irracional e inaceitável iniciada pelo crime organizado com a onda de violência desencadeada no dia 21, teve um desdobramento inesperado não só para os bandidos mas também para toda população.

Pela primeira vez houve uma ação coordenada das polícias fluminenses, das Forças Armadas e de forças policiais da União para não só reprimir a ação criminosa, como também, numa verdadeira operação de guerra, desalojá-los dos espaços que controlavam e que transformaram em bases de operação para distribuir drogas ilegais, esconder seus arsenais, encontrar repouso e atendimento médico quando necessário depois de conflitos com a polícia ou adversários de outras facções criminosas. Eles construíram, em favelas e outras comunidades pobres do Rio de Janeiro verdadeiros para-estados, à margem da lei e das instituições.

A operação coordenada desta semana indica que é possível combater o tráfico e o crime organizado a ele associado. Ela teve um êxito inicial e o mérito cabe ao governo do Rio de Janeiro e do governo federal.

Há notícias de que o descontentamento dos criminosos que degenerou naqueles ataques decorreria da implementação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), primeiro passo para a ocupação dos territórios antes entregues aos bandidos. Através das UPPs, o Estado retomou sua presença nas comunidades, seja através da prestação de segurança, como de outras políticas públicas, em benefício da população.

O apoio da população à ação bélica contra os bandidos (que pode ser medido pelo alto número de ligações anônimas feitas para o disque-denúncia, e que permitiu a localização e a prisão de inúmeros traficantes) revela o sucesso alcançado pelas UPPs, cuja mera existência passa a ser um sinal de reocupação pública de espaços dominados por facções. Para a deputada federal eleita Jandira Feghali (PCdoB-RJ), “antigamente a população tinha mais medo da policia do que dos traficantes e milícias, mas desta vez a população não apenas apoiou como colaborou”. E este apoio continuará sendo decisivo nesta etapa em que, ocupado o território, começa a varredura casa a casa para uma verdadeira “limpeza” do terreno e consolidação da “conquista”.

Vai durar? Esta é outra pergunta que está em muitas mentes. Setores conservadores se assanham com a presença das Forças Armadas nas ruas, mesmo que não tenham se envolvido no combate direto mas participado do apoio logístico e material e do controle do território tomado aos bandidos. Há, aqui, um eco de velhos sonhos antidemocráticos de “botar o Exército na rua” para ações policiais que não fazem parte de sua missão constitucional, que é a de defender a soberania e a integridade nacional.

A participação das Forças Armadas na operação ocorrida no Rio de Janeiro foi inestimável e merece elogios justamente pelo sentimento de respeito à lei demonstrado pelos militares, definindo claramente o papel e a função que tiveram na operação, manifestando a disposição de ir para o sacrifício e contribuir para consolidar a vitória obtida e subordinar-se ao comando civil da operação.

Foi essa participação que permitiu a vitória. E é possível imaginar que permitiu por várias razões que incluem o uso de veículos blindados, helicópteros, barcos, soldados e oficiais que se tornaram exímios em ações desse tipo. Mas há outra razão que precisa ser lembrada: a mera presença de oficiais das Forças Armadas nesta ação deve ter contribuído para encorajar os policiais honrados, que constituem a maioria, e intimidar a “banda podre” da polícia carioca, que a opinião quase unânime dos especialistas aponta como um dos principais fatores de existência e reforço do crime organizado com o qual mantém relações cúmplices de proteção e envolvimento em negócios altamente rentáveis como o tráfico de drogas e também de armas pesadas que asseguram o poderio bélico da criminalidade.

Vários especialistas opinam que a permanência do sucesso de uma operação dessa envergadura será consequência não do envolvimento das Forças Armadas no combate ao crime, mas de uma profunda reforma da polícia que elimine a “banda podre” formada por poderosos focos de corrupção e envolvimento com o crime. O antropólogo Luiz Eduardo Soares, que foi (em 1999/2000) coordenador de segurança, justiça e cidadania do Estado do Rio, usa palavras fortes para descrever a situação atual e justificar a necessidade de uma reforma profunda da polícia. Há uma “degradação institucional em curso”, diz ele.

