6 maio
2013, Portal do governo http://www.portaldogoverno.gov.mz (Moçambique)
Maputo, 6
Mai. (AIM) – A Semana Nacional de Saúde (SNS), que decorre em todo o território
moçambicano, deverá abranger cerca de quatro milhões de crianças menores de
cincos, que receberão vacina uma dose de vacina anti pólio, elevando a fasquia
para 95 por cento os petizes nessa faixa etária.
No âmbito da iniciativa, avaliada em cerca de quatro milhões de dólares americanos, serão
também suplementadas com uma dose de vitamina “A”, mais de três milhões de menores de seis a 59 meses, o equivalente a 95 por cento de crianças nessa idade.
Ao abrigo da mesma, serão igualmente desparasitadas 3.533.086 crianças dos 12 aos 59 meses de idade com uma dose de mebendazol, feito equivalente a 95 por cento, realizadas triagens nutricionais em 100 por cento das crianças suplementadas com vitamina “A”.
No decurso da iniciativa, que envolverá 27.896 elementos da saúde, com o valioso auxílio dos agentes comunitários de saúde e voluntários, serão oferecidos aconselhamentos e métodos de planeamento familiar a pelo menos 221.108 mulheres em idade fértil (15 - 49 anos).
O Ministro da Saúde, Alexandre Manguele, que lançou formalmente a primeira ronda da SNS, hoje, em Maputo, na companhia de outros membros do governo, disse que as campanhas são feitas duas vezes ao ano visando intensificar a oferta de serviços e cuidados de saúde a todas as mulheres e crianças com idade compreendidas entre os 15 e 49 anos e menores de cinco.
As SNS visam ainda acelerar os progressos na redução da mortalidade materna, neonatal e infantil e promover a saúde da família no país, através de intervenções multissectoriais, em prol alcance das metas preconizadas, nos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM).
“As semanas nacionais de saúde da mulher e da criança representam, também, uma oportunidade ímpar para oferecer e/ou promover intervenções direccionadas que têm um impacto comprovado na saúde das mulheres, dos adolescentes e das crianças”, disse o ministro.
A mortalidade materno-infantil conheceu, nos últimos anos, uma redução assinalável de 201 mortos por cada mil nados vivos em 1997 para 97 em 2009, decréscimo que constitui cerca de 50 por cento das mortes, o que está em estreita consonância com os objectivos Quatro e Cinco dos ODM.
A nível da cidade de Maputo, segundo Lucília Hama, presente na ocasião, a iniciativa pretende contemplar 206.909 crianças até aos cinco anos, contra a poliomielite, suplementar 198.439 dos seis aos 59 meses de idade com vitamina “A” e fazer uma avaliação nutricional a 100 por cento das crianças suplementadas com a vitamina.
O alcance das metas definidas nos ODM para a redução da mortalidade materna, neonatal e infantil passa, segundo Hama, pela melhoria do acesso aos serviços de saúde. Por isso, a maioria das intervenções realizadas estão direccionadas às áreas da saúde da mulher e da criança.
A fonte disse, por outro lado, que embora os dados de rotina da cidade de Maputo tenham registado uma cobertura na ordem de 89 por cento, para as primeiras consultas pré-natais, em 2012, a proporção de mulheres que fazem quatro ou mais consultas é ainda muito baixa, facto que influencia negativamente na qualidade de intervenções prioritárias.
Entre as doenças, governadora apontou, a título ilustrativo, o tratamento intermitente preventivo (TIP) da Malária e a prevenção da transmissão vertical do vírus HIV de mãe para filho.
Hama disse, por outro lado, que os dados do Planeamento Familiar de 2012 revelam que na cidade de Maputo, a taxa de cobertura da contracepção ronda os 27 por cento, indicador que espelha claramente que a taxa continua ainda muito abaixo do desejo.
A cerimónia de lançamento da semana nacional de saúde da mulher e da criança contou com a presença de quadros do governo e os representantes dos parceiros de cooperação entre eles o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Robert de Bernard, o Alto-Comissário do Canadá entre outros.
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