quarta-feira, 8 de maio de 2013

Equador/Renegociação petroleira gera lucro ao Equador de um bilhão de dólares por ano



6 maio 2013, ANDES --- Agencia Pública de Noticias del Ecuador y Suramérica http://www.andes.info.ec (Ecuador)

Enviado por Robertson Vinueza

Quito (Andes). O Ministério de Recursos Naturais Não-renováveis lançou o primeiro exemplar da revista Petro Minas, uma publicação especializada que expõe, em sua edição inaugural, o volume do lucro obtido em conseqüência da renegociação petroleira, realizada no Equador em 2010.

Passados dois anos da renegociação que mudou a modalidade contratual de 14 dos 23 contratos petroleiros – de “Participação” para “Prestação de serviços com Taxas” –
, o Estado equatoriano lucrou 2,795 bilhões de dólares, de acordo com o Relatório de Gestão 2012 publicado pelo Ministério de Recursos Naturais Não-Renováveis, em março deste ano.

“O dinheiro arrecadado foi direcionado pelo Governo Federal a obras emergenciais nas comunidades amazônicas. É o caso da cidade El Dorado, localizada no estado de Puerto Francisco de Orellana, onde foi construído um poço profundo com biodigestor e um purificador de água, que transformam o esgoto em um líquido potável para consumo humano”, afirmou Víctor Terreros, prefeito da cidade amazônica, ressaltando ainda que a obra beneficia 3 mil pessoas da área.

O setor petroleiro contribuiu no ano passado com 38% da renda do Orçamento Geral do Estado. O país recebe 15 bilhões de dólares anuais pela exportação de petróleo e, ao terminar 2012, a produção diária foi de 504 mil barris, ressaltou o ex-ministro de Recursos Naturais Não-Renováveis, Wilson Pástor.

Para Milton Rodríguez, habitante de Unión Milagreña, em Orellana, “a economia do país melhorou nos últimos anos, pois os assuntos são tratados com transparência e os recursos se dirigem às comunidades. A construção de três prédios com salas de aula para servirem como centros educativos em Unión Milagreña, assim como obras de esgotamento sanitário e fluvial são um exemplo do bom uso do dinheiro”.

Durante os anos 1980, a atividade petroleira na Amazônia gerou muitos conflitos entre as empresas e as comunidades indígenas, cujos territórios foram invadidos pelas transnacionais, o que levou à degradação do meio ambiente e à desarticulação de sua estrutura social e de sua cultura, segundo afirma um documento do Sistema de Indicadores Sociais e Econômicos.

De acordo com o depoimento do prefeito de El Dorado, “por várias décadas, 6 das 16 comunidades próximas às operações do campo Auca formavam parte dos setores esquecidos da Amazônia, onde só havia destruição, poluição e câncer causados pela atividade petroleira”.

Além disso, o prefeito destaca que “é muito importante saber que, atualmente, quando mais se investe no setor petroleiro, mais se obtém lucros para serem investidos no desenvolvimento das comunidades localizadas próximas aos projetos petroleiros”.

O vice-presidente da Câmara de Vereadores de San Roque, Henry Macías, afirmou que “após a renegociação dos contratos petroleiros, o país recebeu rendas extras, melhorando assim sua economia, independente dos setores favorecidos. Os benefícios têm sido distribuídos através de projetos modelos, como a Cidade do Milênio, em Pañacocha e Playas de Cuyabeno. Recebemos obras importantes, como a construção e a ampliação do sub-centro de saúde de San Vicente, além de novas salas pra o centro de computação e de química e biologia, o que beneficia toda a jurisdição da cidade”. San Roque tem uma população de 3 mil pessoas, distribuídas entre as comunidades de Tierras Orientales, El Triunfo, Unidos Venceremos, 29 de Julio, Nueva Vida, 14 de Julio, 25 de diciembre, San Jacinto e San Pablo”.

A empresa Ecuador Estratégico é a responsável por direcionar os recursos e as obras nas comunidades amazônicas, que vislumbram um futuro promissor com as mudanças na região.


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