Uma outra ponta do tráfico que precisa ser combatida com vigor semelhante ao demonstrado nesta semana no Rio de Janeiro é aquilo que se poderia chamar de “braço financeiro e institucional” do tráfico. Os financiadores do tráfico, de drogas e de armas, aqueles que se encarregam da lavagem do dinheiro, certamente não moram nas favelas nem nos morros, diz a deputada Jandira Feghali. Certamente eles sofrerão enormes prejuízos em consequência da operação militar desta semana. Mas é preciso ir além – identificá-los e submetê-los aos rigores da lei da mesma forma como se faz com os gerentes do tráfico e com a chefia intermediária, aquela que está nas favelas e nos presídios.


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4- VIOLÊNCIA DO CRIME ORGANIZADO

26 novembro 2010/Zillah Branco Escreve http://zillahbrancoescreve.blogspot.com/

Não há dúvida de que os dois mandatos do governo Lula plantaram na sociedade brasileira as sementes democráticas que agora, com Dilma, deverão ser defendidas e orientadas para a construção de instituições públicas livres do domínio oligárquico exercido pela velha elite mandante. Todos os que participaram dessa construção de uma dinâmica que implanta os princípios democráticos em cada expressão do Estado de Direito sabem que o caminho de transformação, com base nas alianças entre todas as forças sociais e políticas nacionais, é longo e exige tenacidade em cada passo.

Foram diferentes iniciativas, alterando a legislação e as normas administrativas, buscando a participação dos cidadãos para definir o caminho do país, analisando criticamente o funcionamento dos órgãos de serviço público, fortalecendo um sistema democrático de atendimento ao povo, combatendo preconceitos e abusos de poder que desvirtuam o papel do Estado, denunciando os obstáculos criados por uma oposição criminosa ao desenvolvimento social e estabelecendo os limites éticos da ação política e administrativa na gestão do patrimônio nacional. Foi aberto o caminho para que instituições verdadeiramente democráticas passem a definir o Estado e que a impunidade deixasse de entravar a justiça no país.

Vemos, neste episódio de guerra do narcotráfico contra as forças policiais do Rio de Janeiro, o quanto a sociedade evoluiu no tratamento dos problemas sociais afetados pela ação do crime organizado. A Segurança Pública do Rio de Janeiro, que há perto de trinta anos combate as ações criminosas que têm suas bases nas favelas onde vivem centenas de milhares de famílias de trabalhadores, foi agora organizada com fundamentos técnicos militares e conhecimento científico para entender o comportamento dos cidadãos envolvidos – de bandidos e de moradores inocentes – conduzindo com maestria um enfrentamento decisivo com um mínimo de vítimas pessoais.

O processo gradual que minou e desesperou os chefes do narcotráfico.tornou-se possível como reflexo do novo caminho aberto com a meta democrática. As forças militares e policiais de todo o país ofereceram a sua ajuda que foi sendo aceita na medida das necessidades para um confronto final e rápido. Não houve competição entre poderes, houve solidariedade nacional. Os tanques da Marinha, os aviões blindados da Aeronáutica, o apoio de militares para garantir a ordem liberando as polícias estaduais para darem seqüência ao plano de pacificação que vem sendo implantado em todas as favelas há longos meses através da fixação de UPP (unidades policiais de pacificação). Os especialistas em segurança pública, os analistas científicos e os militantes dos movimentos sociais concordam em que a polícia evoluiu de uma fase de vigilância, como poder externo, para a de ajuda integrada com os moradores. Só assim conseguiram quebrar a força de proteção popular exercida pelos criminosos e criar condições para que o Estado assumisse as suas funções e conquistasse a confiança da população.

Foram dados exemplos de profunda significação na chefia da Segurança Pública em contacto permanente com a população através dos telefones de apoio. Os erros denunciados, de ligação de elementos da Polícia com o crime organizado, de prática de violência contra civis inocentes, de abusos de poder – que desde a vigência da ditadura em 1964 se tornara habitual e assustador – foram banidos e a impunidade deixou de vigorar nas ações policiais e militares. Resta agora que o sistema judicial e carcerário nacional entre no mesmo caminho de saneamento tanto de leis inadequadas como de comportamento irresponsável que limita a luta da sociedade contra o crime organizado. No Rio de Janeiro, nesta semana, foram alcançados êxitos admiráveis de aliança democrática dos órgãos de segurança pública e a população que passou a participar solidariamente com confiança no Estado, e a adesão da mídia integrada aos objetivos de luta do comando unificado contra o crime organizado.

Todos os que elegeram Lula em 2002 e que o acompanharam dentro ou fora do aparelho governamental, sabem que o processo segue o seu curso, agora com Dilma, na consolidação das primeiras conquistas democráticas (são muitas, a começar do combate à fome e pela integração social da maior parte da população brasileira com benefícios institucionais e no desenvolvimento nacional com independência) e que a fase de consolidação das conquistas abrirá novos caminhos para aprofundar as mudanças. Todos sabem que novas formas de oposição vão surgir, dos que encontram apoio em forças criminosas antidemocráticas criadas para gerar o caos nas sociedades que se levantam. A história da humanidade apresenta este quadro em várias épocas e diferentes regiões do planeta. Surgem razões pessoais, questões transitórias, ambições de grupos políticos, que se unem para destruir o que o povo constrói.

Assim é a violência que se desencadeou recentemente no Rio de Janeiro para intimidar os defensores de uma estratégia pacificadora das numerosas favelas onde se escondem as redes do crime organizado. Assim foi a campanha de difamação que se multiplicou através da internet e dos meios de comunicação social que apoiavam a fraca oposição à eleição de Dilma. Assim agiram os colonialistas britânicos no Oriente Médio dividindo os territórios árabes, os colonizadores europeus da África e da Ásia semeando a discórdia entre povos vizinhos, e o imperialismo norte-americano que sucedeu ao colonialismo globalmente. Com características de atos isolados, de rebeldia de grupos que perdem seus antigos privilégios, são confundidos com situações de insatisfação populares e as suas causas atribuídas à incapacidade ou erros dos governantes. A responsabilidade da mídia nesses momentos é decisiva para evitar que a violência de poucos seja utilizada por interesses privados contra as mudanças democráticas.

As dificuldades que se avizinham são atenuadas pelos vigorosos passos dados no sentido da solidariedade real da população e de meios de comunicação social com o Estado na medida em que se reestrutura com os recursos do conhecimento científico das questões sociais e das metas democráticas.

ARTIGOS SOBRE DOCUMENTOS PUBLICADOS POR WIKILEAKS

1- Ecuador invitará a fundador de WikiLeaks para que detalle espionaje contra Latinoamérica

2- Brasil/Em documentos confidenciais, EUA atacam soberania do Itamaraty

3- Argentina/EE.UU. pidió a su embajada en Buenos Aires espiar a presidenta Fernández, según Wikileaks


4- EE.UU. ha tratado de aislar al presidente Chávez de Latinoamérica, según Wikileaks


5- Wikileaks revela documentos secretos de la política exterior de EE.UU.

6- EE.UU/Consideran hipócrita respuesta de EE.UU. sobre textos de Wikileaks


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1- Ecuador invitará a fundador de WikiLeaks para que detalle espionaje contra Latinoamérica

30 noviembre 2010/TeleSUR http://www.telesurtv.net

El gobierno ecuatoriano anunció que invitará a Julian Assange, fundador del portal WikiLeaks, para que ofrezca detalles de los documentos que publicó el domingo en el sitio Web sobre las presuntas labores de espionaje de Estados Unidos en América Latina, y de forma particular, en Quito, a través de sus embajadas.

“Vamos a buscar invitarlo para que venga a Ecuador y pueda exponer libremente no sólo a través del Internet, sino a través de distintas instancias públicas lo que él tiene de información y toda la información y toda la documentación”, anunció el vicecanciller de Ecuador, Kintto Lucas.

"Sobre todo nos preocupa toda la información mundial, pero obviamente que nos preocupa mucho más lo que tiene que ver con el Ecuador y con los países amigos y con América del Sur y América Latina en concreto”, puntualizó.

Lucas explicó que la idea de invitar a Assange surge ante la necesidad de conocer a profundidad los datos que divulgó en el portal, pues Quito considera preocupante que se usen vías diplomáticas para espiar a Gobiernos del mundo, como se afirma en los expedientes colgados en la red.

“Más allá de la aplicación de los servicios secretos estadounidenses, también se involucra a la diplomacia, cosa que realmente nos preocupa muchísimo, y sobre todo porque justamente menciona a presidentes de países amigos”, afirmó el funcionario este martes, en declaraciones a la prensa.

Además anunció que como a Julian Assage se le ha negado en Suecia la residencia, Ecuador podría tramitar otorgársela, siempre que la solicite.

"Si el señor Assange solicitara la residencia a Ecuador, podría tramitarse este pedido, de acuerdo con las normas vigentes en el país", sostuvo al respecto el diplomático.

“Creemos que personas como éstas, que están constantemente investigando y tratando de sacar a luz estos lados oscuros de la información, lados oscuros de los Estados, son fundamentales para entender que sí es posible otro tipo de investigación periodística”, agregó.

Assange, un periodista australiano, programador y activista de Internet, enfrenta acusaciones de supuesta violación en Suecia, país que ordenó su captura internacional.

El domingo WikiLeaks publicó más de 250 mil comunicaciones del Departamento de Estado de EE.UU. en más de 270 embajadas, en las que se evidenciaron labores de espionaje y la política exterior de la Casa Blanca.

Desde diferentes esferas del Gobierno de EE.UU. se condenó la información de los documentos filtrados en WikiLeaks, y se les consideró un riesgo para los funcionarios de su cuerpo diplomático en el extranjero.

Ahora, desde el Congreso de Washigton se planea sugerir al gobierno de Obama que investigue si el grupo WikiLeaks debe sumarse a la lista de organizaciones que EE.UU. considera como "terroristas".

WikiLeaks, según se explica en la red "es un sitio web independiente, sin publicidad ni ayudas públicas, que publica informes anónimos y documentos filtrados con contenido sensible en materia religiosa, corporativa o gubernamental, preservando el anonimato de sus informantes".

Desde que el portal Web WikiLeaks comenzó a publicar en el año 2005 documentos desclasificados sobre las políticas de Washington en el Medio Oriente y en otros lugares del mundo, Julian Assage ha estado en la mira del Gobierno de Estados Unidos.


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2- Brasil/Em documentos confidenciais, EUA atacam soberania do Itamaraty

30 novembro 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br

Seis telegramas confidenciais de diplomatas dos Estados Unidos indicam que a Casa Branca considera o Ministério das Relações Exteriores do Brasil como um adversário que adota uma "inclinação antinorte-americana". Segundo esses documentos, os EUA enxergam o ministro da Defesa, Nelson Jobim, como “talvez um dos mais confiáveis líderes no Brasil”, em contraposição ao “quase inimigo” Itamaraty.

Não há nos telegramas confidenciais nenhuma menção a atos ilícitos nas relações bilaterais Brasil-EUA. São apenas descrições de encontros, almoços e reuniões. Os telegramas fazem parte de um lote de 1.947 documentos elaborados pela Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, sobretudo na última década. Os despachos foram obtidos pela organização não-governamental WikiLeaks, que divulgará as íntegras desses papéis nesta terça-feira (30).

Num dos telegramas, de 25 de janeiro de 2008, o então embaixador dos Estados Unidos em Brasília, Clifford Sobel, relata aos seus superiores como havia sido um almoço mantido dias antes com Nelson Jobim. Nesse encontro, o ministro brasileiro teria contribuído para reforçar a imagem negativa do Itamaraty perante os americanos.

Indagado sobre acordos bilaterais entre os dois países, Jobim citou o então secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães. Segundo o relato produzido por Sobel, "Jobim disse que Guimarães 'odeia os Estados Unidos' e trabalha para criar problemas na relação [entre os dois países]".

Ao mencionar um acordo bilateral, Sobel diz que caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidir entre as posições de um "inusualmente ativo ministro da Defesa interessado em desenvolver laços mais próximos com os EUA e um Ministério das Relações Exteriores firmemente comprometido em manter controle sobre todos os aspectos da política internacional".

Num telegrama de 13 de março de 2008, Sobel afirma que o Itamaraty trabalhou ativamente para limitar a agenda de uma viagem de Jobim aos Estados Unidos. Ao relatar a visita (de 18 a 21 de março de 2008), os americanos pareciam frustrados: "Embora existam boas perspectivas para melhorar nossa relação na área de defesa com o Brasil, a obstrução do Itamaraty continuará um problema".

Caças da FAB
Apesar de elogiado, Jobim nunca apresentou em reuniões nenhuma proposta especial aos Estados Unidos a respeito da licitação dos 36 aviões caça que serão comprados pela Força Aérea Brasileira. Em todos os relatos confidenciais os diplomatas americanos em Brasília mencionam frases de Jobim que coincidem com o que o ministro declarou em público.

Em uma ocasião, por exemplo, os americanos escrevem: "Compras de fornecedores dos Estados Unidos serão mais competitivas quando [o país] autorizar uma produção brasileira de futuros sistemas militares". O Departamento de Estado norte-americano se recusou a comentar as comunicações sigilosas. Uma porta-voz do departamento enfatizou que os países mantêm boas relações. (Da Redação, com informações da Folha de S.Paulo)


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3- Argentina/EE.UU. pidió a su embajada en Buenos Aires espiar a presidenta Fernández, según Wikileaks

29 noviembre 2010/TeleSUR http://www.telesurtv.net

Como parte de la política de espionaje a varios gobierno del mundo, Estados Unidos ordenó a su embajada en Argentina investigar sobre el estado de salud mental de la presidenta de esa nación suramericana, Cristina Fernández, según revelaron documentos filtrados por el portal de Internet Wikileaks.

Sin que aún se publique íntegramente el documento correspondiente, varios diarios europeos y estadounidenses reseñaron que, de acuerdo con Wikileaks, "la secretaría de Estado" estadounidense "llega a solicitar información sobre su estado de salud mental", en relación a Fernández.

Wikileaks, con la referida filtración, sostiene que existen detalles insospechados que maneja Estados Unidos sobre la personalidad de algunos destacados dirigentes extranjeros y el papel que desempeñan las más íntimas facetas humanas en las relaciones políticas.

Desde la embajada de Estados Unidos en Buenos Aires se han enviado al Departamento de Estado unos dos mil 233 documentos, mil 547 de los cuales han sido desclasificados, mientras otros 664 son de carácter confidencial y unos 22 secretos.
Argentina no es el único país latinoamericano en aparecer en los documentos del Departamento de Estado norteamericano, ya que en la filtración de Wikileaks además aparecen cables relacionados con movimientos hechos por Estados Unidos durante el derrocamiento del ex presidente panameño, Manuel Noriega, así como durante el golpe de Estado en Honduras en julio del pasado año.

Además, se reveló que la diplomacia estadounidense trabajó para que países de América Latina aislaran al presidente venezolano, Hugo Chávez.

El sitio de Internet filtró más de 250 mil documentos enviados por las embajadas al Departamento de Estado, los cuales dejan al descubierto secretos de la diplomacia estadounidense que incluyen acciones de espionaje, maniobras ocultas y de corrupción; además de críticas a líderes del mundo.

Se cree que este escándalo puede perjudicar las relaciones de Estados Unidos con algunos de sus principales aliados; así como también puede poner en riesgo algunos proyectos importantes de su política exterior, entre ellos el acercamiento a Rusia o el apoyo de ciertos Gobiernos árabes.


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4- EE.UU. ha tratado de aislar al presidente Chávez de Latinoamérica, según Wikileaks

29 noviembre 2010/TeleSUR http://www.telesurtv.net

Estados Unidos emprendió acciones en América Latina para que los gobernantes de países de la región aislaran al presidente de Venezuela, Hugo Chávez, como parte de los continuos esfuerzos del Gobierno estadounidense para atentar contra esa nación suramericana, de acuerdo con lo revelado por documentos filtrados por el sitio de Internet Wikileaks.

Según las revelaciones del portal electrónico, que ya ha publicado documentos sobre la invasión de Estados Unidos a Afganistán e Irak, es evidente que Estados Unidos ha realizado “esfuerzos por cortejar a países de América Latina para aislar al presidente venezolano”, reseñó el diario español El País.

Los datos de Wikileaks señalan que desde la embajada de Estados Unidos en Caracas se han enviado al Departamento de Estado unos dos mil 340 documentos, de los cuales 46 son de carácter secreto, 1950 confidenciales, 344 desclasificados.

Se trata de un nuevo episodio en el que se denuncian estrategias estadounidenses contra Venezuela. El Gobierno venezolano ha denunciado reiteradamente la permanente conspiración de Estados Unidos en su contra.

Entre las acciones más resaltantes de Estados Unidos contra el presidente venezolano está el apoyo que la nación norteamericana dio al golpe de Estado de abril de 2002, el cual apartó a Chávez del poder por espacio de 48 horas.

Ante esta política contra Venezuela, recientemente el ministro venezolano de Defensa, general en jefe Carlos José Mata Figueroa, denunció que Estados Unidos planea junto “con delincuentes y terroristas” de Latinoamérica un golpe de Estado contra su país y las demás naciones que conforman la Alianza Bolivariana para los pueblos de nuestra América (ALBA).

Wikileaks filtró más de 250 mil documentos enviados por las embajadas al Departamento de Estado, los cuales dejan al descubierto secretos de la diplomacia estadounidense que incluyen acciones de espionaje, maniobras ocultas y de corrupción; además de críticas a líderes del mundo.

Se cree que este escándalo puede perjudicar las relaciones de Estados Unidos con algunos de sus principales aliados; así como también puede poner en riesgo algunos proyectos importantes de su política exterior, entre ellos el acercamiento a Rusia o el apoyo de ciertos Gobiernos árabes.


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5- Wikileaks revela documentos secretos de la política exterior de EE.UU.

29 noviembre 2010/TeleSUR http://www.telesurtv.net

Este domingo diferentes medios de comunicación publicaron el contenido de una colección de más de 250 mil comunicaciones del Departamento de Estado de Estados Unidos, obtenidos por el portal WikiLeaks, en los que se descubren episodios inéditos ocurridos en los puntos más conflictivos del mundo, así como otros muchos sucesos y datos de gran relevancia que desnudan por completo la política exterior norteamericana.

Según lo que se ha revelado hasta ahora, los documentos filtrados recogen comentarios e informes elaborados por funcionarios estadounidenses, sobre personalidades de todo mundo un lenguaje llano.

A Angela Merkel se le describe como “teflón", pues "evita los riesgos y rara vez es creativa". Mención aparte reciben las "fiestas salvajes", del primer ministro italiano Silvio Berlusconi y se expone la desconfianza profunda que despierta en Washington.

Al presidente galo Nicolás Sarkozy se le describe como “el emperador desnudo” en alusión al cuento infantil “El traje nuevo del emperador” de Hans Christian Andersen y se sigue con gran meticulosidad acerca de cualquier movimiento para obstaculizar la política exterior de Estados Unidos.

Por su parte, el presidente iraní, Mahmoud Ahmadinejad es comparado con Hitler. Los mensajes filtrados prueban la intensa actividad de ese país para bloquear a Irán.
De igual manera los documentos muestran los esfuerzos por cortejar a países de América Latina para aislar al presidente venezolano Hugo Chávez.
Las comunicaciones dan a entender que el presidente Barack Obama "no tiene relación emocional con Europa", centrándose en cambio en los países asiáticos, según Der Spiegel.

Wikileaks, saboteado pero en marcha
El portal de Wikileaks, sitio en línea que publica informes anónimos y documentos filtrados, permanece inaccesible por un ataque malicioso; el hecho se produce horas antes de que sean publicados nuevas revelaciones sobre la actuación internacional del gobierno de Barack Obama ante la guerra en Irak.

Wikileaks reportó a comienzos de este domingo por la red social Twitter que su plataforma se encontraba “bajo un ataque masivo de denegación del servicio” acción maliciosa que consiste en simular visitas masivas que colapsan los servidores del portal. Aún no se determina el origen.

No obstante, los directivos de Wikileaks manifestaron que proseguirán con la publicación de 250 mil documentos filtrados entre los que destaca la comunicaciones que Estados Unidos (EE.UU.) ha efectuado entre enero de 2009 y junio de 2010 con sus embajadas en el mundo respecto a sus estrategias en la guerra de Irak, entre otros asuntos.

Este sábado el asesor legal del departamento, Harold Hongju Koh advirtió sobre los peligros que suponen esos documentos clasificados para periodistas, defensores de los derechos humanos, blogeros, soldados o informantes.

A pesar de esta postura, Estados Unidos reafirmó su postura de no involucrarse en tratos sobre la divulgación de materiales clasificados por considerar que fueron obtenidos en forma ilegal”si Wikileaks está de verdad interesada en evitar daños, debería dar marcha atrás en las publicaciones y devolver los documentos a los que tuvo acceso” agrega la misiva.

La secretaria de Estado norteamericana, Hillary Clinton, advirtió a los gobiernos de Francia, Alemania y Reino Unido, entre otros, de posibles revelaciones comprometedoras por los documentos de Wikileaks.

En dos versiones anteriores WikiLeaks hizo públicos casi 400 mil documentos vinculados con la guerra de Iraq entre 2003 y 2010; y 75 mil sobre la guerra en Afganistán en igual período, el primero publicado el 25 de julio y el otro el 22 de octubre.


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6- Estados Unidos/Consideran hipócrita respuesta de EE.UU. sobre textos de Wikileaks

28 noviembre 2010/TeleSUR http://www.telesurtv.net

La analista internacional, Phyllis Bennis, señaló este jueves que "hay mucha hipocresía" en la respuesta del Gobierno de Estados Unidos (EE.UU.) en cuanto a los casi 400 mil documentos sobre las matanzas de civiles en la guerra de Irak, publicados recientemente por el sitio Web Wikileaks.

"Pienso que hay mucha hipocresía en este caso, vemos a los oficiales estadounidenses enfocándose en la cuestión de cómo salieron los documentos a la luz e intentando ignorar lo que dicen los documentos", denuncia.

Bennis, quien también se desempeña como directora del Instituto de Estudios Políticos de Washington, hizo las declaraciones en entrevista exclusiva concedida a teleSUR.

Acotó que las publicaciones no dicen algo que no se supiera, sin embargo, hay "detalles de lo que nadie se pudiera haber imaginado".

"Es extraordinario y chocante, aunque no sea una sorpresa total, ver los detalles de las matanzas de civiles, en particular, saber que tropas estadounidenses veían que sus aliados iraquíes -a quienes ellos habían entrenado, pagado, armado, y todavía estaban apoyando- torturaban a otros prisioneros iraquíes y no hacían nada", relató.

Insistió que la preocupación de la gestión del presidente estadounidense, Barack Obama, de saber cómo se obtuvieron los textos es deshonesta.

"El hecho de que la reacción de la administración Obama y muchos congresistas, que hasta ahora sólo ha sido de indignación por saber que los documentos se divulgaron al público, es un enfoque muy deshonesto", acotó.

Explicó la importancia de que instituciones o medios denuncien los actos bélicos de países poderosos, puesto que la democracia los necesita.

"La democracia necesita denunciantes, como el que sacó estos documentos a la luz, la democracia necesita luz, transparencia", sostuvo la analista.

Del mismo modo, recordó que el ataque estadounidense contra Irak, en el año 2003, estuvo basado en mentiras.

"Que nadie más en este país olvide que cuando esta guerra en Irak comenzó fue basada en armas de destrucción masiva, que no existían; en la afirmación de que Irak tenía armas nucleares, que nunca tuvo; en la afirmación que se encontró uranio en Níger, que nunca existió; esto fue mentira", subrayó.

La internacionalista manifestó su esperanza de que los textos publicados hagan reflexionar a los ciudadanos estadounidenses de las veces que las autoridades han mentido.

"Parece que nos han mentido (...) unas 400 mil veces en Irak y por lo menos 70 mil veces en Afganistán", indicó en referencia a las pruebas clasificadas que son de conocimiento público.

Las acciones que se llevaron en Irak no fueron secretas para los iraquíes, "solamente eran secretos para los estadounidenses, para gente de este país, por eso debemos cambiarlo".

Al ser interrogada sobre cómo pudiera afectar la publicación de los documentos en el curso de las guerras de Irak y Afganistan, Bennis opinó que no cambiaría.

"Irónicamente no creo que cambie mucho la relación con el Medio Oriente, lo que cambia es la relación con EE.UU.", enfatizó.

Hizo hincapié en que la pregunta está enmarcada en la responsabilidad, es decir, si las personas encargadas de llevar el ataque asumirán los cargos.

"¿Habrá una rendición de cuentas para esas personas que implementaron esas políticas, que llevaron a este tipo de ataques?", se preguntó.

"Lo que estas fugas nos muestran es que la responsabilidad se encuentra aquí, entre nosotros, en este país, en donde pagamos impuestos, somos ciudadanos y votamos", señaló.

Sobre el mismo tema del compromiso y la sensatez la analista dijo que "existe la oportunidad de que tal vez empecemos a esperar que nuestro Gobierno tome responsabilidad".

Al hablar de "Gobierno", Phyllis Bennis señaló a los oficiales de alto rango en las Fuerzas Armadas, las personas que crearon las políticas y quienes la emplearon."Ellos deben tomar la responsabilidad primero", recalcó.

El pasado viernes, WikiLeaks cumplió su promesa de publicar 400 mil informes privados en los que se reveló "el día a día" de la guerra e invasión estadounidense a Irak. Entre los delitos destacan la muerte de aproximadamente 109 mil personas, de las que el 63 por ciento eran civiles.

Los crímenes reflejados en los documentos ocurrieron entre los años 2004 y 2009, y comprueban que el Ejército estadounidense tenía conocimiento de las torturas sistemáticas hechas por policías y soldados iraquíes a prisioneros.

Además, se conoció que militares estadounidenses asignados a puestos de control en Irak asesinaron a 680 civiles inocentes, entre ellos 30 niños, durante cinco años.

Movimento de passageiros no aeroporto de Luanda, Angola, superou 2 milhões no 1º semestre

Luanda, Angola, 30 novembro 2010 - O Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro registou, durante o primeiro semestre de 2010, mais de 2 milhões de passageiros em ambos os sentidos, disse sábado, em Luanda, o director-geral da instituição, Joaquim Cunha.

De acordo com o director do aeroporto, estes números contrastam com os registados antes da ampliação e remodelação do terminal, que rondavam 1,8 milhões por ano.

As obras de modernização e ampliação do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, que exigiram um investimento estimado em 74 milhões de dólares, consistiram na ampliação das salas de embarque e desembarque, passando a primeira (embarque) de 12 a 26 balcões de "check-in" e a segunda com três tapetes com capacidade operacional ajustado ao novo espaço disponível.

Os serviços de apoio como a alfândega, Polícia Fiscal e o Serviço de Migração e Estrangeiros passaram a dispor também de equipamentos modernos, salas equipadas e melhores condições de trabalho.

O aeroporto conta com três novos parques de estacionamento com capacidade para 856 viaturas, incluindo áreas específicas para portadores de deficiências e um sistema de controlo e gestão automático dos parques.

A Empresa Nacional de Aeroportos e Navegação Aérea está a executar um programa de recuperação e ampliação de 30 aeroportos e aeródromos do país de grande, média e pequenas dimensões, dispondo para o efeito de 400 milhões de dólares, no âmbito do Programa de Investimentos Públicos (PIP). (macauhub)

Capacidade do porto de Maputo, Moçambique, poderá quadruplicar até 2025

Joanesburgo, África do Sul, 30 novembro 2010 - A capacidade do porto de Maputo poderá crescer dos actuais 10 milhões de toneladas/ano para 48 milhões de toneladas até 2025, disse em Joanesburgo a directora executiva da Iniciativa de Logística do Corredor de Maputo (MCLI, na sigla em inglês).

Em declarações à agência noticiosa portuguesa Lusa, Brenda Horne anunciou também estar prestes a entrar em funcionamento o novo posto fronteiriço de uma só paragem entre a África do Sul e Moçambique, em Komatipoort/Ressano Garcia, e que será usado fundamentalmente por autocarros e táxis colectivos, com enormes poupanças de tempo na travessia entre os dois países.

Aquela responsável afirmou que o posto fronteiriço de uma só paragem para a indústria de logística (transporte de mercadorias), que já entrou em funcionamento no início do ano, tem proporcionado significativas poupanças de tempo de viagem aos operadores que, em número crescente, utilizam o porto da capital moçambicana para escoar as suas exportações e importações, em detrimento de portos nacionais.

“Camiões equipados com sistemas de localização por satélite permitiram-nos calcular que a viagem entre a fronteira e o porto, o descarregamento e o regresso demoram agora cerca de cinco horas, o que é fantástico, se compararmos com as dez horas que eram necessárias anteriormente, permitindo descongestionar substancialmente a fronteira”, salientou Brenda Horne.

Na mesma linha, a empresa tem planos, em conjunto com os concessionários e autoridades envolvidas, para aumentar os volumes de mercadorias manuseados no porto de Maputo, dos actuais 10 milhões de toneladas para 48 milhões de toneladas/ano, nos próximos 15 anos.

A MCLI, que é uma parceria entre os sectores público e privado, tem por missão melhorar a eficácia logística nas principais rotas regionais, focando a sua atenção em estradas, postos fronteiriços e outras infraestruturas, que permitam uma circulação mais rápida de pessoas e mercadorias na zona da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC). (macauhub)